Autoconhecimento Comportamento

A solitude como aliada da evolução

Pássaro sozinho à esquerda afastado dos demais pássaros amontoados em fios condutores de energia elétrica.
Escrito por Cláudia Lontra

A jornada da vida é um caminho trilhado, única e exclusivamente, por cada um de nós. É pessoal e intransferível. Não há como ninguém fazer esse caminho no nosso lugar ou assumirmos o caminho do outro.

Chegamos a este mundo, estamos nele e um dia o deixaremos, tudo por nossa própria conta. Nesse sentido, somos nós, por nós mesmos, o tempo todo. E mesmo que estejamos sempre cercados de pessoas, seja no trabalho, na família ou no nosso círculo de amigos, a verdade é que somos sozinhos. Podemos contar com apoio, porém não há quem possa viver a nossa vida. A nossa história, somos nós que a escrevemos.

Mulher sentada olhando para lago.

Sentir isso como uma verdade irrefutável é mudar, radicalmente, a nossa percepção sobre a vida e sobre a forma como nos relacionamos.

É assumir cem por cento de responsabilidade por nós, aprendendo a contar conosco. Porém, na era da informação instantânea, em que estamos inseridos atualmente, tudo nos convida a buscar o que está fora de nós. Tudo nos incentiva a estarmos em contato, o tempo todo, com todo mundo. Ao simples toque de um botão, temos acesso às mais variadas informações, aplicativos, imagens, programas, pessoas, um sem-número de distrações. Existe um movimento forte aqui que é olhar para o que está fora, em vez de para o que está dentro, e isso nos afasta da pessoa que deveria ser a mais importante da nossa vida: NÓS MESMOS.

Mulher olhando para cidade no horizonte.

É certo que toda essa facilidade nos ajuda, e muito! Claro! Mas sempre devemos deixar um tempinho reservado para estarmos em contato conosco. Buscar nossa solitude. Prestar atenção em como estamos no final de um dia cansativo de trabalho, do que estamos precisando naquele momento, quais são as nossas verdadeiras necessidades, nos escutar, como podemos nos nutrir de corpo e alma. Mas só conseguiremos isso se estivermos conosco, sem distrações, sem barulhos externos, sem interferências.

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Estar em solitude é isso!

É se preencher da própria presença. É na solitude que entendemos que só nós podemos nos dar o que precisamos. Dessa forma, nossos relacionamentos ganham muito em qualidade, já que paramos de projetar no outro nossas carências, pois passamos a nos prover internamente. As relações passam a acontecer para somar e agregar, não para sugar ou subtrair. As conexões se fazem de coração para coração e não para alimentar um jogo de interesses.

Homem andando em rodovia à beira do oceano.

Somente na própria companhia, poderemos nos observar com integridade. Estamos aqui para amadurecer espiritualmente, como seres infinitos que somos, processar o resultado de tudo que já experienciamos até hoje, e não há como fazer isso, se o nosso olhar somente está atento ao que está fora de nós. Períodos de solitude podem ser longos, muitas vezes, mas são extremamente ricos e fundamentais para a nossa evolução, pois nos dão a possibilidade de nos devolvermos a nós mesmos! Incentivam o nosso auto-olhar!

Não tenha medo de estar com você, apreciar e desfrutar da sua companhia tanto quanto possível! Solitude é muito diferente de solidão! Solitude é estar em si e solidão é a ilusão da falta do outro! Ilusão, porque somos inteiros e o outro não nos pertence. Somente sentimos a falta do outro quando não nos pertencemos!

Quando temos a nós, nunca estamos sozinhos!

Superabraço!

Sobre o autor

Cláudia Lontra

Terapeuta Integrativa, atuando com as técnicas de Light Touch, Fogo Sagrado – Alinhamento Energético, Reiki, estudiosa de técnicas de Cura Nativa/Xamanismo e organizadora do “Projeto Ressignificar-Te”, em que, por meio da arte de recortes e colagens manuais de imagens, as emoções se manifestam a partir da espontaneidade de expressão, se transformando em lindos trabalhos!

E-mail: claudialontra@yahoo.com.br
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