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Acelerar vídeos e áudios na internet pode causar ansiedade? Neurocientista explica

Mulher sentada no chão, encostada na parede, escondendo o rosto entre os braços que estão cruzados nos joelhos. Longe dela, um celular jogado ao chão.
David Pereiras / Shutterstock
Escrito por Fabiano de Abreu

Cada vez mais, diversas plataformas, na internet, têm adicionado, ao seu rol de ferramentas — e YouTube, WhatsApp e streamings, como Netflix, já aderiram à função — recursos que permitem acelerar em até 2x vídeos e áudios. Essa é uma funcionalidade que pode parecer mais uma praticidade, mas também pode contribuir para o aumento da ansiedade.

Os impactos para o seu cérebro de acelerar mídias

Print de uma tela de uma conversa no Whats App. Nele, há três áudios em reprodução: um em velocidade normal e outros dois acelerados em duas diferentes velocidades.
Reprodução / Fabiano de Abreu

Por serem funções relativamente novas, ainda não há estudos sobre o impacto da aceleração de vídeos e áudios no cérebro, mas esses recursos fazem parte de um grande processo de estímulo à ansiedade na internet.

Limitações de caracteres, o sucesso de vídeos curtos nas redes sociais, músicas em versões aceleradas viralizando, todos esses processos colaboram para um aumento da ansiedade, devido ao estímulo à necessidade de acelerar tudo para encontrar respostas ou atingir objetivos o mais rapidamente possível — o que, muitas vezes, também é transferido para a vida real, como explica o pós-PhD Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

“Quando você usa as ferramentas de aceleração de áudio e vídeo, de forma constante e indiscriminada, você está ‘treinando’ o seu cérebro para assimilar informações de forma acelerada, a viver de forma acelerada”.

“O que está por trás da necessidade de acelerar o episódio de uma série, se não a ansiedade incontrolável de saber o que acontece na cena seguinte? Mas isso esbarra em uma limitação: não é possível acelerar a vida real, o que faz com que o cérebro, moldado pela velocidade da internet, encontre barreiras para funcionar nesse mesmo ritmo no mundo real”, explica.

Sobre o Dr. Fabiano de Abreu

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é um pós-doutor e PhD em neurociências, eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society, e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da American Philosophical Association (APA). É mestre em psicologia; licenciado em biologia e história; também é tecnólogo em antropologia, com várias formações nacionais e internacionais em neurociências e neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, membro ativo da Redilat, membro-sócio da Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva (APBE). Também é membro Mensa, Intertel e TNS.

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Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558
Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664
Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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