Autoconhecimento Meditação

Ser feliz é uma escolha

Escrito por Juliana Ferraro

Já te aconteceu de ter que explicar a mesma coisa pra mesma pessoa pela terceira vez? Como se sentiu? Bom, eu fico irritada. Não demonstro, mas me sinto queimando por dentro. E sofrendo. E este é um motivo bem bobo e pequeno para sentir raiva. Viu como é fácil sentir raiva? Ela aparece assim, sem mais nem menos, muitas vezes contra a vontade, e rapidamente toma conta do pedaço.

E não apenas toma conta do corpo e da mente, como também começa a chegar a outras pessoas, porque ninguém fica irritado sozinho, gostamos de compartilhar e espalhar. Olhe rapidinho seu feed do Facebook e vai constatar esse fato. Tanta gente compartilhando raiva.

Parece tão fácil sentir raiva, mas mesmo assim é uma escolha. E esse sentimento toma conta porque não há presença. Não há atenção quando ela começa a despontar e surgir, há negação. Ninguém quer sentir raiva, então, tem repressão e negação. E aí quando menos se percebe, ela toma conta. E reprimir e negar sentimentos só acontece quando eles não são vistos porque se está distraído olhando pra fora.

Ser feliz é, ao contrário, um estado de presença. Não é possível a raiva tomar conta se há presença e atenção, porque assim que ela começar a aparecer, com a luz da consciência, ela é vista antes de ser colocada para fora e, aí, quando ela é vista e aceita, ela some. Daí o que resta quando ela vai embora é o estado natural do espírito e da mente, que é descansar no momento presente, com consciência e alegria, contentamento.

Ser feliz dá trabalho e é uma escolha. A cada segundo da vida se escolhe entre flutuar com as planificações e constatações mentais ou estar presente. Sempre se faz essa escolha. Para estar presente precisa treinar a mente macaco. Precisa sentar muitas vezes em silêncio e aprender a observar e manter a atenção focada. É a musculação da mente. E tem que treinar e tem que querer. Tem que querer ser feliz. E trabalhar pra isso.

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Trabalhar no sentido de treino, perseverança, paciência. Se lembrar sempre de voltar para o aqui e agora. Sempre. E logo se vê que a maior lição não é falar e analisar o passado. Não é ter certeza do que vai acontecer no futuro, é apenas aceitar a verdade do momento presente.

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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