Convivendo

Você merece ser feliz!

Mulher feliz, sorridente, tomando chuva no rosto.
Escrito por Ana Cerqueira

Sim, você merece ser feliz, apesar de tudo!

Olá, meus amigos queridos! Hoje, vou falar um pouco sobre a nossa tendência a procurar problemas onde não existem e sabotar a nossa felicidade.

Sim, fazemos isso algumas vezes nas nossas vidas, todo mundo, de alguma forma, já se sabotou. E você sabe por que fazemos isso? Culpa.

Mulher triste, com cabeça baixa, com vários dedos apontando para ela

Dentro da nossa mente, temos um censor que, na psicanálise, se chama superego, e ele é o nosso defensor, nosso protetor e nosso acusador também. Ele não é mau, ele é necessário e nos ajuda a andar na linha de acordo com os nossos valores. Acontece que temos três tipos de superego: um que é praticamente ausente (deixa a gente fazer o que quer), outro que é tirano (não deixa a gente fazer nada e nos pune) e um que é educador (que é ponderado e nos guia para uma vida mais leve e saudável).

Todos nós temos os três censores em alguma área da nossa vida, mas um deles predomina. E geralmente é o tirano.
Como que ele funciona? Ele cobra de acordo com o que falamos pra ele que é certo e errado, nossos valores. E quando pensamos em sair da linha, ele nos avisa: “não faça isso, não fale aquilo”.

Quando ignoramos nosso censor, podemos sentir culpa ao agirmos contra os nossos valores. Pode ser uma culpa consciente, que fica nos maltratando todos os dias: “você não deveria ter feito aquilo”; e, pior ainda, pode ser uma culpa inconsciente, que pode nos levar à autossabotagem.

Culpa só serve pra se arrepender e fazer diferente daqui pra frente. Não temos como voltar atrás no passado e mudar o que fizemos. Podemos pedir perdão pra quem magoamos, mas temos que nos perdoar e seguir em frente; aprender com o “erro” e seguir.

A Culpa nos destrói. Muitas vezes, ela foi tão pesada no momento, que o nosso ego não deu conta de lidar e jogou para o nosso inconsciente para não ter mais acesso. E a gente recalca e essa culpa vai guiar muitas das nossas ações. Por não nos sentirmos merecedores da felicidade, por termos feito algo “ruim”, algo “terrível”, algo “indigno”, nós começamos a fazer escolhas que nos tiram a oportunidade de sermos felizes.

Podemos sabotar nosso trabalho não fazendo o que é esperado de nós, podemos negar uma promoção, podemos não estudar para uma prova que sabemos que poderíamos passar, podemos ir mal em uma entrevista porque não merecemos a vaga. Em alguns casos, podemos estragar toda e qualquer relação, culpando e julgando o outro, a ponto de ele não aguentar e ir embora. E tudo isso é inconsciente, pra piorar.

Homem gritando, com a mão na testa, encostado em uma parede cinza

E por que sentimos culpa? Porque nos achamos tão bons que não podemos errar. Dizemos para o nosso censor que somos perfeitos e ele vai cobrar caro por essa perfeição. Precisamos começar a conversar com ele, falar que não somos perfeitos, que erramos, que somos humanos e tudo bem. Precisamos mudar os nossos valores, amigos. E ainda bem que podemos fazer isso até o fim da vida. O autoperdão é autoamor e amor ao próximo também. Porque se nos julgamos e não nos aceitamos, iremos fazer o mesmo nas nossas relações.

Se você errou, se agiu contra os seus valores, se perdoe.
Você é um ser humano como qualquer um, cheio de imperfeições, cheio de sombras. Não deixe a culpa dominar a sua vida, aprenda com ela a fazer diferente na próxima oportunidade, a pedir desculpas e seguir. Você merece ser feliz, apesar dos erros, só depende de você. Use o erro como um guia como “o que não fazer daqui pra frente”, siga.

Naquele momento, você não conseguiu fazer diferente, hoje você não faria de novo. E tudo bem. Está tudo certo! Respeite-se, respeite seus limites, mas siga.

Não deixe que a culpa seja o guia da sua vida e te sabote, permita-se ser feliz, não desperdice a oportunidade de aprender e crescer, ser uma pessoa melhor, se amar e amar melhor quem está ao seu lado.

Um grande beijo, meus amigos, e até a próxima!


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Sobre o autor

Ana Cerqueira

Sou Psicanalista Clínico, com especialização em Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente. Tenho graduação em Publicidade e pós-graduação em Comunicação Digital. Sou Autora do Blog “Amor pela Psicanálise”.

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