Autoconhecimento Comportamento Convivendo

Quantas vezes você se cala no meio da rotina?

Imagem de várias mulheres, cada uma trazendo um esteriótipo da rotina diária: uma acordando, outra escovando os dentes, outra tomando café e a outra saindo para trabalhar.
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Escrito por Carla Marçal

No silêncio da rotina, muitas vezes nos perdemos de nós mesmas. Cansamos, adoecemos, seguimos no automático. Retomar o contato com nossos sentimentos é um ato de cuidado. Escutar-se é reencontro, é voltar a viver com presença e verdade. Não adie mais esse retorno.

Existem silêncios que não nascem da paz, mas do hábito de se esquecer.
A rotina, com suas demandas e urgências, vai ocupando todos os espaços. Os horários são preenchidos, as tarefas concluídas, as responsabilidades cumpridas. E enquanto tudo acontece lá fora, o que acontece dentro de você?

É fácil se perder nesse ritmo.
Fácil deixar para depois aquela conversa importante consigo mesma.
Fácil ignorar o cansaço que se acumula, a tristeza que se disfarça de impaciência, a ansiedade que passa despercebida porque já virou parte do cotidiano.

Em algum momento, talvez você tenha aprendido que o que sente pode esperar.
Que a prioridade é dar conta de tudo, resolver o que está por fora, manter a ordem visível, mesmo que o que está dentro esteja em completo desalinho.

O tempo passa e a ausência de si mesma pesa.
Você se acostuma a sorrir sem motivo, a seguir sem saber exatamente para onde, a calar o que gostaria de dizer para manter a aparência de controle.

Mas existe um momento em que o corpo começa a falar.
Ele fala através do cansaço que não passa, das dores que surgem sem explicação, do sono agitado, da falta de ânimo para coisas que antes traziam alegria.
Fala também quando a vida perde o sabor e os dias parecem iguais, mesmo diante de conquistas que um dia foram sonhadas.

Esse é o convite mais honesto para retomar a escuta.
Não precisa começar com grandes mudanças. Às vezes, tudo começa com uma pergunta simples: o que você está sentindo agora?

Imagem de uma mulher usando uma camisa jeans clara, colocando uma das suas mãos no ouvido, trazendo o conceito de saber ouvir.
RobinHiggins / Pixabay / Canva

Permitir-se ouvir essa resposta sem pressa de resolver, sem a necessidade de encontrar soluções imediatas. Apenas abrir espaço para que a sua própria voz tenha vez, depois de tanto tempo abafada por exigências externas.

Resgatar essa escuta é um movimento de retorno. Um reencontro com quem você é para além dos papéis que desempenha, das expectativas que tentam te moldar e das pressões que insistem em dizer o que é prioridade.

É nesse espaço de silêncio verdadeiro que nasce a possibilidade de escolhas mais conscientes. Escolhas que não partem da culpa ou da obrigação, mas de um lugar de respeito por si mesma.

A vida continua a acontecer, a rotina não desaparece. Mas quando você se coloca de volta na própria história, algo muda. O peso se distribui, a presença se fortalece e a sensação de estar viva, e não apenas existindo, começa a retornar.

Se escutar é o primeiro ato de cuidado.
E talvez seja esse o cuidado de que você mais esteja precisando agora.

Não adie mais esse encontro com você.

Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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