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10 filmes dirigidos por mulheres que você precisa ver

Mulher está posicionando uma câmera para gravar.
guruXOX / Shutterstock
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Quantos filmes dirigidos por mulheres você já assistiu? Muitas pessoas não prestam atenção à equipe por trás das câmeras e podem nem se dar conta de que só estão consumindo longas-metragens que foram produzidos a partir de um olhar masculino.

Embora os diretores sejam a maioria no universo cinematográfico, isso não significa que as mulheres não merecem a mesma atenção e o mesmo reconhecimento. Então, se você quer diversificar o seu repertório e abrir seus olhos para novas maneiras de abordar diversos assuntos, confira 10 filmes imperdíveis dirigidos por mulheres!

1) “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola (2003)

“Encontros e Desencontros” é um filme sobre o encontro improvável entre duas pessoas. Uma delas é Bob Harris, uma estrela de cinema em decadência que vai filmar um comercial em Tóquio. A outra é Charlotte, que está acompanhando o marido em uma viagem de trabalho e se sente só. A partir disso, os dois vão descobrir novas maneiras de aproveitar a vida, as quais também podem inspirar você.

A diretora do longa, Sofia Coppola, é um dos nomes mais conhecidos do cinema. Ela foi a terceira diretora indicada ao Oscar de Melhor Diretor e recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original por “Encontros e Desencontros”. Embora tenha trabalhado como atriz por dez anos, a filha de Francis Ford Coppola faz mais sucesso nos bastidores.

2) “Varda por Àgnes”, de Àgnes Varda (2019)

“Varda por Àgnes” é um longa-metragem autobiográfico que narra a carreira da própria diretora do filme, Àgnes Varda. Com a obra, é possível conhecer os desafios vencidos pela profissional, os projetos aos quais se dedicou e o estilo de vida que levou sendo cineasta, fotógrafa e artista.

Quem gosta de cinema com certeza já ouviu falar em Àgnes Varda, visto que ela dedicou 64 anos de vida à sétima arte. Ela também é conhecida como um ícone feminista e como a mãe da Nouvelle Vague, um movimento artístico do cinema francês. Ou seja, vale a pena conhecer a história de Varga pelos olhos dela.

3) Rafiki, de Wanuri Kahiu (2018)

Duas mulheres estão conversando e sorrindo.
Reprodução: Wanuri Kahiu – Rafiki

“Rafiki” é um filme de romance, mas que segue um roteiro semelhante ao conhecido “Romeu e Julieta”. Nesse caso, no entanto, acompanhamos o amor entre duas jovens de famílias que são rivais políticas. Como se essa divergência já não fosse desafiadora, as leis do Quênia, onde ocorre a trama, criminalizam a homossexualidade.

Wanuri Kahiu, diretora de “Rafiki”, é uma cineasta, produtora e roteirista queniana. Além disso, ela é uma das principais apostas do cinema africano. Ela se destaca entre outros profissionais por apresentar a cultura desse povo na contemporaneidade, com produções inovadoras e inspiradoras. É essencial acompanhá-la.

4) Filhas do Sol, de Eva Husson (2018)

“Filhas do Sol” é um longa-metragem que apresenta a história de Bahar, comandante das Filhas do Sol, que luta pela sobrevivência do povo curdo. Ao batalhar para manter a segurança de todos, Bahar conhece Mathilde, uma jornalista francesa, e desenvolve uma amizade transformadora.

Eva Husson, que dirigiu “Filhas do Sol”, é diretora, roteirista e atriz. Para produzir o filme, ela se inspirou nos desafios reais que as mulheres curdas enfrentam. Com um olhar sempre sensível e contemporâneo, a diretora pode trazer luz aos temas que passam despercebidos por muitos. Então, expanda seus horizontes com ela!

5) “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky (2017)

“Como Nossos Pais” é uma obra reflexiva, que gira em torno de Rosa. Ela é uma mulher de 38 anos que precisa administrar a maternidade, a casa e a carreira ao mesmo tempo em que precisa cuidar de si. O filme brasileiro é um espelho para muitas mulheres do nosso país.

A diretora do longa, Laís Bodanzky, também é brasileira, nascida em São Paulo. No cinema nacional, ela é um dos nomes mais memoráveis, sendo reconhecida desde o primeiro filme que lançou, “Bicho de Sete Cabeças”. Acompanhar o trabalho da profissional é uma maneira de se aventurar pelo cinema contemporâneo brasileiro.

6) “Precisamos Falar sobre o Kevin”, de Lynne Ramsay (2011)

Mãe e seus três filhos, meninos, estão olhando diretamente para a câmera.
Reprodução: BBC Filmes – We Need to Talk About Kevin (film)

“Precisamos Falar sobre o Kevin” é um longa-metragem que aborda os desafios da maternidade de Eva, sobretudo quando é preciso lidar com os comportamentos nada convencionais do filho, Kevin. A produção pode ser aterrorizante em alguns momentos, por escancarar a relação entre mãe e filho. Assista ao longa sabendo disso.

Lynne Ramsay, que dirigiu o filme, é cineasta, produtora, escritora, cineasta e fotógrafa. Com esse currículo, a escocesa conquistou fama e reconhecimento, mas sem se acomodar. Ela é uma questionadora que está sempre trazendo um novo olhar para o que é dirigir um filme e para como ela deve ser enquanto profissional.

7) “Psicopata Americano”, de Mary Harron, 2000

“Psicopata Americano” é um dos títulos que os amantes de cinema sempre reconhecem. O longa-metragem conta a história de Patrick Bateman, um homem que tem uma vida ideal, cumprindo o sonho americano. Apesar disso, ele é um psicopata, que pode surpreendê-lo em uma obra cômica e assustadora.

A diretora do filme, Mary Harron, entrou no universo do cinema com produções independentes. Contudo, em pouco tempo, já alcançou o sucesso, justamente com “Psicopata Americano”, uma das obras mais importantes da sétima arte. Mesmo unindo vários gêneros nas produções que dirige, Mary é um destaque no suspense.

8) “Tomboy”, de Céline Sciamma, 2011

“Tomboy” é o filme perfeito para quem gosta de refletir sobre os papéis de gênero na sociedade e sobre como eles são atribuídos a nós desde a infância. No longa, observamos o desenvolvimento de Laure, que passa por uma crise de identidade após ser confundida com um menino pela nova amiga.

Ainda que seja um tema delicado e por vezes espinhoso, “Tomboy” conta com a direção empática de Céline Sciamma. A cineasta e roteirista tem reconhecimento no universo cinematográfico por abordar questões existenciais com delicadeza e originalidade. É um trabalho imperdível.

9) “Um Senhor Estagiário”, de Nacy Meyers, 2015

Senhor de idade conversando com uma mulher, ambos estão sorrindo.
Reprodução: Warner Bros. – The Intern

“Um Senhor Estagiário” é um filme para quem quer passar o tempo com algo leve, mas também para quem gosta de refletir sobre o envelhecimento. Na produção, acompanhamos a entrada de um senhor de idade no mercado de trabalho, que ainda tem muito a aprender e a ensinar.

A diretora do longa-metragem, Nancy Meyers, é diretora, produtora e roteirista. Ela já recebeu indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original e se consagrou como uma importante personalidade na história do cinema, que continua produzindo obras com diferentes perspectivas sobre a vida.

10) “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, 2015

“Que Horas Ela Volta?” é um filme nacional fundamental para pensar sobre as questões de classe e de raça no Brasil. Com o enredo, compreendemos a dinâmica de uma família de classe média alta, que tem uma empregada doméstica. Quando a filha da funcionária decide passar um tempo na casa da família, tudo pode mudar.

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A direção de Anna Muylaert tem um caráter questionador, que já foi reconhecido com premiações nacionais e internacionais. A diretora, produtora e roteirista já trabalhou em produções como “Mundo da Lua” (1991), mas, atualmente, mantém o foco em desvendar a sociedade brasileira.

Com 10 novas recomendações de filmes dirigidos por mulheres, é muito fácil fazer uma maratona. Os títulos que apresentamos oferecem um ótimo panorama sobre o trabalho feminino no cinema, para que você se inspire a procurar obras mais diversificadas e que fogem das produções tradicionais. Surpreenda-se!

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