Autoconhecimento Psicapometria

Aprender a não se abalar com nada

Mulher negra com os olhos fechados e cabeça levantada em meio a bosque.
Andre Hunter / Unsplash
Escrito por Paulo Tavarez

Pense em qualquer acontecimento desconfortável do seu dia. Pensou? Muito bem, agora analise o que você sentiu (…).

O que você sentiu pode ter sido ódio, revolta, indignação ou qualquer outra emoção, não importa, apenas perceba que é justamente esse sentimento que se manifesta na lembrança do evento, sabe por quê? Porque nós imantamos as ocorrências do cotidiano com emoções, e esse combustível emocional faz com que esses eventos continuem acontecendo no nosso inconsciente, permanecendo com vida, influenciando as nossas escolhas, criando crenças e moldando o nosso caráter, simples assim.

Todo o desequilíbrio do ser resulta desses conteúdos, todas as doenças mentais ou físicas têm sua origem em acontecimentos carregados de importância e significado.

No entanto, os acontecimentos que encaramos com indiferença ou que não nos afetam de forma alguma simplesmente se dissolvem, e, se porventura forem lembrados, não nos trarão qualquer desconforto, serão tratados apenas como registros sem nenhuma carga afetiva.

Podemos concluir, portanto, que o problema maior da condição humana está em gerir emoções, pois se não nos afetássemos com as experiências, se tratássemos os acontecimentos com indiferença e conseguíssemos manter o equilíbrio das vicissitudes tão comuns nas relações com o mundo, nada disso aconteceria.

Imagem de uma mulher com a cabeça direcionada para cima com os olhos fechados e com semblante de paz
cometary de Getty Images Signature/ Canva

O homem sofre para processar a realidade, sofre porque precisa desenvolver a Consciência e entender que toda importância que estiver dando a um acontecimento fará com que ele permaneça vivo, vibrando em nossa memória, nesse sentido é que precisamos trabalhar o desapego.

Desapegar-se, portanto, é o caminho para a libertação, pois estamos presos àquilo que revestimos de importância, àquilo que, de certa forma, imantamos de valor. Tudo aquilo

que a gente valoriza nos escraviza, sejam coisas ou pessoas, não deveríamos tratar os fenômenos externos como responsáveis pela nossa realização, muito menos nos acharmos donos de nada.

Ninguém, na realidade, pode resolver os nossos problemas internos, justamente por serem internos. Como ensina o Mestre Nazareno: “Onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração”. Podemos concluir que o simples fato de não dar importância àquilo que acontece é a atitude mais inteligente e poderosa que podemos adotar.

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Está na hora de aprendermos que todo e qualquer problema só existe dentro da gente, fora do nosso ser só existem informações, quem transforma essas informações em algo problemático somos nós mesmos, com a nossa falta de entendimento.

Sobre o autor

Paulo Tavarez

Instrutor de yoga, pedagogo, escritor, palestrante, terapeuta holístico e compositor. Toda a minha vida tem sido dedicada à construção de um mundo melhor.

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