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Como sobreviver ao primeiro Natal sem alguém que você ama

Uma mulher jovem está sentada em um sofá. Ela está com uma mão na cabeça e uma feição triste no rosto. É época de Natal e há uma árvore de Natal ao lado.
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Escrito por Carla Marçal

O primeiro Natal sem alguém que você ama pode parecer impossível… Como lidar com o vazio, as lembranças e a pressão para “estar bem”? Há formas mais gentis de atravessar esse dia tão sensível. Quer descobrir como sobreviver a esse momento? Continue lendo.

O Natal está chegando. E, pela primeira vez, aquela pessoa não vai estar lá.

A cadeira vai ficar vazia. O prato a menos na mesa. O presente que você não vai comprar. A ligação que não vai fazer. O abraço que não vai dar.

Todo mundo ao redor está empolgado com dezembro. Comprando presentes, decorando a casa, fazendo planos. E você só pensa: como vou passar por isso?

Porque o primeiro Natal sem alguém que você ama é brutal. Não tem jeito mais suave de dizer. É brutal mesmo.

Você vai estar ali, na mesa, todo mundo conversando, rindo, comendo. E vai sentir aquele vazio enorme. Aquela ausência gritante que ninguém mais parece perceber do mesmo jeito que você.

Vai ter hora que alguém vai falar o nome da pessoa. Vai contar uma história. Vai mencionar algo que ela fazia. E você vai sentir aquele aperto no peito. Aquela vontade de sair correndo. Aquele choro preso na garganta.

E ainda vai ter gente dizendo que você precisa ser forte. Que a pessoa gostaria de te ver feliz. Que a vida continua. Que você precisa aproveitar a festa.

Um mulher idosa está sentada de frente para uma mesa. É época de Natal. Na mesa, há decorações de Natal, uma árvore de Natal e chocolates. A senhora está com uma feição no rosto de desamparo, tristeza.
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Mas você não quer aproveitar. Você quer que dezembro passe rápido. Que o Natal acabe logo. Que ninguém te obrigue a fingir que está tudo bem.

Como você sobrevive a isso?

Primeiro: você para de fingir que está bem quando não está. Você pode chorar no meio da ceia se precisar. Pode sair da mesa. Pode ir para o quarto. Pode dizer que não está conseguindo. Ninguém tem o direito de te cobrar alegria que você não sente.

Segundo: você não precisa participar de tudo. Se não quer ir à ceia, não vai. Se prefere passar o Natal sozinha, passe. Se quer só aparecer um pouco e ir embora, vai embora. Você faz o que consegue fazer. E ponto.

Terceiro: você pode falar sobre a pessoa. Pode contar histórias. Pode chorar lembrando. Pode rir de alguma coisa engraçada que aconteceu. A pessoa morreu, mas as memórias não. E falar sobre ela não vai piorar a dor. A dor já está ali de qualquer jeito.

Quarto: você aceita que vai ser difícil. Que vai doer. Que você vai sentir falta a cada minuto. Que não tem truque mágico para passar por isso sem sofrer. Você vai sofrer. E tem permissão para sofrer.

Tem gente que vai te julgar. Vai achar que você está exagerando. Que já passou tempo suficiente. Que você precisa seguir em frente. Ignora. Cada um sente no seu tempo. E ninguém tem o direito de ditar quanto tempo você precisa para lidar com uma perda.

Você vai ver famílias inteiras nas redes sociais. Todo mundo junto. Todo mundo feliz. E vai doer. Porque a sua família está incompleta agora. Tem alguém faltando. E nenhuma foto vai esconder isso.

Um homem está mexendo no seu celular e apresenta uma feição de tristeza no rosto. É época de Natal e há uma árvore de Natal ao fundo.
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Vai ter momento em que você vai sentir culpa por estar viva. Por estar ali, comendo, conversando, existindo. Enquanto a pessoa que você ama não está. Isso é normal. Mas não é verdade. Você estar viva não ofende a memória de quem se foi. Você pode continuar vivendo. Mesmo sentindo falta.

Tem dias que a saudade aperta mais. E o Natal é um desses dias. Porque é data que pede presença. Que pede reunião. Que pede abraço. E você não tem mais a pessoa para abraçar.

Você pode criar um ritual. Acender uma vela. Separar um momento para pensar nela. Escrever uma carta. Fazer algo que ela gostava. Isso não vai trazer a pessoa de volta, mas vai te dar um espaço para a sua dor existir.

E olha: você não precisa tirar a pessoa da conversa. Não precisa evitar o nome dela. Não precisa fingir que ela não existiu só para não deixar os outros desconfortáveis. Se alguém fica desconfortável, o problema é deles. Não seu.

Vai ter gente que não vai saber o que dizer. Que vai evitar falar da pessoa com medo de te deixar triste. Mas você já está triste. O silêncio não alivia. Às vezes, ouvir o nome da pessoa é o que você mais quer.

Você pode deixar a cadeira vazia. Ou pode deixar alguém sentar ali. Não tem certo ou errado. Você faz o que parece menos doloroso no momento. E se mudar de ideia no meio da ceia, tudo bem também.

O primeiro Natal sem a pessoa é o pior. Não vou mentir dizendo que fica fácil depois. Mas fica menos brutal. Você aprende a conviver com a falta. Aprende que pode sentir saudade e ainda assim estar na mesa. Aprende que pode rir de uma piada e chorar cinco minutos depois. Aprende que dor e vida coexistem.

Mas no primeiro, você só precisa sobreviver. Passar pelo dia. Respirar. Chorar quando precisar. Sair quando não aguentar mais. Dormir quando cansar. E acordar no dia seguinte sabendo que você conseguiu passar por mais um Natal sem aquela pessoa.

Não vai ser bonito. Não vai ser leve. Não vai ser como todo mundo espera que seja. Mas vai ser o seu jeito de atravessar. E isso basta.

Se você está passando pelo primeiro Natal após uma perda e precisa de ajuda para atravessar isso, agende sua avaliação comigo:

Carla Marçal, Psicóloga
CRP 06/35821-9
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Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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