Espiritualidade

Crescimento espiritual: quais são as consequências ruins?

Mulher de braços abertos sob o pôr do sol na praia.
123RF/Nataliia Kelsheva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

A maior parte dos seres humanos busca o crescimento espiritual. E, na verdade, essa é uma jornada infinita, uma vez que sempre é possível evoluir e melhorar um pouco mais.

Porém durante essa jornada de crescimento espiritual, nós costumamos deixar velhos hábitos, manias, costumes e crenças para trás, porque deixamos de acreditar naquilo e passamos a entender o mundo de outra forma e a enxergá-lo com outros olhos.

Na verdade, nós mudamos por dentro e isso se reflete em atitudes em nosso exterior e em nossa vida cotidiana.

Mas, mesmo abandonando hábitos imaturos, muitas vezes irresponsáveis, infantis e outros que você simplesmente deixa de acreditar, todas essas mudanças podem causar certas dores e traumas em sua vida.

Afinal de contas, não é obrigação da sociedade (e do mundo, em geral) entender a sua mudança repentina. Quem vive à sua volta pode entender que as mudanças acontecem muito repentinamente, mesmo que você estivesse se preparando para elas com certa antecedência.

Dentre as diversas consequências que esse crescimento pode trazer, algumas delas são muito comuns. E é sobre essas dores comuns ao crescimento espiritual que vamos falar hoje.

Perder amizades

Mulher de cabelos lisos sentada de costas em um campo durante o dia, sozinha.
Foto de Jure Širić no Pexels

Algo muito comum durante essa jornada de evolução espiritual é que alguns amigos fiquem para trás. Isso é inevitável. Você deixa de pensar como eles, acreditar nas coisas que eles acreditam; deixa de agir como eles e de frequentar os mesmos lugares que frequentava na companhia desses amigos.

Então essas amizades acabam deixando de fazer parte da sua vida de forma natural. Aos poucos, você se afasta desses amigos sem nem mesmo perceber. Muitas vezes, a maioria das amizades perdidas não faz falta – pode parecer um pouco cruel, mas é a realidade, uma vez que você provavelmente mudará bastante.

Porém pode machucar muito perceber que você se afastou de amigos que antes eram muito importantes na sua vida. Normalmente, você percebe que se afastou só quando se dá conta que essas pessoas seguiram a vida e você não faz mais parte das conquistas diárias e dos encontros da turma. É nesse momento que a dor aparece.

Mas não se apegue a essa dor. Afinal, ao mesmo tempo que você perde muitos amigos, o crescimento também te proporciona novas amizades e novas experiências! Basta que você agarre cada uma delas com força, ao menos enquanto elas fizerem sentido para você.

Arrependimentos

Mulher sentada na beira de um lago, de perfil, com a cabeça baixa e as mãos sobre os joelhos.
Foto por Pixabay

Conforme você evolui espiritualmente, começa a se arrepender de muitas coisas que já fez. Palavras ditas, ações consumadas, desejos e vontades imaturas e irresponsáveis que um dia foram realidade em sua vida passam a te atormentar.

O arrependimento de parte do passado é constante e, até certo ponto, saudável. Mas é preciso entender que é melhor evoluir, mesmo que muito tarde, do que continuar estagnado, com os mesmos tipos de pensamento e de atitude.

Que seus arrependimentos sirvam de lição para que os mesmos erros não sejam cometidos novamente. Não sinta vergonha do que já fez. Sinta arrependimento. Perceba o aprendizado com aquilo que não deu certo ou não era correto.

Todos os seres humanos (sem qualquer tipo de exceção) cometem erros, acertos, tropeços, pecados ou seja lá qual for o nome que você dá para atitudes que não fazem bem a si próprio ou às outras pessoas.

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Profissão

Mulher sentada em ambiente de escritório, usando o computador.
Foto por Christina Morillo no Pexels

Seu crescimento espiritual pode ser tão impactante em sua vida, que até mesmo sua carreira pode mudar. De repente, a profissão que você imaginava para você passa a não fazer mais sentido. Ela se torna uma roda gigante, que nunca sai do lugar, demora até completar seu ciclo e não te acrescenta nada além do que você já viveu nas primeiras voltas.

É normal se sentir incomodado por essa sensação de que não pertence mais àquele lugar, que o que te fazia feliz até então não te faz mais. Mas não se sinta culpado por causa disso! Não permita que essa dor e esse incômodo se tornem diários.

Mudar de ideia em relação ao que fazer profissionalmente é absolutamente normal. Ninguém é obrigado a seguir a mesma carreira por toda a vida – até porque costumamos escolhê-la muito precocemente, e é, inclusive, muito raro você manter as mesmas opiniões e gostos que possuía há vinte anos, por exemplo.

Desapego

Mulher sentada de costas em paisagem natural.
Foto de Arthur Brognoli no Pexels

Conforme você cresce espiritualmente, começa a perceber que muitas de suas posses já não são mais necessárias. O que antes poderia ser muito importante para você, agora já não faz mais sentido. E isso pode doer.

Desfazer-se de coisas com as quais você possui certo apego emocional, que estão enraizadas em lembranças muito importantes, pode ser realmente muito difícil e dolorido. Mas é preciso compreender que o que te fez feliz um dia pode fazer outras pessoas sorrirem.

Agora, você entende que não é preciso muitas coisas materiais para atingir a verdadeira felicidade e a evolução. Na verdade, quanto menos bens você possuir, mais conectado você conseguirá estar com o seu eu espiritual. Então, por mais dolorido que seja, é necessário desapegar.

Não tenha medo das dores espirituais

Homem de boné com os olhos fechados sob o céu ensolarado.
Foto de Kelvin Valerio no Pexels

As dores espirituais são necessárias. É impossível crescer sem passar por essas situações e experiências marcantes. Mas você sabe que vale a pena. Você sabe que o crescimento espiritual traz consequências boas e ruins. Lembre-se de que nenhuma dessas dores representa o fim do mundo.

Até porque, com certeza, você fez novas amizades (ou está para fazer), conheceu novos lugares, adquiriu qualidades, mudou sua perspectiva a respeito da vida, entre tantas outras coisas boas que compensam as dores que você sentiu ou ainda sente. Então, concentre-se em sua jornada e não desanime!


Texto escrito por Giovanna Frugis da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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