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Jejum para quê?

Prato branco vazio em cima de uma mesa de madeira, com faca e garfo nos lados.
Escrito por Juliana Ferraro

Olá! Você já pensou em fazer jejum? Já teve essa experiência?
Tive uma experiência recente com jejum. Estou aqui para compartilhar com você como foi, e deixar também minha opinião sobre.

Em primeiro lugar, explico de onde surgiu a ideia ou intenção de passar um dia só à base de líquidos:

Estou na Índia agora. E pelas coincidências da vida – ou sinais do universo – pessoas diferentes, me contaram sobre o dia de Ekadashi. O décimo primeiro dia depois do pico da lua (cheia ou nova). Neste dia, segundo alguns estudiosos, as energias da lua sobre a Terra estão mais fortes. E para receber essa “luz” é preciso se esvaziar.

Isso é real: você só pode receber se tiver espaço para entrar mais coisas.

Prato branco vazio em cima de mesa de madeira, com apenas um cálice de água em cima.

Por isso, nesse dia, caso se tenha uma intenção de conexão e trabalho espiritual:

O jejum mais básico é ficar um dia sem comer grãos. Desde um pôr do sol até o próximo. Mas também se podem escolher só líquidos, só água ou sem ingerir nada.

Eu senti vontade de experimentar, foi a primeira vez que fiz jejum assim.

Nesse dia não tinha aula de Yoga, então achei que seria bem boa ideia mesmo. Porém…

Acordei cedo para subir 1000 degraus e visitar um templo. E desci andando. Andei pela cidade e fiz aula de dança. Tomei Smoothie, Lassi (tipo de iogurte) e uma sopa. Mas no final da tarde minha paciência estava esgotada.

Ficar com fome me deixa irritável.

Por isso, no fim do dia eu achei que não valia a pena fazer jejum se era pra ficar irrita. E que energia é essa que recebi do universo, não estou sentindo nada…

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No dia seguinte conversei com amigos e amigas. Que me disseram algo bem básico sobre fazer jejum que eu desconsiderei: Repouso! Foco!

Se quiser ficar sem comer, fique quieta! E medite… Sabe? Silenciar?

Dois dias depois eu entendi o que eu estava precisando fazer mesmo na minha vida agora: silenciar. Ficar mais tempo comigo mesma observando meu corpo e minha mente.

Eu amo estar com pessoas, conversar, comer fora e aprender coisas novas. Acontece que precisa ter um equilíbrio.

Estava sempre colocando algo pra dentro. Comendo, ouvindo Podcast, assistindo vídeos no YouTube, olhando o Instagram. Comendo informações o tempo todo.

Ai sim percebi o enorme beneficio e o recado do jejum: aquietar. Pelo menos em algum momento do mês e do dia é necessário parar um pouco e ficar em silêncio.

Jejum de absorver qualquer coisa pra poder digerir o que foi absorvido antes.

É assim que aprender acontece. Sabia que os bebês dormem muito porque estão aprendendo muito o tempo todo? E o cérebro precisa descansar para assimilar. A gente não aprende tanto quanto eles, mas estamos sempre absorvendo e precisando digerir.

Por isso, se está considerando algum dia jejuar:

Tenha em mente que é um dia voltado para o desenvolvimento espiritual.

Se você tem ou teve algum transtorno alimentar: pense de novo. Se isso não vai desencadear uma nova “crise” e te fazer mal no final das contas.

Copo com água, fatia de pão integral e picles em cima de uma bandeja de madeira.

Escolha o Ekadashi (na internet tem o calendário para conferir o dia certinho para cada país).

Se precisar seguir a rotina normal nesse dia, apenas se abstenha de comer grãos.

Faça algumas vezes até se acostumar antes de fazer algo mais extremo.

Aproveite o dia para meditar, ir à natureza, fazer orações.

Se for fazer um jejum mais extremo, fique em casa e descanse.

Jejum é benéfico? Sim e não!

Observe em você o que acontece e me conta depois!

Namastê!!

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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