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Psicanálise Simbólica: a escuta da alma através dos mitos, dos contos e do corpo

Imagem de mulher mulher preta olhando para o infinito. Ela está debruçada na janela do seu carro.
Mikolette / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Tatiana Borsoi

A Psicanálise Simbólica propõe uma escuta da alma por meio de imagens, mitos e símbolos. É um caminho sensível de reconexão com o feminino e o inconsciente, onde o símbolo cura ao revelar, não ao explicar. Uma escuta que liberta, acolhe e transforma sem precisar de diagnósticos.

Há uma linguagem que não é falada, mas sentida.
Uma linguagem que antecede as palavras e que sobrevive em imagens, gestos, sonhos e símbolos.

É com essa linguagem que a alma tenta, incansavelmente, nos dizer algo.

Mas a maioria de nós esqueceu como escutar.

É por isso que a Psicanálise Simbólica emerge — não como uma técnica, mas como um modo de escuta. Um chamado para quem deseja acompanhar a alma não apenas com teorias, mas com poesia, arte, silêncio e corpo.

O que é Psicanálise Simbólica?

A Psicanálise Simbólica é um olhar que atravessa as camadas do inconsciente usando imagens, mitos e narrativas como instrumentos vivos.

É o território onde se encontram Jung e os arquétipos, Clarissa e os contos de fadas, Sechehaye e os símbolos espontâneos dos psicóticos, os xamãs e suas histórias de origem.

É onde a psique pode finalmente deixar de ser analisada como máquina e voltar a ser compreendida como alma em travessia.

Esse olhar simbólico não busca “curar”, “ajustar” ou “normalizar”. Ele deseja apenas escutar com profundidade. E, ao escutar, permitir que a alma retome sua narrativa esquecida.

O símbolo como ponte entre mundos

Na prática terapêutica, vejo mulheres que não sabem nomear suas dores. Mas elas sabem o que sentem ao ouvir o conto da Donzela Sem Mãos. Ou quando, numa constelação, se deparam com a figura de uma loba guardando o feminino ferido.

É ali que o símbolo age: como ponte entre a dor sem forma e a possibilidade de reencontro com a inteireza.

Imagem de uma mulher preta com um livro de histórias nas mãos, lendo contos para as crianças que estão em volta dela.
FatCamera / Getty Images Signature / Canva

Na minha metodologia de trabalho com a Contoterapia Sistêmica, os símbolos não são metáforas distantes. Eles são ferramentas arquetípicas vivas que tocam corpo, história e alma ao mesmo tempo.

Cada conto que usamos, cada mito que invocamos, cada imagem que surge no campo terapêutico é tratada como um oráculo que não explica, mas revela.

O feminino e o retorno ao simbólico

A linguagem do feminino é simbólica por natureza. O feminino dança, circula, sente, intui. Ele fala com o útero, com o ventre, com o olhar. Mas por séculos, o feminino foi colonizado por linguagens duras, métricas, objetivas — linguagens que o enfraqueceram.

Resgatar a escuta simbólica é também reparar uma ferida ancestral.
É permitir que a mulher possa se reencontrar com sua sabedoria interna — não como conceito, mas como vivência.

A Psicanálise Simbólica, neste contexto, é um chamado para uma escuta mais orgânica, mítica, sensível.

É o convite para lembrar o que a alma nunca esqueceu.

Uma escuta que transforma

Trabalho com mulheres. Mulheres que buscam reencontrar-se.
Elas vêm com perguntas — mas às vezes saem com imagens.
Imagens que falam por si: uma mulher-cervo, um cordão de fogo, uma floresta adormecida, uma velha anciã que não julga, apenas acolhe.

Imagem de uma mulher com as mãos para os altos. Ao fundo, várias árvores completam a foto que traz o conceito de busca pela paz interior.
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Essas imagens curam.
Porque o símbolo não obriga. Ele liberta.

Se você chegou até aqui, talvez essa linguagem também esteja pedindo passagem dentro de você.

E talvez o que você busca não seja uma nova resposta, mas uma nova escuta.

A escuta simbólica.
A escuta da alma.

Você pode me encontrar também em minha escola de formação para mulheres, onde unimos contos, mitos, constelações e psicologia simbólica para uma jornada de reconexão com o feminino profundo. Estamos formando uma nova geração de terapeutas que escutam a alma com imagens, e não apenas com diagnósticos.

Se quiser seguir comigo, me acompanhe por aqui ou no Instagram @tatiborsoipsi.

Sobre o autor

Tatiana Borsoi

Trabalho há 20 anos com autoconhecimento feminino e Terapias Sistêmicas, com foco no estudo das dinâmicas arquetípicas e no poder do feminino ancestral.

Utilizando os ensinamentos do aclamado livro Mulheres que Correm com os Lobos, desenvolvi um método próprio de Contoterapia Sistêmica, que integra psicanálise junguiana, constelações familiares e o sagrado feminino.

Minha missão é ajudar mulheres a se reconectarem com sua essência, resgatar sua força interior e, assim, transformarem suas vidas de maneira profunda e autêntica.

Com uma trajetória sólida de formação e prática, atuo na formação de terapeutas e na liderança de círculos de mulheres, guiando-as a uma jornada de autodescoberta, empoderamento e cura.

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