Convivendo Saúde Integral

Cólicas em bebês – o mito!

Bebê recém-nascido chorando
Escrito por Daniela Schwery
Quem nunca ouviu que umas das partes mais difíceis da fase da amamentação são as cólicas que as mães vão atravessar junto com o seu bebezinho? As mães sofrem assistindo o seu pequenino agonizando. O pavor é tanto que quando a mulher está grávida, com dores no corpo e sem dormir direito, ainda de quebra escuta “aproveita porque depois vai piorar”. Como assim meu Deus do céu??? Meeeedo.

Aí, vamos além e nos deparamos com orientações de médicos das antigas, ou orientações das amigas já mães, ou da mãe atual vovó, ou da sogra – vovó também, jogamos o assunto no Google… bugamos! Nos deparamos com medidas que vão de colocar para arrotar, a remédios para lidar com as temidas cólicas. Nada parece funcionar muito bem.

bebê

Mas e se disser que esse entendimento sobre cólica de bebês após a amamentação foi mudado, você acreditaria? Após gerações de muito se ouvir sobre a ocorrência de cólicas nos nenezinhos, provavelmente você acharia “papo furado”.

Pois bem, vamos lá, veja a definição simples de cólica extraída da Wikipédia.

Você também pode gostar de:

“A cólica (do grego κολικός, kolikós, relativo a cólon) é uma dor que ocorre em órgãos ocos, especialmente estômago, intestino e útero. Caracteriza-se por ciclos de dor intensa, com aumento gradual da intensidade até um pico e depois melhora lentamente.”

Mulheres sabem bem o que é cólica porque alguma vez na vida já devem ter sentido uma cólica menstrual que fosse, mas mesmo que não seja esse o caso, todos, sejam homens ou mulheres, já devem ter sentido ao menos uma vez na vida cólica intestinal. Ou seja, a dor é conhecida e está na nossa memória recente, logo sabemos que se trata de dores como espécie de pontadas que na realidade se tratam de contrações espaçadas para expulsar algo.

Agora você consegue responder a coisas como: qual a lógica de o bebê ter cólicas? Por que o corpinho do bebê iria entender que deve expulsar o leite?
 Ou se tudo na natureza é tão harmonicamente estruturado num equilíbrio difícil para os humanos compreenderem e até mesmo respeitar: por que raios o bebê iria ter cólicas?! Há algum outro animal mamífero que tenha cólicas porque tomou leite quando filhotinho?

Pois bem, se você não conseguiu encontrar respostas, talvez a razão seja simples: NÃO EXISTE CÓLICAS EM BEBÊS DEVIDO A MERA INGESTÃO DE LEITE.

Família de pai, mãe e bebê chorando no colo da mãe.

Um alerta: bebês não estão imunes a cólicas caso haja ocorrência comprovada para tal, como por exemplo intolerância à lactose. Este artigo trata o assunto ‘cólica’ de forma genérica referente a bebês saudáveis. Qualquer sintoma ou efeito adverso que não seja usual no seu pequenino, consulte o seu médico.

Alerta dado, vamos continuar…

Para compreender o explicado acima, assista o vídeo “Como aliviar o refluxo do bebê” da Stephanie Sapin que conta sobre a pesquisa realizada nos Estados Unidos (EUA) em bebês.

 

 

O que se percebeu após muitos anos de desinformação é que o que os bebês têm, na verdade, são refluxos! Refluxo de forma resumida e muito simplista é o ácido do estômago no lugar errado, o que causa queimação e soluços. Em outras palavras, o bebê sofre com azia, pois a válvula entre o esôfago e estômago não está totalmente formada, só fecha com 3 meses de vida.

Mas o que fazer?

  • Não deixar o bebê deitado reto (na horizontal) após a amamentação, pois o ácido sairá do estômago para o esôfago;
  • Deixar o bebê sempre levemente inclinado;
  • Utilizar almofada antirrefluxo e colocar sobre o colchão (não sob) e embaixo do lençol – o bebê vai dormir inclinado;
  • Pode utilizar o carrinho levemente inclinado (30º), ou o moisés, existe a almofada antirrefluxo para carrinho ou moisés. Não confunda inclinação com deixar o bebê verticalizado (sentado);
  • Colocar o bebê inclinado no trocador. Opte por trocar a fralda do bebezinho antes da amamentação.
cólica em bebê

Imagem extraída de redes sociais de almofada antirrefluxo

Tenha em mente que mesmo fazendo tudo corretamente, seu bebezinho pode ainda assim ter refluxos (azia). Não deixe de conversar com o(a) pediatra.

Stephanie Sapin é Sage femme, formada na França quando no Brasil não existia cursos preparatórios para grávidas, chegou a cursar 1 ano de medicina, mas como ela descreve em seu site:

… “entrei na faculdade Paulista de Medicina e cursei o primeiro ano no final do qual descobri que eu não queria ser mais uma médica amarrada por um monte de regras e percebi o fosso que existia entre médico e paciente. Eu queria era preencher este espaço!”

Stéphanie Sapin-Lignières
Avenida Atlântica 720/1102
Leme – Rio de Janeiro
Tel. 55-21 98258 9008
55-21-2541 4754
E-mail: stephanie.rio@terra.com.br
contato@stephaniesapin.com.br
Facebook: stephanie sapin
Canal Youtube: stephanie sapin
Site: www.stephaniesapin.com.br

Stephanie ministra cursos e possui um farto material, mas mesmo assim não resistimos a tentação de fazer perguntas diretamente para a própria para colocar neste artigo a fim de ajudar as mamães.

A senhora aconselha fazer o bebê arrotar após a amamentação?

O ideal é colocar o bebê na posição vertical depois da primeira parte da mamada, no máximo 5 minutos! Tem bebê que nunca arrota, bebê que sempre arrota e a maioria das vezes arrota e às vezes não. Depois da última parte da mamada, que eu chamo de sobremesa, é hora de conversar e brincar com o bebê: se tiver algum arroto, vai arrotar nesta hora. Arrotar não é uma obrigação, é um conforto mas nem sempre é necessário!

É bom ficar balançando ou chacoalhando o bebê na hora da amamentação?

Certamente que não!!! Alguém gostaria de comer balançando? Cadeira de amamentação não deve ter balanço!

Na Argentina muito se ensina sobre colocar o bebê “panza con panza” (barriga com barriga), relaxar o braço de maneira que o bebê fique na horizontal porém colado ao corpo da mãe e mame. Esta posição não contribui para ter refluxos?

O chamado “barriga com barriga” é o bebê de frente para o peito mas com bom senso, sem enfiar o nariz no seio! E uma perna em cima da outra em vez de uma perna ao lado da outra mas, com certeza, o bebê precisa mamar inclinado! A almofada de amamentação é para a mãe apoiar o braço, não é um colchão para o bebê ! Ela tem que ficar aberta e o bebê fica entra a mãe e a almofada.

Como lidar com a cabeça do bebezinho? É muito movimento para pouca mão! Risos. Não me refiro nem tanto ao ajudar o bebê com a cabeça, mas sim com a insegurança de o bebê jogar a cabeça para trás e prejudique a coluna já que ainda não há sustentação.

Não entendi bem a pergunta mas não se leva o seio para a boca do bebê e sim a cabeça do bebê tem que estar em frente ao bico do peito para que não tenha que sustentar o peso do peito com a boca quando mama: ele não aguenta e chora. O bebê segura a própria cabeça dependendo da posição! Pode ajudar de leve se precisar!

Sobre o autor

Daniela Schwery

Daniela Schwery é produtora do livro “Rejuvenesça com Beleza e Espiritualidade”, de Jurandy Leite. Escreveu artigos para Rogério Sanches Buso, do Espaço Antahkarana, e para dra. Renata Franco. É pioneira em mix de tratamentos dermatofuncionais, conteudista da Horta em Casa, bacharel em direito, analista político, analista de gerenciamento de redes sociais, articulista do Meu Brasil Verde e Amarelo, Divergente, Canal do Torto, conteudista do Juca Chaves, e da dra. Jéssica Polese, tendo trabalhado para a campanha política de Aridelmo Teixeira (Fucape) e do dr. Gustavo Peixoto (premiado médico em cirurgia bariátrica) – recordista em arrecadação crowdfunding.

Contatos:

Email: dani.schwery@gmail.com
Facebook: Dani Schwery
Instagram: @danischwery
Twitter: @danischwery
LinkedIn: Daniela Schwery