Espiritualidade

Bíblia: dúvidas, fé e (in)coerências

Escrito por Eu Sem Fronteiras

A Bíblia é um dos documentos mais importantes da história da humanidade. O maior best-seller já escrito e conhecido no mundo inteiro, talvez por isso seja fruto de milhões de seguidores e, ao mesmo tempo, também alvo de muitas críticas.

Muitos atos generosos e de caráter filantropo foram feitos por causa dos ensinamentos da Bíblia, enquanto outras ações causaram medo e terror também por pessoas que afirmavam se basear no mesmo livro sagrado.

Um desses casos é a própria Igreja Católica, responsável por ações cruéis durante a Idade Média e que após principalmente da Contra-Reforma mudou muitas de suas diretrizes. Mesmo assim ainda ocorrem denúncias de padres que cometem ações ilícitas, desde corrupção no Banco do Vaticano até casos de pedofilia, em meio às ações de humildade e caridade pregadas com veemência pelo novo Papa Francisco.

Outro dilema que é muito interessante é o referente às linhas de conduta de justiça ou perdão. O famoso “Olho por olho e dente por dente” é bíblico, caracterizando que toda ação merece uma reação à altura. Ao mesmo tempo, o Novo Testamento aborda os acontecimentos envolvendo Jesus Cristo e a sua pregação voltada ao amor.

“Quando receber um tapa de um lado do rosto, ofereça o outro lado”. Quando colocamos essas duas filosofias há duas diretrizes opostas inegavelmente. E o mais interessante é que qualquer uma das suas opções poderá ser “baseada na Bíblia”.

Uma das tensões que ocorrem na sociedade brasileira justamente é em relação a esses confrontos. Entre as principais está a relação para com o público gay, de acordo com os ensinamentos bíblicos. Enquanto alguns afirmam que ser homossexual é condenável, outros defendem contra-argumentando que Jesus pede para “amar ao próximo como a ti mesmo”.

Da mesma forma que a Bíblia existe há milhares de anos, provavelmente esses debates vão permanecer por muitos e muitos anos. Particularmente, este articulista vai defender o posicionamento de que não devemos fazer nada a alguém que não gostaríamos que fosse feito contra nós.

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Muitas pessoas justificam seus posicionamentos de acordo com os escritos sagrados, porém só segue aqueles que convém a elas próprias. A questão é se você age pela Bíblia ou se usa esse documento para justificar aquilo que você já faz por si próprio. Caso seja o primeiro caso, estando certo ou errado, você é um adepto do Cristianismo. No segundo caso, aí já se chama hipocrisia.

  • Texto escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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