Autoconhecimento Sagrado Masculino

Um mundo sem separações

Escrito por Fabio Manzoli

A sociedade machista patriarcal faliu. O que vivemos hoje é uma espécie de câncer que faz mal a todos, uma questão de saúde pública.

É o homem, que de tão superior, sofre calado. A mulher, relegada a um segundo plano e vista como um objeto sexual, tem medo de usar saia e sofrer assédio. Os gays são colocados como um terceiro gênero, lembro de frases como “ele é homem mesmo” e “aquele lá não, ele é gay”. Vivemos o jogo perde-perde. Existem exceções, mas a regra é esta.

O que reforça esse “status quo” machista são as crenças que permeiam o inconsciente coletivo: homem que é homem não chora, não tem medo, não tem sentimentos, isso tudo é coisa de mulher(zinha) e dos gays (que ideia temos dos gays e das mulheres?), entre muitas outras.

Como consequência, vivemos um baile de máscaras. Eu escrevo este texto e lembro de uma frase que eu disse para a minha namorada há alguns meses: “minha vida é uma mentira”, percebi que eu mesmo utilizava (e ainda utilizo) várias máscaras. E fiz uma lista. Não cabe neste post.

O homem, na tentativa de se adequar ao que – ele acha que – se espera dele, busca passar sempre uma imagem de forte, provedor, pegador... E renega suas dores, sua vulnerabilidade, seus sentimentos, e também sua energia feminina, tudo pelo receio inconsciente de colocar em cheque sua virilidade/masculinidade.

Para piorar, sente raiva do seu lado feminino, projetando isso no feminino que se manifesta fora dele: as mulheres e a mãe natureza, perpetuando uma onda de violência que parece não ter fim.

Existe uma doença no ar, é hora de mexer nessas gavetas, falar desses tabus, porque enquanto continuarmos fingindo que está tudo bem e renegando a nossa sombra e os nossos padrões destrutivos, ela continuará no comando de nossas ações.

O caminho para a criação de um novo paradigma passa pela coragem de sermos honestos, olharmos para dentro de nós e percebermos quais os padrões machistas que percebemos em nossas atitudes, em nossas palavras, sentimentos e pensamentos.

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O mundo precisa se tornar um mundo sem machismo, sem feminismo, sem nada que gere separação. O “somos todos um” não é papinho da galera harebô. Somos espírito/consciência em essência, vindos da mesma fonte, e para lá voltaremos. Nós somos mesmo um, um com o todo!

Sobre o autor

Fabio Manzoli

Fabio Manzoli cria seu caminho como terapeuta enquanto percorre sua jornada como buscador de si mesmo.

Formado em administração de empresas pela FGV, depois de 12 anos trabalhando no mundo corporativo, Fábio passou por diversos trabalhos internos que o fizeram encontrar uma vida com mais sentido, mais sentir, mais consciência - que ressignificaram as sensações de inadequação, sua sexualidade, o vazio existencial, as constantes crises de ansiedade, raiva e desequilíbrio emocional que regiam suas relações.

Um terapeuta que tem como sua maior medicina o compartilhamento de sua própria história de desconstrução e reconstrução. Um homem que carrega em si a sensibilidade na identificação de padrões mentais/comportamentais e o potencial de abrir espaços sagrados de confiança, irmandade, respeito e compartilhar genuíno entre homens.

Um condutor que guia a lugares internos de revelação; de suas sombras, vergonhas, culpa e rigidez- com a maestria da compaixão, do acolhimento, da empatia, do não julgamento; com intensidade e profundidade, porém mantendo a simplicidade e leveza características de suas manifestações.

Fabio traz para as suas vivências, ferramentas como o Rebirthing, Deeksha, Meditações Sonoras, dinâmicas de Psicoterapia Corporal, o estudo do Patchwork.

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