Autoconhecimento

E se? O padrão cognitivo que mais gera ansiedade

Foto borrada de um homem com as mãos na cabeça
Laura Mogollon de diversifylens / Canva
Escrito por Daiana dos Santos

É normal pensar “E se?” em determinadas situações. Quando refletimos sobre o passado, com as informações que temos no presente, queremos voltar no tempo e mudar algumas coisas. Ou, então, ficamos imaginando como será o futuro, tentando lidar com as nossas incertezas. A seguir, reconheça que esse padrão cognitivo só vai aumentar a sua ansiedade.

Quem é que nunca pensou assim: “E se não der certo”, “e se eu passar mal”, e se todos rirem de mim” ou “e se eu falhar de novo na hora do sexo”, “e se eu não conseguir chegar ao orgasmo”… e por aí vai.

O “E se” está na lista dos erros cognitivos que nós cometemos ao avaliarmos determinadas situações. ⁣

Ao pensar dessa forma, consequentemente a pessoa fica ansiosa e, muitas vezes, frustrada ou com medo. Porque o “e se” gera muitas incertezas e vários possíveis cenários catastróficos passa pela mente da pessoa. O fato de não ter controle sobre o futuro sem dúvidas é algo que gera muito incômodo e ansiedade.

A ruminação mental (pensar várias vezes a mesma coisa) acaba sendo fator de manutenção dos próprios sintomas de ansiedade, uma vez que, ao pensar em diversas possibilidades, a pessoa não tem garantia nenhuma de sucesso.

Muitas vezes, esse simples pensamento “mas e se tal coisa acontecer” faz com que as pessoas façam adivinhações do futuro, sem nenhuma evidência sequer. A consequência disso, na maioria das vezes, é a esquiva e fuga do estímulo que está sendo aversivo (seja, por exemplo, uma interação social ou relacionamento íntimo com alguém).

O segredo é você avaliar a situação por uma ótica mais realista. Não é tão simples, pois você está acostumado a pensar de forma distorcida em muitas situações, por exemplo, fazendo adivinhações do futuro.

O fato de você afirmar saber o que vai acontecer só te faz ficar mais ansioso(a), e aí a situação temida acaba acontecendo e reforçando o pensamento, mantendo-o no problema.

Mulher com os joelhos perto do rosto, com a cabeça baixa.
Liza Summer de Pexels / Canva

No entanto, é possível você substituir esse erro cognitivo através do exame de evidências (técnica da Terapia Cognitiva). ⁣

Cheque os fatos que comprovam que seu pensamento está correto e avalie os fatos que contradizem o pensamento. Lembre-se que geralmente as pessoas atribuem evidências baseadas nos pensamentos distorcidos.

Você também pode gostar:

Depois coloque na balança as evidências a favor e contra ao pensamento inicial, e tire conclusões mais realistas. ⁣

Exercitando isso, gradualmente você aprenderá a desafiar seus próprios pensamentos e consequentemente se sentirá bem menos ansioso(a), pois verá que muitos dos seus pensamentos não são reais.

Caso algum pensamento de fato seja verdadeiro, busque estratégias para resolver o problema. Se não conseguir sozinho(a), busque ajuda de algum profissional da psicologia de sua confiança!

Sobre o autor

Daiana dos Santos

Psicóloga I Psicoterapeuta cognitiva-comportamental e Terapeuta sexual.

Daiana atua na área clínica, realizando psicoterapia individual na abordagem cognitivo-comportamental, terapia de casal e terapia sexual.
É ativa nas redes sociais, compartilhando informações com o intuito de desmitificar mitos e tabus e descomplicar a sexualidade humana.
Participa mensalmente do programa Sex Relâmpago no perfil da Rede Relâmpago no Instagram e Youtube, sob direção do Jornalista Victor Corso.
Além de abordar temas sobre a sexualidade humana, produz conteúdos através de vídeos e textos educativos, sobre outros temas relacionados a psicologia como, estratégias para amenizar sintomas da depressão, ansiedade e fobias, autoestima, autoconhecimento, entre outros. Oferece palestras, workshops e é idealizadora do e-book Inteligência emocional: dicas de como desenvolvê-la.

Instagram: @daiana.sdossantos
E-mail: daiana.sdossantos@gmail.com
Telefone: 11 95569 - 4247