Doutrina Espírita Espiritualidade

Pessoas que estavam lá!

Mulher parada na rua enquanto pessoas passam em volta, em movimento.
123RF/ammentorp
Escrito por Nilton C. Moreira

Alguns têm certeza. Outros não acreditam. A maioria suspeita de que possa existir, e outros tantos preferem não se questionar. Estou falando de vidas passadas.

Grande parcela do mundo usa a expressão: “numa outra vida eu quero ser…”, mas quando se trata de encarar uma possível realidade de retorno à vida corpórea, a maioria das religiões não aceita essa hipótese.

Silhueta de um homem atravessando um túnel escuro, em direção à luz em seu fim.
Shutterstock

Para quem acredita numa vida futura, num retorno a vida corporal, certamente também é da mesma teoria de que já viveu outras vidas antes desta. Do ponto de vista de pessoas que seguem algumas crenças, isso é verdadeiro, pois somos espírito num corpo carnal, corpo este perecível.

Partindo do raciocínio de que já vivemos outras vidas, vamos encontrar explicações para grandes males que nos acometem. Em algum lugar do tempo, cometemos, quem sabe, faltas gravíssimas e hoje as estamos resgatando.

Os questionamentos são vários, e um deles é: qual é a nossa participação no período em que Jesus estava na Terra, há 2000 anos, quando ele trazia o Evangelho de Luz? O que estávamos fazendo naquela ocasião? Será que tentamos ajudar o Mestre, ou estávamos contra ao que ele pregava?

Parece difícil dizer que alguém fosse capaz de ser contra o que o Mestre pregava, afinal, Ele só demonstrava a prática do bem! Mas não nos iludamos, muitos de nós fomos contra Ele, e hoje estamos abraçados com desgraças de toda ordem. Não vamos aqui mencionar as consequências de uma atitude maligna do passado, mas, observando os acontecimentos a nossa volta, “estamos pagando pecados cometidos”.

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Mas também não podemos dizer que tudo que fizemos de ruim no passado será pago sofrendo algo semelhante! Temos situações nas quais somos compelidos a praticar atos de caridade.

O exemplo é um inquisidor que levou para a fogueira várias pessoas na época medieval, e que retornou depois de passados muitos anos como Cirurgião Plástico. Ele sentia muita angústia ao ver que sua amada teve o rosto queimado, mas não conseguia fazê-la voltar à aparência normal de beleza. Enquanto isso, muitas outras pessoas que corriam ao seu consultório por problemas estéticos tinham suas deformidades resolvidas. Não necessariamente vamos morrer queimados em um acidente.

Pessoa em pé com os braços esticados, cercada por fumaça.
Unsplash/Josh Marshall

Então tenhamos a certeza de que hoje não existe ninguém que esteja vivendo um problema, seja ele médio ou grave, que não o mereça de ser vivenciado. É comum vermos pessoas fanáticas em alguns seguimentos religiosos, e ficamos nos perguntado o motivo. Será que não estavam contra Jesus naquela época e hoje retornam com o firme propósito de auxiliar na divulgação do Evangelho?

Pensemos nisso! Podemos ser uma das pessoas que estavam lá!

Sobre o autor

Nilton C. Moreira

Policial Civil, natural de Pelotas, nascido em 20 de maio de 1952, com formação em Eletrônica, residente em Garibaldi-RS, religião Espírita, casado.
Email: cristaldafonte@gmail.com
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