Definitivamente, viver não é uma coisa fácil. Nós temos a necessidade de nos desligarmos do mundo algumas vezes, e cada um consegue fazer isso da sua própria maneira. Segundo estudos recentes, a agricultura foi desenvolvida não com o objetivo primordial do cultivo dos alimentos, mas sim para a produção de bebidas alcoólicas. Não que essa seja uma maneira recomendável de conseguir lidar melhor com os problemas, mas serve para ilustrar que desde os primórdios, na prática, o homem não vive somente de pão e água. E olha que antigamente não se sabia ainda o significado do termo “estresse”.
De uma forma ou de outra, todos nós temos de buscar uma motivação para continuar vivendo. Para isso, o ser humano necessita de um rumo que dê um significado para a sua existência.
Uma outra filosofia que pode nos oferecer uma perseverança em lutar pela sobrevivência dia a dia é a virtude. O sentimento de que você é muito além do que um corpo físico, que pode promover mudanças e impactar diretamente aos seus semelhantes é também uma forma de guia para a vida. Mentes inspiradoras como Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, entre outros nomes foram exemplos de percepções de que embora a vida tenha um início, meio e fim, gestos memoráveis ficam para sempre como grandes gestos para as próximas gerações.
Fazer a diferença muitas vezes está ligada a alguma crença religiosa, principalmente pela ideia de que há uma existência após a morte. O pensamento judaico-cristão fortalece muito esse dogma, quando atribui uma “recompensa” a bondade com uma vida eterna sem sofrimentos. Mas isso não é uma regra. Com ou sem vida após a morte, as nossas escolhas podem nos fazer vivermos para sempre, mesmo que não necessariamente numa escala global, mas nas lembranças das pessoas em que nossos atos fizeram com que deixássemos saudade.
- Artigo escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.