Comportamento Saúde Mental

7 malefícios das redes sociais

Uma mulher asiática debruçando a cabeça sobre um sofá e observando um celular.
mikoto.raw Photographer / Pexels
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Atualmente, em apenas um dia, cerca de 3,2 bilhões de imagens e 720 mil horas de vídeo circulam pela internet, segundo dados da ferramenta de monitoramento de redes sociais Brandwatch. Ao ver esses números, podemos tirar duas conclusões simples e verdadeiras: 1. É impossível acompanhar tudo o que é publicado; 2. É óbvio que muita coisa ruim e prejudicial será publicada.

Mas quais são os principais riscos que corremos quando acessamos as redes sociais, ambientes nos quais passamos mais tempo nos momentos em que usamos nossos smartphones e computadores? Quais perigos corremos e como minimizá-los para cuidarmos da nossa segurança e da nossa saúde mental? Confira o artigo que preparamos sobre isso e repense sua relação com as redes sociais!

1. Problemas de autoestima

Uma mulher deitada numa cama observando um celular
Ketut Subiyanto Pexels

Atualmente, muito tem se falado (nas próprias redes sociais, inclusive) a respeito de como esses ambientes virtuais se tornaram terreno fértil para o surgimento (ou para gatilhos) de problemas como ansiedade e depressão.

Isso acontece, em boa medida, por causa de duas principais causas. A primeira delas é que a popularidade e o sucesso do seu perfil em uma rede social são medidos por métricas como número de seguidores, de likes, de amigos, de compartilhamentos etc., então há uma busca constante de sempre se expor mais, compartilhar mais e tentar crescer mais… Mas crescer por quê? Para quê?

O outro motivo é que, nas redes sociais, somos bombardeados por fotos de pessoas com corpos perfeitos, viajando o mundo, esbanjando em restaurantes caros, com carros luxuosos, com relacionamentos amorosos perfeitos… Aí nos perguntamos: será que sou tão infeliz assim? E a resposta é não. As pessoas mostram nas redes uma versão perfeita de suas vidas, então passar muito tempo nelas pode ser muito prejudicial…

2. Dependência

Quantas vezes por dia você abre o Instagram, o Facebook, o Twitter, o TikTok ou outra rede social de sua preferência justificando para si mesmo que é “só para dar uma olhadinha”? Isso pode parecer simples e uma escolha que você faz por vontade própria, mas pode demonstrar certa dependência.

Os modelos mais recentes de celulares têm opções que mostram quanto tempo temos passado com a tela ligada, mas os aplicativos de redes sociais também mostram essa informação. Dê uma olhada nos seus dados e pense: será que não está usando demais?

Se você não trabalha usando redes sociais e passa mais de três horas do seu dia presente nela, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado em 2019, há grandes chances de que você esteja dependente das redes e de que sua rotina gire em torno de estar presente nelas. Faça uso consciente!

3. Disponível o tempo todo

Antigamente, antes da popularização da internet, se alguém telefonasse para a sua casa ou tocasse a sua campainha e você não estivesse muito disposto a atender, bastava ignorar até que a pessoa desistisse e fosse embora. Mas e hoje, quando estamos on-line o tempo todo, como separar um tempo para si, longe das redes?

A pressão por respostas rápidas e por diálogos on-line infinitos pode ser muito prejudicial a longo prazo, fazendo com que você passe mais tempo se relacionando virtualmente do que na “vida real”.

Além disso, como você viu na introdução deste artigo, uma imensa quantidade de conteúdo é publicada diariamente na internet: vídeos, fotos, podcasts, séries, filmes e mais uma infinidade de posts. Tentar dar conta disso é impossível e pode criar em nós o que psicólogos têm chamado de Fomo, sigla de fear of missing out (medo de ficar de fora), que é a ansiedade que sentimos quando vemos todo mundo comentando sobre um assunto ou participando de algo, mas não conseguimos acompanhar.

Uma mulher e um homem situados à mesa, cada um, usando um celular
cottonbro / Pexels

4. Exposição demais

Stories no Instagram mostrando o café, o almoço e o jantar. No Facebook, um textão sobre as notícias políticas da semana. No Twitter, aquele desabafo que estava entalado na garganta. No TikTok, um videozinho engraçado para fazer os amigos rirem e, quem sabe, viralizar e ter seu lugar ao sol… Aí se vão muitas horas por dia, certo?

Mas outra questão importante, que também deve estar no centro do discurso, é: quanto da sua vida você está expondo e quem são as pessoas que estão acompanhando essa exposição? A não ser que você tenha apenas 10 ou 20 amigos ou seguidores em suas redes sociais, o que é bastante improvável, é possível que a maior parte das pessoas que estão acompanhando os seus posts seja um tanto quanto desconhecida.

Portanto, além de correr riscos, porque você não sabe exatamente quem está observando cada detalhe do seu dia a dia, pense se você quer mesmo que pessoas tão distantes e, quem sabe, aleatórias saibam tanto assim sobre você, sobre o seu dia e sobre as suas atividades.

5. Efeito bolha

As redes sociais nos ajudam a criar conexões com as pessoas, isso é fato, mas a tendência é que acabemos cada vez mais conectados somente a pessoas que pensem e que se comportem como nós, o que nos afasta da pluralidade e da diversidade da vida.

Segundo um estudo do Instituto de Internet da Universidade de Oxford publicado em 2018, o fato de estarmos em contato muito mais frequente somente com pessoas que pensam como nós e se comportam como nós cria uma visão de mundo distorcida.

Portanto, ainda que seja bastante agradável conviver, mesmo que digitalmente, somente com pessoas que tenham conceitos, comportamentos e ideologias parecidas com as nossas, isso contribui para que percamos a noção da realidade e de que há muitas outras maneiras de ser, pensar e agir por aí!

6. Fake news

Um dos males das décadas de 2010 e 2020 certamente é a proliferação quase que desenfreada das famigeradas fake news (ou notícias falsas, em bom português). Com o fácil acesso à criação de um perfil anônimo ou falso nas redes sociais e a democratização dos métodos de publicação, atualmente qualquer pessoa pode publicar qualquer informação, fazendo com que ela se passe por verdadeira e engane dezenas, centenas, milhares ou até milhões de pessoas.

Essa onda de notícias falsas pode ter consequências dos mais diversos tipos: influenciar eleições, como aconteceu nos pleitos de 2016, nos Estados Unidos, e de 2018, no Brasil; propagar tratamentos falsos para doenças e ideias errôneas contra cuidados médicos; até mesmo culminar na morte de alguém, como no caso do linchamento do Guarujá (SP), quando uma mulher foi linchada, em 2014, após notícias falsas terem circulado nas redes sociais afirmando que ela raptava crianças para rituais de magia negra.

Uma mulher e um homem abraçados olhando, cada um, o seu celular
ROMAN ODINTSOV / Pexels

7. Alvos fáceis

A verdade é que, na internet, somos alvos fáceis. Compartilhamos muito de nossas vidas: a rua em que moramos, nossos pais, nossos parceiros amorosos, nossos amigos, o lugar onde estudamos, as músicas que ouvimos, os filmes que amamos… Alguém mal-intencionado facilmente consegue ser bem-sucedido se tentar nos fazer mal, porque nós mesmos criamos um caminhão de informações sobre as nossas vidas.

Pensar a respeito do que está compartilhando e — mais importante, talvez — com quem está compartilhando é essencial.

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Se adultos já correm riscos, imagine crianças e adolescentes, que ainda estão dando seus primeiros passos na vida, têm pouco ou nenhum discernimento e podem facilmente ser aliciados por essas pessoas mal-intencionadas! Se você conhece crianças e adolescentes que usam livremente a internet, mantenha-se vigilante e atento ao conteúdo que eles consomem.

Agora que você conheceu os detalhes de alguns dos malefícios das redes sociais, que tal repensar a maneira como você se comporta nelas? Você não precisa abandonar o uso de redes sociais, apenas utilizá-las de maneira mais consciente e cuidando bem de si mesmo. Sua segurança e sua saúde devem vir em primeiro lugar — sempre!

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