Há dias em que o coração parece carregar um peso invisível. O corpo até se move, cumpre suas rotinas, mas a mente, silenciosamente, pede socorro. É nesse silêncio que muitas histórias se perdem, que muitas vidas se escondem atrás de sorrisos automáticos.
O 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, chega como um lembrete: não basta cuidar apenas da aparência, é preciso olhar para dentro.
Autocuidado não é luxo, é sobrevivência. Reservar alguns minutos para respirar fundo, caminhar entre as árvores de Manaus, tomar um café em paz, desligar-se das telas por um instante, tudo isso é gesto simples, mas essencial. Pequenas pausas que devolvem sentido aos dias.
Empatia também é cuidado. Quantas vezes ouvimos alguém dizer “estou cansado” e respondemos com indiferença? Um ouvido atento pode salvar. Perguntar de verdade “como você está?” pode abrir portas para diálogos que iluminam.
Cada encontro humano é uma chance de suavizar a solidão que tantos carregam.
Mas não podemos esquecer que nem sempre o carinho dos amigos basta. A saúde mental exige, muitas vezes, apoio profissional. Psicólogos, terapeutas e psiquiatras são aliados preciosos.
Reconhecer que precisamos de ajuda não é fraqueza, é coragem. É hora de quebrar o tabu e lutar por mais acesso a esses serviços, para que todos tenham o direito de cuidar da mente como cuidam do corpo.
É preciso lembrar também que saúde mental não se constrói apenas no individual, mas no coletivo. Ambientes de trabalho mais humanos, escolas que acolham as diferenças, famílias abertas ao diálogo, tudo isso ajuda a criar um espaço em que viver se torna mais leve.
E talvez o maior desafio seja este: aprender a cuidar de si sem esquecer do outro, e cuidar do outro sem esquecer de si. A vida é um equilíbrio delicado entre dar e receber afeto, entre suportar as tempestades e celebrar as bonanças. Que o Dia Mundial da Saúde Mental nos ajude a encontrar esse ponto de encontro.
Cuidar da saúde mental também passa por escolhas simples no dia a dia: dormir bem, manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física e permitir-se momentos de descanso.
O corpo e a mente caminham juntos, e quando um deles adoece, o outro também sente. Pequenas mudanças de hábito podem ser sementes de equilíbrio e bem-estar.
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Outra forma de viver saudável é cultivar laços. Conversar com amigos, estar em família, participar de atividades culturais ou comunitárias, compartilhar o que se sente e escutar de coração aberto.
A vida ganha mais cor quando percebemos que não estamos sozinhos no caminho. Afinal, cuidar de si é também aprender a se conectar, e é nessas conexões que encontramos muitas vezes a força para seguir.
