Autoconhecimento

O que está por trás de um grito?

Escrito por Marisa Bussacos

Já se deparou com alguém gritando com outra pessoa sem motivo aparente? Quantas vezes no trabalho você já viu alguém descontrolado?

Outro dia eu estava em um ônibus e o motorista não parava de xingar, berrar, tudo parecia tirá-lo do sério – um carro que decidiu virar numa rua permitida, mas que, para isso, teve que aguardar passar outro carro para conseguir; outro que tirou uma fina do ônibus; o trânsito parado por conta de um semáforo.

Eu só pensava no que ele estava reprimindo, o que o fazia gritar tanto para ser ouvido. Será que ele não estava sendo visto pelo chefe? Será que ele não tinha espaço para se colocar dentro da família? A quanto tempo ele não tirava férias para descansar?

Acredito que nenhuma pessoa esbraveja por acaso, muitas vezes a dor é tão grande que berrar parece a única saída. Claro que ninguém é obrigado a aguentar uma grosseria porque entende que o outro tem uma dor não vista, mas é importante humanizarmos quem parece fora do controle.

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Vejo muita gente filmando, tirando foto, estimulando o outro a ficar ainda mais fora de si. Tudo isso para se divertir, postar, expor uma situação triste. Certamente, se alguém abraçasse quem precisa ser ouvido, o nervosismo desmoronaria. O que a pessoa precisa nesse momento é de afeto, de atenção.

Que possamos ser mais disponíveis e gentis com a dor do outro. Que possamos não menosprezar a nossa dor também e sermos mais amáveis conosco, porque podemos nos tornar esse alguém que precisa explodir para ser notado. Por trás de uma simples irritação, há algo muito maior: não ter um lugar seguro para trabalharmos nossos medos e nossas angústias.

Sobre o autor

Marisa Bussacos

Coach e empreendedora. Apaixonada por desenvolvimento humano, pessoas e suas complexidades. Curiosa por ideias criativas e negócios com alma. Formada como Coach no Instituto Ecosocial com base Antroposófica.

Graduei em Propaganda e Marketing pela ESPM, com formações em Comunicação Não-Violenta, Facilitação de Processos Individuais e Grupos e Empreendedorismo Feminino pelo 10.000 Women, Goldman Sachs.

Trabalhei com a capacitação e melhora da autoestima de tecelões na Índia e em Branding e Publicidade na Natura. Empreendi a Ekoa Café, um espaço cocriado para nutrir relações, onde criei a corrente do Café Compartilhado que se espalhou por outras cafeterias do Brasil.

Atualmente realizo atendimentos de Coaching individual e facilito grupos e workshops de Desenvolvimento Humano.

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