Convivendo Maternidade Consciente

Conheça o propósito do Dia Mundial da Amamentação

Uma mulher amamentando um bebê.
Da Antipina / Shutterstock
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Especialistas dizem que amamentar é bom para mãe e para o bebê. Se você amamentar por qualquer período, não importa quão curto, você e seu bebê se beneficiarão da amamentação. Tamanha a importância desse ato que existe o Dia Mundial da Amamentação, para relembrar a todos sobre essa que é considerada a primeira forma de alimentação do ser humano no mundo.

Decidir amamentar pode dar ao seu bebê o melhor começo de vida possível. Ao longo do texto, conheça a importância, os benefícios da amamentação e também orientações que podem ajudar nesse processo tão importante, além do propósito da criação da data. Afinal, amamentar leva tempo e prática, por isso, é tão importante a ajuda da família e também de consultores de lactação ou grupos de apoio para, assim, ter sucesso com a amamentação.

Amamentação: um significado que salva vidas

A amamentação beneficia os bebês, aumentando a chance de crescerem sem adoecer; especialmente durante os primeiros anos de vida, que são cruciais para o seu desenvolvimento saudável.

Um bebê sendo amamentado por uma mulher.
lHUAN de Getty Images / Canva

Você deve saber que, além de criar um vínculo emocional entre você e seu bebê, o leite materno é o alimento mais eficaz e completo para um ótimo crescimento físico e mental.

A importância da amamentação para a formação da criança

As vantagens do aleitamento materno, segundo diversos estudos publicados, são inúmeras: fortalece as defesas imunológicas, promove o desenvolvimento intestinal do recém-nascido, fortalece a relação mãe-filho, protege a mulher do câncer de mama, câncer de ovário e osteoporose na velhice.

Este é o maior investimento em saúde para a criança, para a mãe e para toda a comunidade, e é fundamental tentar promovê-lo e preservá-lo com políticas e campanhas de informação dedicadas às futuras famílias.

Além disso, o leite materno é o alimento perfeito: contém, em proporções equilibradas, todos os nutrientes, substâncias bioativas e microorganismos benéficos que o bebê necessita desde o nascimento e durante o crescimento.

Como surgiu o Dia Mundial da Amamentação?

O Dia Mundial da Amamentação é comemorado no mundo todo no dia 1 de agosto, data escolhida pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action – WABA). Essa data surgiu em um evento realizado na cidade de Nova Iorque, no ano de 1991. Por isso, todos os anos, no Brasil também se comemora, na primeira semana de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Não é de estranhar que, com este panorama, tenham aumentado as ações para tornar visível a importância de que, principalmente as autoridades, mas também a população em geral, integrem de uma vez por todas as medidas pactuadas em defesa do aleitamento materno.

No Brasil, temos o Agosto Dourado, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. O Eu Sem Fronteiras tem um texto publicado “Agosto Dourado — Todos juntos pela amamentação”, que traz mais informações sobre essa campanha.

É importante ter um mês voltado para amamentação, já que amamentar traz benefícios para a mãe e o bebê. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno, e o termo “Agosto Dourado” foi criado pela Associação de Pediatria de São Paulo, que tem como objetivo sensibilizar para a importância da amamentação, e foi oficialmente lançado em 2017.

No mundo, a responsável por organizar a cada ano as atividades para celebrar a Semana Mundial de Aleitamento Materno é a WABA (Aliança Mundial para o Aleitamento Materno). Essa rede global de indivíduos e organizações foi formada em 1991, e sua missão é proteger, promover e apoiar o aleitamento materno em todo o mundo.

Os objetivos de celebrar a Semana Mundial do Aleitamento Materno são:

• Informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação;
• Ancorar o apoio à amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública;
• Envolver indivíduos e organizações para maior impacto;
• Impulsionar ações de proteção ao aleitamento materno para melhorar a saúde pública.

Qual a importância do Dia Mundial da Amamentação?

É fundamental ter uma data voltada para o tema, para, assim, reforçar toda a sociedade sobre a importância da amamentação. Desde atividades em geral a palestras, que ajudem, até mesmo, a mulher a identificar a importância de amamentar o seu filho.

Uma mulher amamentando um bebê com uma mamadeira.
Robert Kneschke / Canva

O Dia Mundial da Amamentação ressalta a importância do leite humano para a alimentação do bebê, sendo uma campanha social pela maior consciência de papais e mamães. Logo, esse dia também busca uma atuação em conjunto entre instituições de saúde, órgãos públicos e população, para, então, conseguir melhorar os índices de aleitamento materno no país.

Benefícios da amamentação para bebês e mães

Aqui estão alguns benefícios da amamentação para o seu filho:

• Menos infecções respiratórias e desconforto digestivo e intestinal;
• Prevenção de alergias;
• Previne a obesidade;
• Ajuda a combater diferentes tipos de bactérias e infecções.

Benefícios para as mamães

Estima-se que mães que amamentam por 6 a 24 meses durante a vida reprodutiva podem reduzir o risco de câncer de mama entre 11 e 25%. Sendo assim:

• Você fortalece o vínculo com seu filho;
• Perde peso com mais facilidade;
• A sucção da mama faz com que o útero se retraia rapidamente após o parto, evitando a dor;
• Reduz as chances de depressão pós-parto.

Além de você se beneficiar, a própria sociedade também ganha com isso, com crianças mais saudáveis e menos vulneráveis.

O que diz a lei sobre o período de amamentação?

O aleitamento materno é um direito humano que deve ser respeitado, protegido e cumprido. Portanto o aleitamento materno é uma responsabilidade compartilhada, que deve envolver e mobilizar ações de toda a sociedade para proteger e apoiar o aleitamento materno.

Uma mulher sorrindo ao lado de um pequeno bebê.
guvendemir de Getty Images Signature / Canva

Por isso há inúmeras leis que protegem as mães do aleitamento materno. Há estatutos e portarias de proteção. Há, também, leis municipais e estudais que devem ser acompanhadas em cada região do país.

No Brasil, a licença maternidade é de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, ficando a cargo das empresas liberarem ou não a trabalhadora por 180 dias. O art. 396 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) traz todas informações completas, e a mulher que amamenta tem direito a dois intervalos de 30 minutos para amamentar seu bebê até que ele complete 6 meses.

Qual a recomendação da OMS para o aleitamento materno?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as mães amamentem exclusivamente os bebês durante os primeiros seis meses de vida, mas também convida as mulheres a continuarem amamentando até os dois anos de idade (ou, em qualquer caso, enquanto a mãe e a criança desejarem).

Mais razoavelmente, seria bom, pelo menos, chegar ao primeiro aniversário da criança. Fazer isso, conforme documentado por um estudo publicado na revista Science Advances, garantiria proteção contra infecções que se estenderiam muito além da amamentação e, em muitos casos, durariam a vida toda. Isto é devido à transferência de células do sistema imunológico, capaz de “educar” os pequenos sobre as infecções das mães. Mais um motivo, portanto, para incentivá-los a não abandonar esse hábito.

Quais as orientações importantes sobre o aleitamento materno?

Para conseguir amamentar o bebê, é fundamental que a mãe busque se alimentar bem, e, também, ingerir muita água. Além disso, o apoio emocional e a ajuda da família são importantes, principalmente nos primeiros dias, período de maior dificuldade, já que é justamente nessa fase que muitas mães acabam desistindo de amamentar.

Uma mão masculina e uma mão feminina suportando a mão de um bebê.
Aphithana Chitmongkolthong de Getty Images / Canva

E mais, para se proteger contra rachaduras e infecções, basta passar o próprio leite antes e depois de o bebê mamar.

Ainda conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde, até os seis meses, o bebê só necessita de leite materno, por isso, não é necessário dar ao bebê chá, suco ou papinha.

Abaixo, confira algumas orientações indicadas para o aleitamento materno:

• Contato pele a pele precoce e contínuo entre mãe e bebê deve ser facilitado e incentivado o mais rápido possível após o parto (qualidade de evidência moderada);

• Todas as mães devem ser apoiadas para iniciar a amamentação o mais cedo possível, na primeira hora após o parto (alta qualidade de evidência);

• As mães devem receber apoio prático para que possam iniciar e iniciar a amamentação e gerir as dificuldades mais comuns associadas a ela (qualidade de evidência moderada);

• As mães devem ser orientadas sobre como ordenhar o leite materno para manter a lactação nos casos em que são separadas do recém-nascido (qualidade de evidência muito baixa);

• As instalações materno-infantis devem permitir que a mãe e o bebê fiquem juntos, praticando o alojamento conjunto dia e noite. Isso pode não ser “aplicável” em circunstâncias em que o bebê precisa de cuidados médicos especializados (qualidade moderada de evidência);

• As mães devem ser apoiadas para praticar alimentação “reativa” como parte da assistência nutricional (qualidade de evidência muito baixa).

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Como viram, há muitos benefícios em amamentar seu bebê, e é a melhor decisão que você pode tomar. Ainda, amamentar um recém-nascido é um gesto que, além de criar a base de sua relação com a mãe, representa uma oportunidade de defesa de sua saúde.

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