Doutrina Espírita Espiritualidade

Dia do Enfermo

Escrito por Luiz Guimaraes

Comemora-se o dia do enfermo em 14/01. É oportuno lembrarmos sempre dos enfermos, criaturas sofredoras, mas sempre relacionamos essa condição com as enfermidades físicas que nos assolam, sem exceção.

Desde o nascimento somos acometidos de doenças bacterianas, viróticas, fúngicas primárias ou oportunistas, dentre tantas outras malignas ou não que são agruras da caminhada.

Nessas citadas, valemo-nos dos recursos da ciência médica que nos aliviam ou mesmo trazem a cura tão almejada. Mesmo que não cheguemos à cura, somos aliviados através do arsenal terapêutico disponível e sempre atualizado.

Mas nossas enfermidades não fazem parte somente do corpo físico. As doenças do corpo nada mais são do que as mazelas da alma. Elas são consequências de nossas vidas pretéritas, por onde buscamos caminhos tortuosos, vemo-nos hoje, nas estradas estreitas da amargura que exigem coragem, paciência e resignação para que possamos transitar por elas.

Fruto do nosso pensamento, essas enfermidades são contraídas por conta das energias nefastas que produzimos e repercutem de forma danosa em nossas células. Tornamo-nos enfermos em razão das energias que produzimos.

Elas tanto são prejudiciais diretamente ao corpo físico, como são leiras férteis para a afinidade com outras do mesmo teor vibratório. No livro “O Pensamento de Emmanuel”, escrito por Martins Peralva, temos na página 16: ”(…) os pensamentos ‘são elementos dinâmicos de indução’, amplia-nos a responsabilidade, no que toca ao simples “ato de pensar”.

As armas das enfermidades estão em nós mesmos. Não dependemos de terceiros, nem podemos nos valer de outras fontes que nos tragam a verdadeira cura, senão a força do pensamento que se configura na usina energética que possuímos.

Infelizmente, desconhecemos esse potencial tão generoso que Deus nos legou e que qualquer um de nós pode utilizá-lo sem custo algum. Claro que não é fácil, já que para tal precisamos extirpar raízes do arquétipo que armazenamos e relutamos em mantê-los guardados, a começar pelo egoísmo e o orgulho.

Saneando os pensamentos e buscando seguir as palavras e o exemplo de Jesus, como Ele mesmo disse em Mt 11:30: “(…) Pois meu jugo é suave e meu fardo é leve”, estaremos dividindo com Ele o peso dos nossos sofrimentos.

O jugo que ele nos afirma é o seu conteúdo moral. Torna-se suave porque ao abraçarmos os seus ensinamentos, sentir-nos-emos aliviados. Como exemplo, vejamos alguém que perdoa um desafeto.

Quão leve fica ao libertar-se daquele peso! Por outro lado, aquele que odeia, persegue e busca a vingança está “preso” ao desafeto, tendo sua mente constantemente atrelada aos planos para ferir da melhor forma aquele que julga ser seu inimigo. Quanto sofrimento!

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Ao aceitarmos o Jugo de Jesus estaremos livres do cárcere que nós construímos e nele ficamos aprisionados. Esses enfermos da “alma” pouco são lembrados, mas é nela que tudo começa: a felicidade ou o sofrimento; o céu ou o inferno que abrigamos no coração.

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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