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Viver com menos é viver com mais

Uma mulher jovem e loira está entrando no mar e ela levanta os dois braços ao chocar-se com a onda.
AlexSava / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Giselli Duarte

Nem sempre viver com muito é viver melhor. E se o silêncio, o simples e o essencial fossem os verdadeiros sinais de uma vida plena? Talvez o que falta não seja mais — e sim menos. Descubra como simplificar pode ser o maior luxo dos tempos modernos. Leia o artigo completo!

Existe uma ideia que circula por aí, bem sutil, mas muito presente, de que uma vida feliz é uma vida cheia: cheia de coisas, viagens, eventos, compras, novidades… e postagens. A lógica é quase sempre a mesma: quanto mais você mostra, mais parece estar vivendo.

Mas será que isso é viver de verdade?

A sociedade, e principalmente as redes sociais, criaram um modelo de sucesso que virou quase uma cartilha:

  • Viajar para lugares “instagramáveis”.
  • Morar nos centros mais caros das cidades.
  • Ter um lifestyle de luxo (mesmo que parcelado em 30 vezes no cartão).
  • Postar tudo, o tempo todo, para provar que “você também chegou lá”.

Mas a que custo?

Low profile: uma escolha de paz, não de escassez.
Viver com menos é um ato de coragem. É escolher ir na contramão.
É dizer “não” para o excesso e “sim” para o essencial.

Ser low profile não é sobre viver escondido ou se isolar do mundo.
É sobre fazer as pazes com o silêncio, com o simples, com aquilo que é real — mesmo que não dê muitos likes.

Duas mulheres estão meditando lado a lado em um ambiente fechado.
Eliza Alves / Corelens / Canva

Não é sobre ostentar o pouco, é sobre se satisfazer com o suficiente.
É parar de viver para impressionar e começar a viver para sentir.

E se a vida ideal for mais próxima da terra do que da timeline?
Já pensou em viver no interior, num lugar onde o pôr do sol não tem filtro porque ele já é bonito demais para precisar de um?
Onde você acorda com o som dos pássaros e não com a notificação do celular?
Onde ter uma horta não é luxo, é rotina.

Talvez a gente esteja se distanciando da essência, tentando chegar num lugar que nem faz sentido.

Porque mais vale uma xícara de chá com seus pets na varanda do que um coquetel de hotel que você mal aproveita só para tirar foto.

Uma mulher jovem e negra está sentada em um banco com seu cachorro no colo. Ela faz carinho no animal e sorri.
Vkstudio / Canva

Não dá para fazer isso agora? Então, comece onde você está.
Nem todo mundo pode, hoje, largar tudo e ir viver no mato. Mas dá para começar a simplificar, sim.

Aqui vão algumas ideias práticas, mesmo para quem está no meio do caos urbano:

  • Desinstale por um tempo os aplicativos que mais sugam seu tempo.
  • Cozinhe sua própria comida, nem que seja só uma vez por semana.
  • Reduza o consumo por impulso: você realmente precisa ou só quer postar?
  • Cultive algo em casa, uma plantinha já muda o clima do seu lar.
  • Desconecte à noite. Leia um livro, ouça uma música, acenda uma vela e só… esteja.

Menos distração, mais presença. Menos aparência, mais essência.
O estilo de vida simples não é um retrocesso, é uma evolução emocional.
É abrir espaço para o que importa. É cuidar da mente, da alma, da vida.
É parar de correr para mostrar que vive e finalmente… viver.

E se ninguém ver, tudo bem.
Você vai estar lá, inteiro, presente, em paz.
E isso já é muito mais do que parece.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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