Quando pensamos em sonhos globais, nos distanciamos deles. Acreditamos que apenas grandes representantes políticos podem solucionar questões mundiais. É obvio que a assinatura deles permite maiores mudanças que as nossas, saibamos reconhecer isso, mas reconheceremos também que o que realizamos de maneira local impacta diretamente na forma em que o mundo se organiza.
Há tempos, venho estudando a educação sócio-emocional e meus olhos brilham cada vez mais para esta abordagem. Este tipo de discurso basicamente forma as crianças de uma maneira completa, saindo de uma abordagem tecnicista e tradicional e partindo para um ideal amplo de formação humana. Trabalham-se projetos de vida, estudam-se emoções e as relações humanas são mediadas. Em suma, a criança passa por um caminho no qual valorizam e desenvolvem-se as habilidades cognitivas, emocionais, sociais e éticas.
A forma na qual este discurso está se organizando é muito boa. Cada vez mais, estamos entendendo que é preciso formar crianças de maneira global e isso refletirá nas relações sociais. Digo isso porque reconheço que falhamos quando não alcançamos o objetivo de levar a educação a cada pessoa deste mundo até 2015, mas estamos acertando ao ensinar a nossos alunos e alunas conceitos como resiliência, sororidade, empoderamento, respeito e amor. Estas crianças sim já estão aprendendo aos poucos que não é preciso estar em uma cadeira de ouro para fazer a mudança, que o protagonismo local pode mudar o mundo.
A sugestão para comemorar este dia é que você converse com seus filhos e/ou alunos sobre como eles entendem o próximo, como eles veem a educação, as desigualdades, etc. Caso eles não consigam se expressar ou não tenham informação a respeito, repense um pouco a educação que você está oferecendo.