Autoconhecimento Coaching

Ser mãe ou não ser? Eis a questão

Escrito por Ana Cerqueira

Nós meninas, desde criança somos “ensinadas” a cuidar, a ser mãe. Na grande maioria das vezes começamos com as bonequinhas, passamos para o trato com os irmãos, tarefas domésticas, casamento e maternidade. Somos durante toda a vida “cobradas” e “incentivadas” a ter filhos. Pode ser na família, pode ser no próprio casamento, no trabalho, na escola, em certo ponto dos relacionamentos ou quando faz muito tempo que alguém não nos vê, vem sempre a pergunta: Já tem filhos? E, se a resposta for não, causa estranheza e frases do tipo “como assim, não, você TEM que ter! E digo a vocês que não temos que NADA.

Não temos que fazer a faculdade que destinaram para nós, não temos que casar porque disseram que é assim que faz, não temos que ter filhos porque o outro espera isso da gente. Não temos que acreditar tão cegamente em tudo que nos impõem ou não veremos outro rumo para o nosso “destino” a não ser cumprir isso tudo para ser feliz. E então sofreremos.

Amigos, a única coisa que temos que fazer é o que nos torna felizes, pode ser casar, pode ser ter filhos, pode ser não casar, pode ser não ter filhos. A felicidade não está em nada disso!!! O filho não irá te fazer feliz, o casamento não irá te fazer feliz e aquela faculdade não irá te fazer feliz. A felicidade verdadeira está dentro da gente, como pode estar em qualquer outra coisa?

Enquanto não formos capazes de sermos felizes sozinhos, nos amarmos, nos respeitarmos, não estaremos prontos para sermos felizes junto ao outro, nem ao filho. Colocaremos a nossa felicidade nele e cobraremos a falsa promessa de que ser mãe é só felicidade. Cobraremos a perfeição, a realização de coisas que não fizemos, imporemos nossa religião, nossas condutas, nossa mania de achar que temos a razão em tudo.

Ser mãe, como ser pai, como ser filho, como ter relacionamentos sempre terá o lado bom e ruim. Sempre será feliz e triste, sempre manterá as suas dualidades, como tudo na vida.

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Se deseja ser mãe não tenha compromisso com o seu filho, mas com o amor que sente por ele. Ensine o amor a si e ao próximo, ensine o respeito, a compreensão e sirva de exemplo. Tenha em mente que o destino dele é voar, seguir o caminho que ele escolher e ser feliz, não te fazer feliz.

Não entre na ilusão das revistas e de pessoas que não são honestas consigo, tenha em mente que terá momentos trabalhosos nesta tarefa de educar. Tenha os pés no chão e seja consciente da sua escolha.

Se não deseja ser mãe não se julgue, não sofra pelo que vão pensar de você. O amor pode ser distribuído de várias formas, encontre em si esta paz e saiba que Deus nunca irá te cobrar algo diferente do que autoamor e amor ao próximo.

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Se você se arrependeu de ser mãe também não se julgue. Não se sinta uma pessoa má, assuma este sentimento e não culpe ninguém. As idealizações que nos são impostas muitas vezes apresentam escolhas que se baseiam no querer do outro, e não no nosso. Mas responsabilidade de fazê-las ou não é nossa.

Trabalhe a diminuição do seu egocentrismo e aumente a sua empatia, distribuindo amor para este filho, isso a tornará mais feliz.

Encerro o post de hoje desejando um feliz dia das mães para todas as mães, e que nós como filhos possamos sempre agradecer pela oportunidade de estarmos vivos.

Sobre o autor

Ana Cerqueira

Sou Psicanalista Clínico, com especialização em Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente. Tenho graduação em Publicidade e pós-graduação em Comunicação Digital. Sou Autora do Blog “Amor pela Psicanálise”.

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