Autoconhecimento Comportamento

A corrida e o tempo

Homem sem blusa correndo em estrada deserta
The Lazy Artist Gallery / Pexels / Canva
Escrito por Fernanda Colli

A vida frenética do mundo contemporâneo já faz com que a maioria das pessoas acorde correndo, se arrume correndo e permaneça correndo até chegar o momento de correr finalmente para casa. Essa rotina se repete dia após dia, fazendo com que nos sintamos como ratinhos que correm em seu brinquedo fixado na gaiola, que gira rapidamente, mas nem por isso sai do lugar. E isso nos enche de frustração. Olhamos a felicidade das pessoas e padronizamos as conquistas de terceiros como o ideal, distanciando-nos e desvalorizando nossa luta diária de crescimento.

A princípio, o primeiro passo para a compreensão da nossa missão aqui na Terra é aceitar que tudo faz parte de um processo, portanto a vitória não seria diferente. E quando falamos em processo, é preciso ficar atento ao tempo. Isso é muito mais complexo que “medir” nossas conquistas relacionando nossa rotina de correria.

Primeiramente, temos que analisar a qualidade e a necessidade de uma vida corrida fazer parte do processo de nossas conquistas. É gente acordar e tentar otimizar nosso tempo com atitudes e ações que acarretam nossa felicidade — e quando falo “nossa felicidade”, trata-se de algo extremamente pessoal, o que não possibilita a ocupação de nenhum padrão ou receita mágica.

É termos a consciência de que uma das únicas coisas no Universo que não temos como resgatar é o tempo. E a conta é essa.

Que a gente continue correndo, mas que no meio da corrida não hesite em parar para contemplar o céu; que o sorriso de quem amamos faça valer a pena de cada minuto suado no trabalho; que a gente, mesmo na correria, dedique um segundo a agradecer por todos os processos de crescimento; que, mesmo com a insanidade da correria quase que imposta, nada não nos tire a graça e o foco de que somos seres humanos em constante aprendizado e evolução.

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A vitória vai chegar! Crescer leva tempo e precisamos de muita paciência e sabedoria. A construção de grandes objetivos leva tempo, e nos esquecemos de aceitar que esperar não é perda de tempo, mas um intervalo de lapidação e preparação de nossas vidas para alto voos. Tenha fé e paciência, pois uma borboleta, para alçar seu voo, um dia rastejou em seu estágio de lagarta. Não é sobre correr! A jornada é muito mais sobre esperançar.

Sobre o autor

Fernanda Colli

Pedagoga, psicopedagoga, arte-educadora, membro da IOV Brasil, pesquisadora sobre a importância da educação e cultura para evolução da sociedade. Trabalhos e artigos publicados sobre a importância da preservação de nossa identidade. Atua em projetos de manutenção e fomento da cultura popular.

Email: fernanda_colli@msn.com