Esses tempos últimos temos passado por poucas e boas… Meu irmão tem passado por uma fase de mudança, transição, questionamentos… Várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Mãe e pai preocupados. Eu também…
Queremos ajudar. Queríamos que isso não estivesse acontecendo. Que as coisas fossem mais fáceis. Eu nunca quis ver as pessoas que amo passando por momentos difíceis. Mas como ajudar? Como ajudar alguém tão próximo e que a gente ama?
Eu tô vendo por um lado de completude. Esse processo é pra todos nós 4 aprendermos juntos. Ele está mostrando com mais clareza, vivendo na carne, mas estamos igualmente envolvidos no processo. Todos nós temos o que aprender e evoluir junto com ele nessa situação.
Em primeiro lugar, sinto necessidade de agradecer a ele por estar vivendo isso para me mostrar tanta coisa sobre mim, e me fazer conseguir enxergar que tudo aquilo que eu queria que ele fizesse e pensasse e sentisse são coisas que servem pra mim também. E eu agradeço por ele estar me mostrando isso. O quanto posso me melhorar, valorizar, acreditar na capacidade de fazer coisas boas e belas e bem feitas.
O quanto nos espelhamos no outro… Da mesma forma que reagimos com aversão a uma sensação de dor física no corpo, também reagimos assim quando alguém próximo está sofrendo. Não quero. Passa logo. Melhora logo.
A sensação vem e vai. Quando fico remoendo e tentando intelectualizar ela fica mais. Igual deve ser com o outro?
Penso, mas sem certeza, estou aprendendo e colocando em prática pra testar a teoria de que da mesma forma que quando observo a dor física com desapego e equanimidade, posso observar e estar junto oferecendo apoio, mas sem gerar aversão ao sofrimento do outro. Isso deve dissolver o problema.
Ofereço presença e cuidado. Ofereço equanimidade. Espaço. Desapego. Isso vai passar. E vamos juntos aprendendo. Enquanto cada um dentro da constelação não aprender sua lição, vai ter sempre alguém pra servir de espelho.
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No final eu digo e repito: é a gente com a gente mesmo.
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