Convivendo

Você não consegue cobrar pelo seu trabalho?

Mulher sentada em uma mesa de escritório, cabisbaixa, atrás de uma pilha de livros e um notebook.
Escrito por Dulcineia Santos

Você quer estar alinhado com a abundância. Sério. Lê tudo sobre o assunto, medita, gasta dinheiro em marketing, divide o que você tem com os outros. Só que, quando alguém vem e pergunta: “Quanto você cobra por essa terapia?”, você responde: “Ah, de você não tenho coragem de cobrar!”.

Ou… você é um dos que criaram a crença de que trabalho espiritual não deveria ser cobrado.

Grupo de pessoas, formado por 3 mulheres, cada uma sentada em uma cadeira, todas vestindo roupas claras, conversando, como uma sessão de terapia

Com relação a dinheiro, é preciso ser coerente! Você não pode pedir dinheiro ao Universo num dia e negar no outro (lembrando que dinheiro pode vir de várias formas: alguém lhe oferecer uma hospedagem, uma viagem, um presente).

Precisamos sempre lembrar que o segredo da manifestação é pensamento, sentimento e ação estarem alinhados. Não adianta “querer” dinheiro na sua mente e aí ter todas essas crenças. O Universo vai simplesmente dizer: “Ok, eu ia te dar, você não quis aceitar, não ofereço mais.”

Está certo que muitas vezes temos dificuldade de cobrar de alguém muito próximo, ou de uma pessoa que sabemos que está numa condição difícil. Aqui vão três dicas:

1) Não compre a escassez dos outros

Outro dia uma pessoa me escreveu perguntando quanto eu cobrava por uma sessão de Terapia Multidimensional. E, na frase de baixo, escreveu: “E se você puder me dar um desconto, eu agradeceria”.

Desconto sobre o quê? Essa pessoa nem sabia quanto eu cobrava pelo meu trabalho!

Pra mim, neste caso está claro: essa pessoa tem um pensamento de escassez, e eu não vou compactuar com isso. Aliás, se eu compactuar com isso, não estou sendo uma boa terapeuta. Meu papel é trazer luz sobre a maneira como você está pensando, e ajudá-lo a mudar.

Em Access®, nós aprendemos isto: “Não compre a escassez de outra pessoa”. Você pensa que está ajudando, mas está só reforçando uma maneira de pensar e viver o dinheiro que não vai ajudar aquele indivíduo a evoluir e acessar a abundância.

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2) “Quanto você pode me pagar?”

Mulher e homem, ambos vestindo roupas sociais, sentados em uma mesa, tomando café e conversando sobre um documento que está na mão da mulher

Quando uma pessoa diz que não pode te pagar, e você sente que é verdade (e não que ela está escolhendo usar o dinheiro para ir à balada no final de semana e não está valorizando o seu trabalho), você pode perguntar: “Então quanto você pode me pagar?”.

Melhor ainda: “Quanto você acharia justo pagar por uma hora do meu trabalho?”. Viu como esta é uma pergunta que traz a pessoa à consciência?

Outra estratégia que algumas pessoas têm usado é: “Eu não posso baixar o meu valor, mas posso dividir pra você em duas ou três vezes. Isso funcionaria?”.

3) Pra quem está começando

Quando nós começamos uma atividade, sempre passamos por aquela dificuldade na transição entre atender de graça como um treino e a hora de começar a cobrar.

Uma forma de fazer isso – e que pode ser usada em outros casos – é dizer: “Eu vou te atender, e se você achar que esta sessão te trouxe algum benefício, pode fazer uma contribuição”. Assim a pessoa faz o que sente fazer (aliás, pode até ser mais do que você está sugerindo). Você pode até complementar com: “A sugestão é x, mas sinta-se confortável pra pagar o que achar justo”, pra evitar que lhe ofereçam R$ 10,00 por uma hora do seu trabalho.

O simples fato de alguém pagar seja o que for pelo seu trabalho já vai começar a mudar sua atitude com relação a cobrar.

Independente da estratégia, o importante é sermos coerentes e estarmos abertos a receber.

Sobre o autor

Dulcineia Santos

Dulcinéia Santos é consultora de desenvolvimento para a maturidade, praticante certificada da ferramenta MBTI® de tipos psicológicos e coach. É também autora do livro “A Namorada do Dom”, em que conta as lições que aprendeu nos relacionamentos e na sua jornada até a Suíça.

Acredita que a vida é cheia de lições e que se não as aprendemos não passamos pro próximo nível do jogo. Saiu de casa cedo e foi morar no mundo – agora está na Suíça, onde estudou antroposofia por três anos. Gosta de tomar cerveja no boteco enquanto papeia, de aconselhar, da língua portuguesa, de cozinhar, de ficar só e de flexibilidade de horários. É esotérica, mas acha que estamos encarnados para viver as experiências terrenas com o pé no chão – de preferência dançando.

Formações:

Bacharel em línguas aplicadas

Brain Based Coaching Certification
NeuroLeadership Group – Londres

MBTI® – Myers-Briggs Type Indicator – Step I and Step II
Myers-Briggs Foundation – Florida, USA

Antroposofia
Goetheanum – Dornach, Suíça

Terapia Multidimensional
Genebra – Suíça

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