Autoconhecimento Convivendo

O que vivenciei e gostaria de partilhar Parte III

Grupo de pessoas com camisetas vermelhas, segurando uma bandeira do Brasil.
Escrito por Juliana De'Carli

Quando entramos no Torii, no Tempo do Meiji (descrito na Parte II no artigo anterior), o grupo de 40 pessoas distribuiu-se pelo local. O fato é que, pela limitada quantidade de mini-japamalas ali disponíveis para venda, percebi que seria impossível conseguir número suficiente para todos os que gostaria de presentear. Foi então que resolvi desenvolver este produto para ter disponível. (A parte que fala das novidades pode tirar)

E a viagem continua. Em um outro dia conhecemos o Templo Xintoísta Meiji Jingu do Imperador Meiji. Lá havia uma quantidade enorme de autocarros no estacionamento, o que acabou por surpreender a todos. Do estacionamento até a chegada propriamente dita ao Templo, fizemos uma caminhada por dentro de uma mata frondosa, com árvores imensas, o que por si só já foi muito especial. Poderia ficar ali por um dia inteiro, desfrutando do esplendor e da boa energia que dali brotava.

Você também pode gostar

Ao chegar no Templo, logo na entrada, fizemos o ritual do Chozuya, e na sequência nos reunimos todos em frente ao Torii, uma espécie de portal de entrada, onde foi tirada uma de nossas fotografias oficiais. Nesse dia, para nossa felicidade, estava acontecendo uma celebração xintoísta, na qual todos vestiam kimonos brancos, calças pretas, chapéus cônicos pretos, tamancos de madeira pretos e carregavam um pedaço de madeira nas mãos. Nos foi permitido, e possível, assistir apenas uma parte da celebração. Ao final dela, acompanhamos a saída de todo aquele povo, em andar pacífico, calmos e muito ordenados. Pudemos mais uma vez presenciar a retidão japonesa para com seus costumes, hábitos e valores. Essa conduta está totalmente de acordo com a energia de um Imperador. Realmente admirável.

Meiji, imperador de número 122º, foi de fato um Imperador importante para o Japão. Foi ele quem desenhou a bandeira do Japão. Foi com ele que o país atravessou uma revolução política, social e industrial (a Restauração Meiji) que, durante seu reinado, ficou conhecida como Era Meiji, Governo Iluminado, saindo da era feudal, o xogunato, e levando o país a se tornar uma grande potência mundial. Devido a todo esse empoderamento, o dia 3 de novembro, dia do aniversário do Imperador, é feriado nacional no Japão. Já não bastasse, foi na Era Meijji que aconteceu o descobrimento do Reiki.

Tivemos a oportunidade de conhecer um desses feudos, O Castelo de Nijo, onde vivia um Xogun (ditador militar) que era protegido pelos samurais. A casa principal possui um sistema nos chãos que emite ruído de pássaros enquanto caminham por ele. Esse sistema tinha o objetivo se sinalizar quando o palácio era invadido pelos ninjas durante a noite. Não podemos fotografar esse palácio, mas lembro como se o tivesse feito, pois só de imaginar os ninjas caminhando e aqueles samurais ali sentados fiquei fascinada!

Homem de pé em frente a portal de templo japonês.
Sensei Johnny De’Carli no Torii do Templo Amataka, província de Gifu no Japão.

Imperador Meiji era um homem com muita sabedoria e força para proteger e estruturar seu país. Também era escritor de poemas, tendo produzido mais de 10 mil poemas, todos com 31 sílabas cada. Destes 10 mil poemas, o Sensei Mikao Usui em 1922 escolheu 125 e os incluiu em seu manual de Reiki. Já no ano de 1998, o Sensei Johnny De´ Carli traduziu esses 125 poemas e os publicou em um pequeno livro de bolso, como forma de auxílio e polimento das virtudes dos reikianos. Mais tarde, meu pai, Johnny De’ Carli, dedicou 4 anos em um trabalho mediúnico com o Imperador Meiji e escreveu o livro “Reiki como Filosofia de Vida”, considerado o primeiro livro psicografado no Reiki, no qual são decifradas e reveladas interpretações individuais para cada um dos 125 poemas. Tive a felicidade de acompanhá-lo de perto durante esses 4 anos de trabalho, pois vivíamos em cidades bem próximas e foi quando recebi minha iniciação de mestrado com ele, aos 22 anos de idade. Naquele período, ele apresentava um comportamento bem diferente, estava mais introspetivo que o usual. Também foi exatamente nesse Templo de Meiji Jingú que, em uma das idas ao Japão, o Sensei Johnny De’Carli revelou ter recebido boa parte das informações mediúnicas sobre o que teria de fazer.

Ainda naquela ocasião, quando passamos pelo Torii e entramos no templo do Meiji, o grupo de 40 pessoas se distribuiu pelo local. Naquele momento eu estava fazendo algumas fotos e vídeos para serem partilhadas posteriormente em minhas redes sociais, quando então a Emiko, tradutora do grupo, me chamou para ter consigo. Ela estava junto a Sensei Noriko Ogawa e ao Sensei Fuminori Aoki. Eles então contaram que, em frente ao local dos rituais xintoístas do Templo Meiji Jingú, encontrava-se uma caixa contendo os poemas do Imperador, e que haviam duas cores de papéis, escritos em japonês e em inglês. O Sensei Fuminori Aoki então indicou que eu fosse pegar uma mensagem. Assim o fiz e entreguei para que nossa tradutora revelasse para mim o que estava ali escrito. Para minha surpresa, a mensagem falava sobre o poder das palavras, o que automaticamente me remeteu ao trabalho que realizo com o Ho’oponopono, uma técnica que é praticada a partir das palavras. Fiquei extremamente grata por aquele momento.

No dia a seguir, já a 3 de novembro, justamente no feriado nacional por conta das comemorações do dia do aniversário do Imperador Meiji, pegamos dois comboios, entre eles um trem bala para irmos até Nagoya, e posteriormente ainda um autocarro para chegarmos a uma pequena província chamada Gifu, onde nasceu e cresceu Mikao Usui, o descobridor do Reiki. Lá, ainda hoje, vivem inúmeros descendentes da família Usui, porém nenhum deles, infelizmente, seguiu com o Reiki. Por sua vez, a casa onde Mikao Usui nasceu e cresceu já não pertence a sua família e foi transformada em uma simples marcenaria. Aproveitamos essas histórias para registrar tudo em muitas fotografias. Em relação a esse dia, meu pai, já em data posterior a viajem e durante uma visita que o fiz no Brasil, relembrou com muito humor de tudo aquilo e dizia “Via todos aqueles moradores locais se perguntando: o que é que este grupo tão grande viu naquele local que os fazem tirar tantas fotos?” Estávamos todos boquiabertos, foi um momento histórico para nós, com certeza.

Seguimos logo após para o Templo Amataka, também na província de Gifu, onde o Sensei Mikao Usui frequentou durante 3 anos antes de receber o Reiki. Sabe-se que o Torii desse templo foi financiado pelo Sensei Mikao Usui e por seus irmãos, uma vez que essas informações estão talhadas no próprio Torii.

Grupo de pessoas posando para foto em frente a um templo.
Grupo de Mestres de Reiki junto ao Torii do Templo Amataka, província Gifu no Japão.

Para finalizar o dia, ainda em Gifu, aproveitando que era feriado pelo 3 de novembro, fomos apreciar uma das principais estátuas do Imperador Meiji, erguidas no Japão em 30 de julho de 1972, no dia em que completou 60 anos de sua morte, a fim de homenageá-lo. Talhado na estátua encontramos ideogramas japoneses significando “Divino Imperador Meiji”.

Sobre o autor

Juliana De'Carli

Juliana De’Carli ministra formações desde 2012. Iniciou como mestre de reiki, formada pelo seu pai Johnny De’Carli, com quem estudou desde os 8 anos de idade a técnica, acompanhando-o em diversas viagens espirituais, incluindo Peru,
Espanha e Japão.
Durante a semana, Juliana é instrutora de yoga, atende como numeróloga cabalística e Life Spiritual Coaching. Aos fins de semana, ministra os cursos de reiki, Karuna reiki oficial e
Ho’oponopono.
É autora dos livros: “Ho’oponopono – método de autocura havaiano”; “Desenvolvendo Seu Poder Pessoal – Ho’oponopono, Reiki e Consciência”; “Ho’oponopono, Mindfulness e Reiki”; e “Mahalo – O livro da Gratidão do Ho’oponopono”.

Participe do Grupo Ho’oponopono – Método de autocura havaiano no Facebook: hooponoponodecarli

Email: cursosjulianadecarli@gmail.com
Facebook: julianadecarlidebiasi
Instagram: @juliana_de_carli
Youtube: Juliana De'Carli