Autoconhecimento Convivendo Espiritualidade

As virtudes e a elevação espiritual

Imagem das mãos de uma mulher cheias de borboletas transparentes, simbolizando a evolução espiritual.
Alphaspirit.it / Canva
Escrito por Luiz Guimaraes

A vida nos convida a cultivar virtudes como resignação e resiliência, que equilibram aceitação e força de superação. Aliadas à inteligência emocional, humildade e amor, tornam-se caminhos de luz e aprendizado, lembrando-nos de que tudo tem seu tempo e propósito diante de Deus.

Segundo Platão (428 a.C. – 348 a.C.): “As virtudes são as forças da alma que direcionam o ser humano para o bem e são acessíveis a todos os seres humanos”. Dentre as inúmeras virtudes que necessitamos adquirir, a resignação e a resiliência aparecem como de grande importância em nossas vidas.

A resignação é compreendida como a ação de aceitar voluntária e pacificamente uma condição imposta por parte de alguém ou algo, mesmo que o indivíduo resignado não concorde com esta. Contudo, a resignação não se configura em acomodação. Diante de um desafio, precisamos superá-lo, valendo-nos da inteligência e tenacidade, para vencê-lo. Nisso tudo há outras virtudes envolvidas, como a paciência e a tolerância, que nos mantêm serenos para vencermos as vicissitudes.

A resiliência, por sua vez, é interpretada como a capacidade da pessoa de lidar com seus próprios problemas, ultrapassando as adversidades que possam surgir. Observemos a dualidade dessas virtudes: enquanto a resignação apresenta-se pacífica e serena, a resiliência parece contrapor-se como sendo a força que gera um impulso à busca de solução.

Todos nós passamos por esse processo no campo evolutivo. No âmbito da religião, devemos acatar os desígnios de Deus e ter plena consciência de que tudo que nos acontece e que nos leva ao desconforto ou sofrimento faz parte da nossa trajetória existencial como uma prova ou expiação a ser cumprida.

O livro Psicologia do Espírito, pág. 97, de Adenauer Marcos Ferraz Novaes, esclarece-nos quanto à inteligência emocional: “É a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a perspicácia das emoções como uma fonte de energia, informação, conexão e influência humanas”.

A Inteligência Emocional é a porta de saída dos labirintos da vida. É imprescindível que alcancemos esse estado de consciência, onde a perseverança predomine sobre a fraqueza das emoções negativas.

Não vacilemos diante dos obstáculos! É preciso entender que “tudo passa”, ou seja, devemos acompanhar a trajetória do tempo com paciência, sem açodamento. Por oportuno, citamos Eclesiastes 3:1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Do que depender dos nossos esforços, estejamos prontos para esse exercício de aprendizado.

Imagem da silhueta de um homem escalando uma montanha em um lindo final de tarde, simbolizando os desafios e obstáculos que temos que enfrentar.
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No livro Vida, Desafios e Soluções, pág. 97, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, temos: “Equilíbrio é harmonia entre o que se aspira, o que se faz e como se comporta emocionalmente, sem ansiedade pelo que deve produzir, nem conflito por aquilo que foi conseguido”.

A humildade serve de suporte que nos manterá afastados do orgulho, uma das chagas da humanidade. Assim, cientes dessa necessidade, poderemos aprofundar nosso mergulho interior, livrando-nos das imperfeições que obstaculizam a melhora que buscamos.

Esse processo faz parte da reeducação do Espírito e, nesse contexto, lembremo-nos dos ensinamentos do Espírito da Verdade, no Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, Item 5: “amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instrui-vos o segundo”.

Nessa recomendação, reconhecemos ser necessário que nos consideremos irmãos e que o amor deva prevalecer entre nós. Por outro lado, observemos que a instrução é o caminho para descortinar horizontes de luz, que nos levarão à verdade que nos libertará. A nossa existência é uma dádiva de Deus, que nos aprimora a cada dia.

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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