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Bissexualidade em cores: a bandeira bissexual e sua representatividade

Imagem de uma moça segurando a bandeira da bissexualidade e o céu azul na paisagem
Adrian de adrirodrifoto's Images/ Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Por muitos séculos, a comunidade bissexual nem mesmo tinha um termo para saber como se definir. Afinal, não eram héteros, mas também não eram gays. Essa representação só ganhou força em 1988, nos Estados Unidos, e, em 2008, no Brasil, quando foi criada a bandeira bissexual. Em contraste com o passado, hoje em dia esse grupo da comunidade LGBTQIAP+ também tem sua bandeira, que, apesar de ser simplista, apresenta cores que cumprem a função de sintetizar o que é a bissexualidade e se trata de uma peça essencial para a autoafirmação em sociedade. Venha descobrir qual a importância dela para as pessoas bissexuais.

Nem gay, nem hétero. Por muitos séculos, as pessoas que gostam (de modo afetivo ou sexual) tanto de homens quanto de mulheres foram apagadas por não se enquadrarem em um rótulo que definisse suas sexualidades. Por sorte, isso mudou, e está sendo cada vez mais hasteada a bandeira bissexual, que representa aqueles que se relacionam com indivíduos de ambos os sexos.

Integrantes de peso do grupo LGBTQIAP+, representando o “B” da sigla, os bissexuais possuem a própria bandeira, que é composta por três cores e cheia de significados, essencial para a autoafirmação na sociedade. Para entender melhor o movimento e saber interpretar cada símbolo desse grupo, venha mergulhar no assunto!

A História da Bandeira Bissexual

Diante de um contexto de invisibilização da bissexualidade que ocorria, inclusive, dentro da própria comunidade LGBTQIAP+, que só incluiu a causa dos bissexuais no ano de 1988, nos Estados Unidos, e, em 2008, no Brasil, foi criada a bandeira do movimento bi. O criador foi Michael Page, à época, membro da BiNet USA, uma organização sem fins lucrativos que luta pelos direitos das pessoas bissexuais, existente até hoje.

A criação se deu no ano de 1998 e tomou como base as cores magenta, lavanda e azul real que já eram as cores presentes em logos e outros símbolos da BiNet USA. Apesar de esta ONG ter tentado monopolizar a bandeira, Michael Page, o responsável pela concepção, se opôs ao ato, proclamando que o símbolo bissexual tricolor foi feito para toda a comunidade e é de uso irrestrito.

As cores da Bandeira Bissexual

A bandeira da comunidade bi é bastante simples, composta por apenas três faixas horizontais, e mesmo o simbolismo envolvido também é simplista. Em suma, os significados das cores cumprem a função de sintetizar o que é a bissexualidade. Entenda!

Imagem da bandeira bissexual
Emma Rahmani de baseimage/ Canva

Pantone Color #226–Magenta (Hex: #D70270) (RGB: 215, 2, 112)
No topo da bandeira bissexual, há uma faixa magenta (um tom de rosa), que simboliza o interesse entre pessoas do mesmo sexo.

Pantone Color #258–Deep Lavender (Hex: #734F96) (RGB: 115, 79, 150)
No meio da bandeira, entre as faixas magenta e azul real, há uma faixa lavanda (um tom claro de roxo), que simboliza a interseção das outras duas, ou seja: o interesse por pessoas de ambos os sexos.

Pantone Color #286–Royal (Hex: #0038A8) (RGB: 0, 56, 168)
Na parte inferior, há uma faixa de cor azul real, que simboliza o interesse entre pessoas de sexos opostos.

A representatividade da Bandeira Bissexual

Assim como acontece em qualquer outro movimento, a bandeira da bissexualidade é essencial para a autoafirmação em sociedade. Reconhecer-se como parte de um grupo e saber que não está sozinho é muito importante para quem faz parte de uma minoria.

Em contraste com tempos passados, quando nem mesmo existia uma palavra para definir as pessoas que se interessam por relacionamentos homossexuais e heterossexuais ao mesmo tempo, hoje em dia, com uma comunidade engajada e autoconsciente de si, as pessoas bissexuais têm mais acolhimento e mais liberdade para serem quem são, e é essa a grande chave da representatividade proporcionada pela bandeira.

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Apesar de ser bonita, não só em beleza está envolvida a bandeira bissexual, afinal, por trás da chamativa paleta de cores, há um panorama histórico cheio de lutas e significados. Saber desses detalhes é um passo importante para se aliar ao movimento LGBTQIAP+! Por acaso você sabia disso tudo ou é novidade para você? De qualquer modo, o nosso conteúdo foi satisfatório e te ajudará em situações futuras? Queremos saber!

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