Autoconhecimento Yoga

Desculpas para se evitar a si mesmo

Escrito por Juliana Ferraro

Com a experiência que tenho tido trabalhando com pessoas no sentido da cura, primeiro como psicoterapeuta, agora como professora de Yoga e massoterapeuta, e na vida também, observando as pessoas com as quais eu convivo, tenho notado algo que está me deixando inquieta e, vou confessar, brava: Por que você evita se fazer o bem?

O que sempre acontece é que me procuram, pedem ajuda, jogam todos os problemas nos meus ouvidos. Eu tenho a mão estendida, quero compartilhar meu tempo, minha prática, estudos e energia. A pessoa quer que eu resolva tudo por ela. Quando percebe que não tem como, dá preguiça e as desculpas aparecem. Qualquer coisa parece mais importante do que trabalhar internamente para resolver o que quer que seja o incômodo. Já ouvi tanta desculpa!

Os filhos são mais importantes, o marido, a ida ao supermercado. A preguiça de ficar na cama. A fome. Os preconceitos internos. O medo da mudança. Porque se você quer resolver o seu problema, seja lá qual seja, você vai mudar. Sua vida vai mudar. Mas você não quer isso, você prefere ficar lá, alimentando o sofrimento, pedindo ajuda para todo mundo e tendo os seus picos de alegria do que trabalhar de verdade para ser verdadeiramente feliz.

De que adianta passar por cima do que te faz bem, por qualquer motivo que seja? O que você ganha com isso? Reconhecimento passageiro? Pessoas querendo sugar mais da sua energia? O prazer momentâneo de ficar uma hora a mais embaixo das cobertas? A ilusão de que ser ignorante é felicidade? A sensação também efêmera de gastar o seu dinheiro com coisas que acabam ao invés de investir em um tempo para você?

Existem mil ferramentas. Você as usa. Precisa ter vontade. Quer se sentir melhor? Vai! Ninguém pode fazer por você. Não é o terapeuta, ele apenas te mostra o que precisa mudar, mas quem muda é você. Não é o professor de Yoga, ele apenas te ensina e te dá a vara, mas é você quem pesca.

Já ouvi tanta gente se queixando da vida, mas que não faz nada para mudar. Não tem paciência. Porque qualquer trabalho é de tempo, persistência, paciência e consistência. Sem essas três atitudes fica difícil.

As pessoas vêm praticar Yoga, saem felizes, leves e relaxadas. Então, querem voltar… Elas vêm um pouco mais e quando começam a se conectar com algo mais profundo, somem, desaparecem. Dá medo? Resistência? Autossabotagem? Tudo isso junto?

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O que sei é que você precisa sair da sua zona de conforto e fazer alguma coisa! Ferramentas e gente querendo ajudar têm um monte. Aproveite! Se está difícil, peça ajuda, mas não desista. Porque o mundo precisa de você feliz, bem, dando o seu melhor e com a energia elevada (para controlar o que entra no seu campo, para alimentar mais luz). Pare de pensar em você e nos seus prazeres momentâneos, pense no todo! Precisa-se urgentemente de pessoas mais conscientes.

E aí, vamos trabalhar?

O que é que te impede? Olhe bem para isso e veja todos os outros mil motivos que te elevam. O resultado vem e é duradouro.

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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