Comportamento Consciência Aplicada

Os transtornos de uma mente brilhante: Falta de perspectiva

Rapaz com rosto apoiado na mão e expressão de desânimo
Escrito por Fabiano de Abreu

Façamos uma analogia computador vs cérebro humano:

O computador possui processador, HD (Hard Disk), Memória e Placa Mãe. Nós, o cérebro, onde todos esses componentes estão interligados. A diferença é que o computador não sente e nós sentimos. A outra é que a capacidade do limite do nosso cérebro não foi delimitada e não se sabe. Mas o computador nós, com o nosso cérebro, o criamos com um limite.

O Processador é a capacidade de processar todos os dados, inclusive para a memória e HD. Ele executa a aritmética, lógica e a entrada e saída de dados.

O HD é a capacidade de armazenarmos tudo o que processamos e também com velocidade própria, como se fosse o tamanho da nossa ansiedade essa velocidade de processamento.

A Memória trato como cognitivo em que, quanto mais desenvolvido, mais rápido para passar a informação. É também a nossa capacidade e velocidade de memorizarmos tudo.

A Placa Mãe é o cérebro físico e tudo se encaixa nele.

Opa, falamos em lógica, então falamos em QI, que significa Quociente de Inteligência. Então podemos comparar os cérebros humanos como sendo, também, processadores de diferentes potências. Como nos computadores.

Um cérebro com grande potência de inteligência, alto QI, contrariando o que muitos pensam, pode ter como resultado psicológico alguns transtornos, como decorrência da falta de perspectiva.

Garota encostada em parede cabisbaixa
Foto de Eric Ward no Unsplash

“Há quem não tenha a compreensão do óbvio através das nuances da razão”

Um cérebro com alta inteligência funciona como um mecanismo de impulsão constante com variáveis. A ansiedade ativada com o processamento de informações simultâneas e aceleradas eleva a criatividade que resulta em conteúdos diversos que, quando de interesse dentro de uma linha de raciocínio, ativam o hormônio do prazer. São constantes impulsos, como potências de raios que acendem e logo se apagam simultaneamente. Quando frescos na memória, podem criar conteúdos e ações de grandes conquistas e soluções. Quando não acompanhado, esquecido, deixado de lado ou tardio, acarreta em uma diminuição da potência oposta à satisfação antes sentida em meio ao raciocínio.

A falta de alguém que mantenha e compreensão na mesma linha de raciocínio faz com que o indivíduo se coloque em uma posição solitária e de desistência. Quando isso torna-se constante no meio que convive, passa a sentir-se mais isolado, podendo se confortar na solidão.

A distância entre o prazer e a insatisfação é tão curta que essa oscilação pode ocasionar constantes decepções, que com o tempo ganham força o suficiente para uma desistência, e, assim, acarretar em tristeza e até mesmo numa quase depressão. Há casos de depressão, mas geralmente pessoas com alto QI conseguem lidar com a depressão através da razão e buscam argumentos para não se aprofundar neste mal.

Homem com as mãos no rosto em campo aberto com árvore ao fundo
Foto Francisco Moreno no Unsplash

O cérebro tem que estar sempre condicionado às constantes conquistas e precisa sempre estar anotando o conteúdo ou ele se perderá em meio a outros milhões de pensamentos simultâneos.

Uma pessoa superdotada precisa estar sempre ocupando a sua mente e utilizando dos seus “hardware’s” na sua placa mãe, o cérebro, para que a sua potência sempre se mantenha em equilíbrio, não se aprofundando, assim, na tristeza.

Muito conhecimento sem compreensão dá a sensação de solidão. Primeiro que o ser inteligente geralmente é inseguro e precisa de confirmações. Segundo que nós, humanos, vivemos em partilha. Desenvolvemos em comunhão, em grupos que partilhavam caça, momentos e cuidados.

Pessoas inteligentes são inseguras pois têm medo de errar. A consciência de que é inteligente cria certezas ao longo da vida e, caso essa certeza seja errada, cria uma decepção pessoal. A própria sociedade cobra muito dos inteligentes e exigem que não errem. É melhor se burro e usar isso como desculpa pelo erro e se safar do que ser inteligente e o erro não ter desculpas e se tornar um culpado.

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Uma mente brilhante tem o processamento, armazenamento e decodificação de dados de uma forma em que é dada uma “antevisão” dos fatos, como uma vidência, que na realidade é um cognitivo desenvolvido a ponto de já acertar o resultado. A depender do cenário, isso pode, também, tornar esta mente pessimista com relação a evolução humana assim como de todos os fatos que resultam dos seus comportamentos. Para onde estamos indo? O que estamos fazendo? Por que a razão não é comum se parece tão óbvia?

“Ser inteligente é um tanto quanto mal humorado e desesperançoso já que a realidade é incrivelmente dura”

Links: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/16846-cerebro-humano-x-pc-como-eles-se-comparam-.htm

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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