Doutrina Espírita Espiritualidade

As mães, segundo o Espiritismo

Ao pensar nesta data interroguei o porquê de tantas passagens no Evangelho Segundo Espiritismo sobre a figura mãe.

Maria, mãe de Jesus, recebeu em seu ventre criatura tão adversa a sua época. Suas ideias revolucionaram o povo e sobreviveram até o dia de hoje.

Viu seu filho sofrer ultrajes até a morte e depois relatou sua vida a Lucas para transcrever um dos Evangelhos.

Onde ela pode buscar forças?

Quantas destas grandes mulheres da história do mundo tiveram seus corações dilacerados pela perda de seus filhos? E mesmo assim continuaram amando-os!

  • Será que realmente as mães são preparadas para sua árdua tarefa?
  • Será que escolheram seus filhos?
  • Será que foram escolhidas?
  • Será que assumiram um compromisso com aquele que há de vir?

Quantas dúvidas podemos listar, mas o que nossos amigos espirituais nos passam é que:

  • Sim, somos preparadas para a missão da maternidade.
  • Sim, na maioria das vezes escolhemos nossos filhos.
  • Sim, somos muitas vezes escolhidas.
  • Sim, assumimos um compromisso.

Portanto tão sagrado é este compromisso que no capitulo “Honrai pai e mãe” temos a seguinte citação:

Perguntará Deus: Que fizeste do filho concedido a vossa guarda?

Se fizestes todo o possível para corrigir suas más tendências e mesmo assim ele não se corrigiu, sua consciência estará tranquila, mas se caso tenha desdenhado da educação, da moral e dos bons costumes iludindo-se com a meiguice infantil,  deixando assim de aparar as arestas do seu caráter, esta sofrerá as lágrimas do desencanto.

Mães abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: um de nós dois é culpado.

(cap. XIV)

Nesta passagem temos a certeza do resgate de dívidas passadas através do maior vínculo fraterno que é a maternidade.

-Ser mãe é muito mais do que gerar uma criança ou abraçá-la em adoção.

-Ser mãe é amar e amar é corrigir.

-Ser mãe é acariciar e também mostrar o caminho a seguir

-Ser mãe é tarefa a ser cumprida sem lamentos, sem espera de recompensa, apenas com a certeza de fazer o melhor de si.

Na riqueza ou na pobreza sua tarefa é comum.

Cap. XIII Os infortúnios ocultos

Quem é esta mulher de trajes simples acompanhada de sua filha?

Dama de alta sociedade que se dispõe ao auxílio de família necessitada. Usa traje singelo para não insultar a quem visita e leva sua filha para que aprenda a ser útil por suas próprias mãos”.

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Por fim para todas as mães que muitas vezes sentem a dificuldade dos dias atuais esta passagem a seguir serve de consolo:

Cap. VII Bem aventurados os pobres de espírito:

Pobre criatura! És mãe, teus filhos sofrem; sentem frio; tem fome e tu vais, curvada ao peso da tua cruz, humilharte, para lhes conseguires um pedaço de pão!

Oh! Inclino-me diante de ti. Quão nobremente santa és e quão grande aos meus olhos! Espera e ora; a felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres, oprimidos que nele confiam, concede Deus o reino dos céus.

FELIZ DIA DAS MÃES!

Sobre o autor

Ivone Navas Munoz e Marcia Rubinatti

Ivone Navas Munoz e Marcia Rubinatti são espíritas desde 1980 e 1988, respectivamente. Além de participarem ativamente da Doutrina, lecionam juntas há mais de 17 anos o Curso de Educação Mediúnica, primeiramente no Grupo Espírita Irmã Clara e atualmente no Grupo Espírita Irmã Diva, em São Caetano do Sul. Ambas fizeram seus cursos de formação através da Federação Espírita de São Paulo.

E-mail Marcia: contato@marciarubinatii.com.br
E-mail Ivone: ivone.navas@uol.com.br