Convivendo

21 de março – Dia Mundial da Poesia

Livro aberto, com uma caneta e pétala de rosa amarela no meio, colocado em cima de tronco de cortado, no meio de um parque.
Escrito por Val Amores
Sou uma amante de poesias. Poesia é algo que traz um encantamento maior para os dias. Palavras ornamentadas com o propósito elevado de adoçar nossas mentes. Poesias criam em nós experiências reflexivas sobre as entrelinhas da bonita vida.

Você sabia que há um dia mundial destinado a celebrar a poesia?

21 de março ficou reservado especialmente para lembrar dessa forma de arte, que permeia todo o mundo e, certamente, estimular que mais poetas surjam por aí, nesse globo azulado. Escrever é algo muito importante e a leitura anda junto a esse movimento.

Pessoa escrevendo em papel branco com uma pena e tinta.

A data foi criada pela UNESCO, no ano de 1999.

Mas você sabe o que é uma poesia?

Há indícios de que a poesia surgiu antes da escrita. Sabemos que a transmissão de ideias se iniciou apenas pela fala, pela troca oral.

Poesia não é apenas um amontoado de versos e combinações, mas uma expressão da vida, uma fotografia intangível daquilo que alguém enxerga de forma diferente, através do cotidiano ou de uma experiência.
Temos inspirações e temos os “insights”, aqueles toques que surgem lá de dentro. O poeta, então, nos conta algo melodiosamente e nos faz estar na cena, ainda que distantes, ou nos faz experimentar um estado de presença mais encantado e menos formatado.

Em tudo há poesia

A vida tem cenas diversas e em tudo há mensageiros e mensagens. Tudo que nos rodeia promove uma forma de entendimento e crenças e é aí que o poetizar da vida pode ingressar.

Pegar aquilo que nos chega e buscar pelo lado da situação não exposto, mas existente, sentido, ali, no coração. Fazer o exercício da pausa contemplativa e da escuta ativa, se deliciar com palavras e também inventar algumas, desconstruí-las, reconstruí-las com novos significados é uma dinâmica poética e todo mundo é poeta quando se permite.

Mulher asiática lendo um livro, em pé em um parque

Muitas vezes, ao olhar um quadro ou ver algo, ainda que palavras não existam ali, costumamos dizer: “tem poesia nisso, tal coisa foi poesia para meus ouvidos”. Eis a razão pela qual a poesia existe em todos nós. Honramos sua existência, ainda que inconscientemente.

Escrita criativa

Criar diários, carregar consigo caderninhos para registrar insights, desenhar paisagens, tudo isso pode favorecer uma escrita criativa.

Escrever é dar espaço para a alma falar e reler aquilo que brotou. Com releitura, nós, almas iluminadas e inspiradas, vamos também nos ressignificando.

Escrever é necessário, é preciso. A linha que, na verdade, forma uma palavra é a linha da vida. Precisamos dar bons laços com ela.

Leituras interessantes

Mulher sentada embaixo de uma árvore, lendo um livro.

Certamente que a escrita é fruto do interesse pela leitura. Quanto mais lemos, mais escrevemos e escrevemos porque sentimos uma força vital nos mover a isso.

Uma boa dica é ler de tudo! Eu leio até rótulo. Divirta-se com isso, torne seu caminhar na rua um caminhar numa grande biblioteca do mundo. Leia tudo. O que tem palavra, como o cartaz na parede, leia a propaganda, leia os olhos, os sorrisos. Eis mais um movimento do poeta.

Indicados para inspirar

Trago os meus poetas preferidos, mas não percam tempo, façam uma boa pasta dos seus poetas e se preencham de luz e encantos sempre que quiserem:

Jalal ud-Din Rumi – Um poeta do sufismo, me encanta com a profundidade que traz em cada verso. Faz emergir uma percepção sagrada da vida e do quanto é necessário ir além do visto e do apenas dito. Olhem esse trecho:

Fechemos então a boca e conversemos através da alma.

Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.”

Cora Coralina: Escritora brasileira que concede uma experiência de presença verdadeira na vida. Ler o que ela escreveu é perceber-se real e num movimento constante de experiências. Vejam o conselho que ela nos dá:

Faz de tua vida mesquinha

Um poema.”

Rupi Kaur: Indiana, jovem e feminista. Traz um chamado de liberdade em suas palavras. Transformou traumas em poesia. Convida-nos ao empoderamento necessário e a não desistência. Degustem:

Página do Livro Outros Jeitos de Usar a Boca, com o poema: Todos nascemos tão bonitos, A grande tragédia é que nos convencem de que não somos...

Todos nascemos tão bonitos,

A grande tragédia é que nos convencem de que não somos…”

Adélia Prado: Gosto de Adélia porque ela promove a percepção de encantos, a visão do simples como algo transformador e cheio de propósito. Olha que maravilha:

Dor não tem nada a ver com amargura.

Acho que tudo que acontece é feito para a gente aprender cada vez mais,

É para ensinar a gente a viver. Desdobrável.”

Certamente que existem tantos outros poetas e poetisas queridos em meu coração, mas por hora, deixo esses, de modo que vocês escolham alguns. Que tal compartilharmos em comentários?

Não esqueçam. Somos todos poetas da vida, a própria obra da arte.


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Sobre o autor

Val Amores

Pedagoga, conteudista da área educacional, culinarista vegana e condutora do projeto Veganices da Val - Grupo no Facebook no qual receitas diárias são postadas, bem como reflexões sobre comportamento alimentar alinhado a uma vida mais orgânica, sustentabilidade e ecologia interna. Voluntaria na Organização Brahma Kumaris, mãe, filha. Uma alma apaixonada por nascer e por do sol, beija flores, autoconhecimento e ideias de transformação positiva do mundo!

Estou agora atuando no projeto OrganicaMente Criativa que atua com conceito de ecologia interior para o resgate do ser criativo e orgânico das pessoas para que ações sejam de fato, sustentáveis - O projeto propõe autoconhecimento, dinâmicas, vivências e expressão com arte sustentável.

E-mail: valeriaamores@yahoo.com.br
Facebook: amoresvalveg | grupo veganice da val
OrganicaMenteCriativa
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