Autoconhecimento Comportamento

Gentileza NEM SEMPRE gera gentileza

Imagem de duas pessoas dando as mãos como gesto de gentileza
Aleksandrdavydov/ 123RF
Escrito por Fernanda Colli

É de conhecimento de todos os benefícios da gentileza, do quanto ela nos faz evoluir como ser humano não só psicologicamente. Mas também podemos dizer que a gentileza é fator essencial para evolução da alma.

A gentileza deveria ser um hábito comum à nossa natureza, mas, com uma rotina cada vez mais agitada, ela acaba dando lugar para a pressa e o egoísmo. Sendo assim gentileza tornou-se uma virtude que tem a ver com os costumes locais, uma obrigação dentro de uma determinada educação, algo instalado em nosso cotidiano, passando a ser inconsciente.

Ser gentil, sentir-se do bem e, principalmente, ser do bem, mas não necessariamente é um fator que altera o sentimento verdadeiro de quem o recebe e de quem o pratica.

O ser humano carrega uma gama de defeitos e qualidades e ser gentil consiste em algo que não é humano, mas sim uma grande conquista onde ser sociável é um aprendizado que visa à convivência, à vida em sociedade.

Há vários tipos de gentileza praticados por vários tipos de pessoas. Porém o que se tem visto são pessoas que praticam a gentileza por modismo ou para que sua consciência fique tranquila com relação a tal fato, ou para nos enquadrarmos aos padrões da fé que praticamos; a gentileza é algo muito mais complexo que isso, pois, quando verdadeira, envolve uma mudança interpessoal e o verdadeiro desejo de ser uma pessoa melhor.

Soldado interagindo com duas crianças como gesto de gentileza
pexels/ pixabay

A gentileza não é, por exemplo, apenas falar a verdade, mas sim saber como falar a verdade. É um despertar de consciência e a conquista de um saber que eleva nosso entendimento sobre nosso papel aqui na Terra.

Em resumo, ser gentil é tratar o próximo como gostaria de ser tratado. Se você não acha necessidade em tratar as outras pessoas bem, está penalizando a si mesmo, por não aceitar a si próprio.

Quando despertamos uma consciência verdadeira sobre o que é ser gentil, tendo segurança de si mesmo e de seus valores, somos capazes de ser gentis e exercer a gentileza independente do retorno que isso nos gerará. Devemos fazer com que a gentileza seja natural e constante sem escolher pessoas, grupos ou determinados locais.

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Mesmo que nossos atos não tenham retorno e sejam até recebidos com hostilidade, devemos manter nossos atos de gentileza, por tratar-se de uma constante para evolução de nosso ser.

Tudo evolui, porém cada um tem o seu tempo e maneira de evoluir; ser gentil e não esperar um retorno de gentileza é a verdadeira essência do ato. Conscientes, porém, que a não necessidade de aflição ou de tristeza pelo mesmo é o despertar da consciência de que um dia a evolução e a gentileza chegarão para todo mundo.

Que sejamos sempre gentis.

Sobre o autor

Fernanda Colli

Pedagoga, psicopedagoga, arte-educadora, membro da IOV Brasil, pesquisadora sobre a importância da educação e cultura para evolução da sociedade. Trabalhos e artigos publicados sobre a importância da preservação de nossa identidade. Atua em projetos de manutenção e fomento da cultura popular.

Email: fernanda_colli@msn.com