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Autocobrança: um caminho autodestrutivo que você não percebe

Uma mulher que veste roupas casuais está com uma mão no rosto, demonstrando estresse.
Vkstudio / Canva
Escrito por Juliana Loureiro

A autocobrança pode parecer uma aliada, mas ela pode ser a porta de entrada para um caminho autodestrutivo que você não percebe. Como ela afeta sua autoestima, autovalor e autenticidade? Descubra como identificar e superar a autocobrança antes que ela se torne uma avalanche na sua vida.

Você sabe que a autocobrança existe em você. Que você está sempre se exigindo demais, mas não percebe o poder que ela tem na sua vida. Vê esta cobrança como algo que te leva a evoluir, certo?

Cuidado, a autocobrança tóxica está a um passo do que é considerado saudável e motivador. Ela chega sem se anunciar e é inclusive normalizada pelas pessoas ao redor como algo bom. Só que, silenciosamente, ela começa a interferir não apenas na sua vida, mas em quem você é.

Ao dar espaço para ela, você inconscientemente está se comparando a algum padrão sem equilibrar bem os parâmetros, tempo, recurso, história de vida, perfil e tudo que traria uma perspectiva saudável para a análise. Ao invés disso, você é facilmente conduzida a comparar bastidor com palco, seja na vida profissional, no relacionamento, no seu corpo, viagens, enfim, absolutamente tudo.

Ao ir caindo lentamente nesta armadilha, você, sem perceber, perde o foco do que você pode, de considerar sua história, sua condição e passa a achar que teria que ser diferente. Além de uma autodegradação e insatisfação crônica, esta percepção diminui sua autoestima, seu autovalor e respeito, te colocando sempre como insuficiente.

O que começa sutil se torna uma avalanche com o passar dos anos. O que era apenas uma cobrança se solidifica e traz uma única mensagem para você: que você não é capaz. Com o tempo, você foi acreditando tanto nisso que talvez tenha deixado projetos e desejos para trás, seja por falta de condições consideradas por você ideais, seja por uma autocrítica inflada.

O processo de autodestruição começa a se aprofundar, mexendo em camadas profundas do ser, desautorizando ser quem se é, tornando a autenticidade em manada, a voz em silêncio. Tudo isso com a sua aprovação. Tudo parece muito real e os efeitos são devastadores. Some nesta receita feridas não curadas de negligência emocional e tudo vira uma bomba atômica: o desamparo emocional com a pressão da alta performance. Uma verdadeira fórmula para uma crise existencial, frustração na vida e perda de quem se é.

Uma mulher que veste roupas casuais está com uma mão no rosto, demonstrando cansaço ou estresse.
Vkstudio / Canva

Não se deixe enganar pelos traços positivos da autocobrança. Ao invés, você pode se proteger desta destruição que ela causa em 4 principais passos:

  1. Analise seus sentimentos e avalie de 0 a 10 o seu nível de percepção de sentimentos como falta de apoio, abandono, rejeição, não ser vista ou importante. Quanto mais alta, mais tendência de sofrer da autocobrança e mais apoio emocional você precisa, de você mesma e de pessoas que te amam.
  2. Observe o que você se cobra muito e procure fazer uma lista com as conquistas em relação a cada uma destas coisas/atividades, trazendo uma nova perspectiva para sua realidade interna.
  3. Troque a autocobrança pela autoaceitação: lembre que você é um ser imperfeito, que tem uma história, feridas e também coisas únicas que possivelmente estão escondidas. Escolha dar o próximo passo imperfeito como exercício para quebrar a força da autocobrança. Faça do meio o fim.
  4. Insira a disciplina compassiva: traga a intenção de evolução de maneira compassiva, observando apenas a sua trajetória, com parâmetros justos para você. Estabeleça metas baseadas na sua situação atual e no seu nível de dificuldade. Se esta voz interna falar alto, fale mais. Observe que você não é ela.

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Passo a passo, com dedicação e apoio, você pode reconstruir a confiança e a destruição causados no seu nível de autoestima e realização na vida devido a esta voz poderosa que se alastra rumo às raízes mais profundas do teu ser.

Sobre o autor

Juliana Loureiro

Juliana Loureiro é fundadora do Instituto Viva a vida ao Máximo.  Sua missão é inspirar e ajudar mulheres a reabitarem a si mesmas e serem verdadeiramente livres, autênticas e potentes para que possam se tornar verdadeiras protagonistas das suas vidas, deixando de apenas sobreviver.

Sua missão vem da sua própria experiência e história de vida, onde, apesar de ter atingido o que era o seu "topo da montanha", Juliana se deparou sendo clandestina da sua própria vida. Em 2107, deixou tudo para trás para viver uma aventura a bordo de um veleiro pelo mundo. Surpreendida por câncer na sua filha então com 1 ano de idade, a aventura se transformou em um longo sabático de autoconhecimento, cura e Recuperação De Si mesma, de corpo, mente e espírito.

Respeitando cada fase, cada processo, vem transbordando a partir da sua experiência, estudos e superações, um caminho para outras mulheres rumo a sair da escravidão de si mesma e do mundo, encontrando força e potência para se permitir ser quem se é e assim, poder desfrutar o verdadeiro valor da vida com liberdade, voz e propósito.

"O mundo nos ensina a nos PERDER de nós mesmas, por isso o que mais precisamos hoje é de CORAGEM e caminhos que nos resgatem"

Mentora de transformação feminina, tem formação como Psicoterapeuta Integrativa, Psicanalista, Life & Trauma Informed Coach, mindfulness e yôga. Através dos seus programas terapêuticos e de transformação, já ajudou centenas de mulheres a se reconectarem e desbravarem a si mesmas, despertando para uma vida com mais bem-estar, propósito e realização autênticos.

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