Segundo Platão (428 a.C. – 348 a.C.): “As virtudes são as forças da alma que direcionam o ser humano para o bem e são acessíveis a todos os seres humanos”. Dentre as inúmeras virtudes que necessitamos adquirir, a resignação e a resiliência aparecem como de grande importância em nossas vidas.
A resignação é compreendida como a ação de aceitar voluntária e pacificamente uma condição imposta por parte de alguém ou algo, mesmo que o indivíduo resignado não concorde com esta. Contudo, a resignação não se configura em acomodação. Diante de um desafio, precisamos superá-lo, valendo-nos da inteligência e tenacidade, para vencê-lo. Nisso tudo há outras virtudes envolvidas, como a paciência e a tolerância, que nos mantêm serenos para vencermos as vicissitudes.
A resiliência, por sua vez, é interpretada como a capacidade da pessoa de lidar com seus próprios problemas, ultrapassando as adversidades que possam surgir. Observemos a dualidade dessas virtudes: enquanto a resignação apresenta-se pacífica e serena, a resiliência parece contrapor-se como sendo a força que gera um impulso à busca de solução.
Todos nós passamos por esse processo no campo evolutivo. No âmbito da religião, devemos acatar os desígnios de Deus e ter plena consciência de que tudo que nos acontece e que nos leva ao desconforto ou sofrimento faz parte da nossa trajetória existencial como uma prova ou expiação a ser cumprida.
O livro Psicologia do Espírito, pág. 97, de Adenauer Marcos Ferraz Novaes, esclarece-nos quanto à inteligência emocional: “É a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a perspicácia das emoções como uma fonte de energia, informação, conexão e influência humanas”.
A Inteligência Emocional é a porta de saída dos labirintos da vida. É imprescindível que alcancemos esse estado de consciência, onde a perseverança predomine sobre a fraqueza das emoções negativas.
Não vacilemos diante dos obstáculos! É preciso entender que “tudo passa”, ou seja, devemos acompanhar a trajetória do tempo com paciência, sem açodamento. Por oportuno, citamos Eclesiastes 3:1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Do que depender dos nossos esforços, estejamos prontos para esse exercício de aprendizado.
No livro Vida, Desafios e Soluções, pág. 97, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, temos: “Equilíbrio é harmonia entre o que se aspira, o que se faz e como se comporta emocionalmente, sem ansiedade pelo que deve produzir, nem conflito por aquilo que foi conseguido”.
A humildade serve de suporte que nos manterá afastados do orgulho, uma das chagas da humanidade. Assim, cientes dessa necessidade, poderemos aprofundar nosso mergulho interior, livrando-nos das imperfeições que obstaculizam a melhora que buscamos.
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Esse processo faz parte da reeducação do Espírito e, nesse contexto, lembremo-nos dos ensinamentos do Espírito da Verdade, no Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, Item 5: “amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instrui-vos o segundo”.
Nessa recomendação, reconhecemos ser necessário que nos consideremos irmãos e que o amor deva prevalecer entre nós. Por outro lado, observemos que a instrução é o caminho para descortinar horizontes de luz, que nos levarão à verdade que nos libertará. A nossa existência é uma dádiva de Deus, que nos aprimora a cada dia.
