Dias atrás, teve aquele famoso clássico entre o jogo do Palmeiras X Corinthians e a sensação que eu tive foi a de que você estava aqui perto tirando graça com a perda do meu “Parmeira”. Quarta-feira, eu lembrei exatamente das vezes em que você fazia questão de me ligar só para me lembrar do quanto o meu time joga ruim e o seu time joga tão bem e, pela primeira vez, fiz questão de concordar e ficar feliz pela vitória do Corinthians. Lembrei também dos tantos aprendizados que tive com você. Peguei-me rindo das vezes em que você me levava para passear e, eu tinha a mania de me esconder e, depois nos encontrávamos e caíamos na risada. São tantas lembranças, tanta gratidão por ter tido um ser tão incrível e cheio de luz nessa minha caminhada ao longo desses meus vinte e dois anos.
Já faz uns quatro meses que você se foi e eu sinto uma saudade imensa de você, mas nada comparado ao orgulho e gratidão por ter sido uma grande referência na minha vida. Gratidão que eu sinto em ter te conhecido e ter te adotado como o meu avô. Sinto um orgulho imenso em dizer que você foi e sempre será o avô mais incrível de todo o meu mundo. E confirmo a frase citada pelo CFA:
“- E o que a gente vira quando vai embora de alguém? E o ‘Senhô’ respondeu: – Uns viram pó. Outros caem igual estrela do céu. Outros só viram a esquina. E têm aqueles que nunca vão embora. – Não? E eles ficam onde, ‘Senhô’? – Na lembrança.”
Lidar com o luto é um processo árduo, a sensação é horrível e impossível de explicar. É como um túnel em meio ao tudo e ao nada – um mix de nostalgia e aprendizado. Gratidão por me fazer entender qual é o propósito dessa vida. Gratidão por me fazer entender que a morte é só mais uma passagem para o nosso autoconhecimento. Gratidão por me fazer enxergar que a morte, acima de tudo, é um renascimento. Renasce quem morre, morre quem fica. Brilhe onde quer que você esteja e transcenda essa sua luz.
Com saudade, todo o meu coração e um abraço apertado onde quer que você esteja,
Furrequinha.