Existe uma ideia que circula por aí, bem sutil, mas muito presente, de que uma vida feliz é uma vida cheia: cheia de coisas, viagens, eventos, compras, novidades… e postagens. A lógica é quase sempre a mesma: quanto mais você mostra, mais parece estar vivendo.
Mas será que isso é viver de verdade?
A sociedade, e principalmente as redes sociais, criaram um modelo de sucesso que virou quase uma cartilha:
- Viajar para lugares “instagramáveis”.
- Morar nos centros mais caros das cidades.
- Ter um lifestyle de luxo (mesmo que parcelado em 30 vezes no cartão).
- Postar tudo, o tempo todo, para provar que “você também chegou lá”.
Mas a que custo?
Low profile: uma escolha de paz, não de escassez.
Viver com menos é um ato de coragem. É escolher ir na contramão.
É dizer “não” para o excesso e “sim” para o essencial.
Ser low profile não é sobre viver escondido ou se isolar do mundo.
É sobre fazer as pazes com o silêncio, com o simples, com aquilo que é real — mesmo que não dê muitos likes.
Não é sobre ostentar o pouco, é sobre se satisfazer com o suficiente.
É parar de viver para impressionar e começar a viver para sentir.
E se a vida ideal for mais próxima da terra do que da timeline?
Já pensou em viver no interior, num lugar onde o pôr do sol não tem filtro porque ele já é bonito demais para precisar de um?
Onde você acorda com o som dos pássaros e não com a notificação do celular?
Onde ter uma horta não é luxo, é rotina.
Talvez a gente esteja se distanciando da essência, tentando chegar num lugar que nem faz sentido.
Porque mais vale uma xícara de chá com seus pets na varanda do que um coquetel de hotel que você mal aproveita só para tirar foto.
Não dá para fazer isso agora? Então, comece onde você está.
Nem todo mundo pode, hoje, largar tudo e ir viver no mato. Mas dá para começar a simplificar, sim.
Aqui vão algumas ideias práticas, mesmo para quem está no meio do caos urbano:
- Desinstale por um tempo os aplicativos que mais sugam seu tempo.
- Cozinhe sua própria comida, nem que seja só uma vez por semana.
- Reduza o consumo por impulso: você realmente precisa ou só quer postar?
- Cultive algo em casa, uma plantinha já muda o clima do seu lar.
- Desconecte à noite. Leia um livro, ouça uma música, acenda uma vela e só… esteja.
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Menos distração, mais presença. Menos aparência, mais essência.
O estilo de vida simples não é um retrocesso, é uma evolução emocional.
É abrir espaço para o que importa. É cuidar da mente, da alma, da vida.
É parar de correr para mostrar que vive e finalmente… viver.
E se ninguém ver, tudo bem.
Você vai estar lá, inteiro, presente, em paz.
E isso já é muito mais do que parece.