Autoconhecimento Toda forma de amor

Amor que liberta

Casal de mãos dadas perto de uma ponte
Cloud1902 de pixabay
Escrito por Luis Lemos

Um amor que liberta é aquele que é vivido com sinceridade, transparência, delicadeza e independência. Infelizmente, muitas pessoas ainda não conhecem a grandiosidade desse sentimento, então continuam presas a ideias nada saudáveis sobre o ato de amar. Reflita sobre essa questão com o artigo do colunista Luís Lemos sobre o assunto.

Quando se fala em amor, que palavras ou ideias costumam passar pela sua cabeça? Cumplicidade? Cuidado? Compreensão? Carinho? Confiança? Respeito? Companheirismo? Amizade? Afeto? Paixão? Gentileza? Muitos veem o amor desse jeito, especialmente quem busca encontrar o amor verdadeiro. No entanto, muitos preferem o amor como negócio, como oportunidade de se dar bem na vida, de ganhar dinheiro.

Talvez você esteja aí pensando com os seus botões que eu estou sendo materialista, cruel, mas essa é a realidade. Milhões de pessoas mundo afora esquecem que a essência do amor é a gratuidade. O amor desinteressado é o princípio que cria e sustenta as relações humanas com dignidade e intensidade. Somente quem ama verdadeiramente tem convicção da importância da liberdade para com todos.

No relacionamento ou na convivência social, o amor é o princípio que cria e sustenta as relações humanas com dignidade e intensidade. Somente o amor liberta o coração humano das piores atrocidades. Quando estamos amando, os melhores sentimentos tomam conta do nosso coração. É comum ver a pessoa apaixonada sorrindo. Quando estamos amando, a felicidade está em toda parte — e todos podem ver e sentir.

O mundo seria bem melhor se as pessoas amassem mais. Amar a vida, as pessoas, o trabalho, a saúde, a natureza, os amigos, a cidade, os livros, os espaços públicos, os animais etc. Isso torna tudo mais agradável e feliz. Sempre temos milhões de motivos para amar. Quem não ama desperdiça boa parte da sua vida com coisas pequenas — e os seres humanos não foram feitos para a pequenez, e sim para as grandes conquistas.

Casal de mãos dadas
rauschenberger de pixabay no Canva

No mundo atual e em um país como o nosso, no qual a cultura do ódio parece dominar, poucos são aqueles que investem no amor; poucas são as pessoas que respeitam os sentimentos dos outros; que amam de verdade. Amar nos dias atuais tem sido um ato tão revolucionário quanto a rebeldia dos jovens dos anos 1970. Em outras palavras: quem não reconhece o amor como força revolucionária está condenado à infelicidade eterna.

Nada é tão fantástico quando o amor, mas nada é tão comprometedor e exigente quando ele. Hoje estamos aqui, amanhã não estaremos mais, e o que deixaremos para os nossos parentes e amigos senão o amor? Por acaso existe outro presente mais lindo do que o amor que podemos deixar para eles?

Você também pode gostar:

Por fim, concordamos com o filósofo Nietzsche quando ele diz que: “Minha fórmula para a grandeza no homem é ‘Amor Fati’: não querer nada de diferente, nem para frente, nem para trás, por toda a eternidade. Não apenas suportar aquilo que é necessário, muito menos dissimulá-lo — todo o idealismo é falsidade diante daquilo que é necessário —, mas sim amá-lo”.

Sobre o autor

Luis Lemos

Luís Lemos é filósofo, professor, autor, entre outras obras, de “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas – Histórias do Universo Amazônico” e “Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente”.

Email: luisc.lemos@hotmail.com
Instagram: @luislemosescritor
Facebook: @luislemosescritor
Twitter: @luisclsilva
Youtube: Gota de Filosofia