Autoconhecimento

Incontáveis foram as vezes que as pessoas falaram que foi sorte

Uma pessoa saindo de um túnel.
sophiafloerchinger / 123rf
Escrito por Giselli Duarte

Desde pequena, sempre tive uma força muito grande para realizar as coisas. Nunca esperei o tempo ideal, pois de alguma forma eu sempre soube que ele não existe. Houve um tempo em que acabei perdendo essa força, momentaneamente, para realizar e seguir. Afinal, a vida tem dessas. Não demorou muito para que eu me reerguesse para continuar. Digo que não demorou, pois não fiquei nesse estado, paralisada, a vida inteira a partir daquele ponto, mas tudo são processos.

Nada na minha vida veio fácil. Gostaria mesmo que o mantra “tudo na vida vem a mim com facilidade…” fosse assim desde que nasci, mas a verdade é que tudo veio com muito trabalho e esforço. Haja esforço!

Sendo a caçula da família, nasci bem no meio de uma crise econômica e política. Quem nasce no Brasil automaticamente já nasce na crise, eu sei, mas essa foi uma das mais memoráveis. Não tive a mesma sorte de estudar em escolas particulares e boas, como meus irmãos mais velhos. Meu ensino foi uma salada, pois tive que me mudar muitas vezes entre escolas estaduais e municipais devido às mudanças que fazíamos para estar mais perto do trabalho do meu pai. Só tomei gosto mesmo pelos estudos quando entrei na faculdade, aos 17 anos. Pensei em estudar tudo o que não estudei. Desde então, entrei em cursos livres, técnicos e graduações e não parei mais.

Fazia cursos com o dinheiro que eu juntava para dar entrada ou com a ajuda dos meus pais, que deram sempre um jeito de me apoiar em tudo o que fazia. Se não eram cursos propriamente ditos, eram livros para estudar por conta própria.

Uma fileira de livros. Sobre ela, um livro aberto.
Motizova de Getty Images Pro / Canva / Eu Sem Fronteiras

Via meus amigos viajarem o tempo todo para todos os lugares incríveis pelo mundo, e mesmo querendo fazer a mesma coisa, eu me contentei em fazer aquilo que eu podia no momento: estudar e trabalhar. O trabalho sempre foi algo que fiz com gosto, desde os meus 14 anos, quando comecei como jovem aprendiz.

Esses presentes, herdei dos meus pais, o estudar da minha mãe e o empreender do meu pai.

Empreendi, fiz projetos, encontrei parcerias, abri e fechei CNPJs. Muitas coisas deram errado e outras deram certo, na medida do meu entendimento.

Hoje em dia não tenho a noção exata de quantas vezes fiz isso tudo: estudar, fazer cursos ou empreender, mas sei que tudo isso me levou onde estou agora e me levará para outros lugares ainda desconhecidos, mas incríveis.

Uma mão segurando um trevo-de-quatro-folhas.
mspoli de Getty Images / Canva / Eu Sem Fronteiras

Muitas pessoas aparecem muitas vezes e dizem que foi sorte, mas foi mesmo, visto que sorte quer dizer o encontro da oportunidade com o preparo!

É preciso se preparar muito para estar disposta(o) a lidar com a oportunidade que nos é apresentada. É preciso ter muita disciplina, determinação, foco, força de vontade e planejamento para fazer acontecer. Não é simplesmente pensar positivamente e aguardar sentada(o) no sofá ou optar em fazer qualquer outra coisa que não esteja alinhada com o seu objetivo porque “hoje eu só quero espairecer.”

Isso tudo requer muita paciência também, presente herdado pelo dom de saber aguardar as coisas acontecerem, em conjunto da consistência que você pratica diariamente. É pegar o dinheiro que pode estar escasso, no momento, mas usá-lo com inteligência, aplicando naquilo que trará retorno. Isso, sim, é ter sorte!

Você também pode gostar

Por isso, hoje em dia, quando ouço das pessoas que as coisas estão difíceis e que elas não encontram saídas, eu penso: “Será que não?” Tudo tem saída. Todavia tudo é uma questão de prioridade.

Você sabe onde coloca a sua energia e a sua prioridade para fazer acontecer ou não acontecer?

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

Contatos
Email: giselli.du@outlook.com
Site: giselliduarte.com
Site dos livros: No Caminho do Autoconhecimento e Lado B
Facebook:: @giselli.d
Instagram: @giselliduarte_
Twitter: @gisellidu
Linkedin: Giselli Duarte
Spotify: No Caminho do Autoconhecimento
YouTube: No Caminho do Autoconhecimento
Medium: @giselliduarte

Aura Health: www.aurahealth.io/coaches/giselli-duarte

Insight Timer: insighttimer.com/br/professores/giselli