Autoconhecimento Psicapometria

Enfrentando o vazio

Escrito por Paulo Tavarez

O outro não pode te preencher, os objetos não podem te preencher e nada poderá livrá-lo desse vazio, sabe por quê? Porque você não precisa de preenchimento, você já tem a plenitude do Universo dentro de você, apenas ignora isso. Você pensa que é um vasilhame qualquer, mas na verdade você é Divino. Vive na mais profunda miséria sem perceber que está sentado em cima de um tesouro.

“Ah, mas eu não suporto esse vazio…”

Claro, esse sentimento de vazio é resultado do seu profundo apego com as coisas que a vida acabou tirando de você, pois nada nos pertence. A Vida faz isso para tirá-lo da inércia, para se renovar e sair desse ostracismo.

Tudo muda, o tempo todo, só você insiste em querer preservar-se. Você sofre por aceitar e acreditar cegamente em verdades que não respondem mais as suas necessidades, com isso, segue padrões atávicos de conduta que ficaram ancorados no passado e tenta interpretar um mundo que se renova constantemente com os modelos ultrapassados que você foi assimilando sem questionar.

Você vive à espera da felicidade, cobra isso dos outros, mas o outro não pode te fazer feliz, não coloque essa responsabilidade nos ombros de ninguém, seja ele o seu amante, o seu filho ou o seu irmão, não importa, essa tarefa pertence a você! Não culpe mais os outros por não preencherem suas expectativas, não é justo fazer isso com ninguém, nem é saudável fazer consigo mesmo. Quem criou essas expectativas foi você, os outros estão envolvidos com seus próprios interesses, é natural que seja assim, não podemos ter a pretensão de gerir comportamentos, sentimentos e escolhas de ninguém, seja quem for. É preciso tirar as pessoas que você insiste em manter presas no seu interior como propriedade. Filho, marido e parentes, todos vivendo no cárcere de suas carências e culpas.

Não seja como um balão apagado, sem luz, sendo levado pelo vento das convenções, regras e modelos que te apresentaram. E nem fique seguindo procedimentos arcaicos que não te trazem nenhum benefício, é hora de se reinventar.

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Por que passar toda a existência em busca de reparações, cobrando o tempo todo aquilo que acha serem os outros obrigados a te dar? Não viva mendigando afeto, carinho e apoio, tudo isso é responsabilidade sua. Se você não gostar de você mesmo, ninguém mais gostará! Enquanto você viver como a Carolina da música do Chico Buarque, olhando a vida pela janela, continuará sofrendo, pois a vida passou em um segundo e só Carolina não viu. É bandeira demais!

Tudo aquilo que desperta o nosso desejo nos escraviza, tudo aquilo que prende a nossa atenção nos ancora na ilusão da matéria. Pare de acreditar em tudo o que te falam, cada um tem um ponto de vista, cada pessoa qualifica suas experiências de maneira diferente, é o princípio da fenomenologia. Um ponto de vista é apenas a vista de um ponto.

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Fique bem e todos vão te tratar bem, todos querem estar com pessoas alegres, confiantes e corajosas. Ninguém quer estar perto de pessoas carentes, depressivas, melancólicas e pessimistas. As pessoas se unem através de frequências similares, por isso, você sempre estará atraindo a companhia de pessoas que sintonizam com a frequência em que você estiver vibrando.

Solte-se, liberte-se e deixe que a plenitude do seu próprio Ser se manifeste. Aprenda a gostar de si mesmo, afinal, se você não gostar de você mesmo, quem vai gostar? Esteja certo que ninguém gostará! Podem até conviver contigo por gratidão, pena, culpa ou qualquer outro sentimento, mas não será pelo bem-estar da companhia.

Sobre o autor

Paulo Tavarez

Instrutor de yoga, pedagogo, escritor, palestrante, terapeuta holístico e compositor. Toda a minha vida tem sido dedicada à construção de um mundo melhor.

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