Saúde Integral

Gordura no fígado: o que é, sintomas e como diminuir

Mulher apertando gordura na barriga
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano (sendo o maior órgão interno) e está localizado na parte superior direita do abdômen, sendo essencial para manter uma boa saúde, pois remove substâncias residuais do sangue e produz bile e muitas enzimas necessárias à digestão. Por isso, ao ouvir falar de gordura no fígado, há um certo medo do que realmente se trata e se é grave.

Mas, neste artigo, vamos explicar o que é a gordura no fígado, suas causas, os sintomas mais comuns e o que fazer, e se tem cura.

O que é gordura no fígado?

A doença hepática gordurosa, comumente referida como “fígado gorduroso”, é uma condição clínica decorrente do acúmulo de triglicerídeos. Até alguns anos atrás, era considerada um distúrbio inofensivo.

Infelizmente, hoje, sabemos que é uma condição que, se negligenciada, pode causar inflamação crônica do fígado, podendo levar a complicações graves, como cirrose hepática e, em alguns casos, até câncer.

Causas

Várias são as causas atribuíveis ao aparecimento da gordura no fígado. As principais condições que podem determinar o desenvolvimento são dietas muito calóricas e ricas em gordura. Quando o fígado não consegue metabolizar as gorduras adequadamente, elas se acumulam.

Então o que causa gordura no fígado está intimamente ligado ao estilo de vida. O abuso de álcool, o uso de alguns medicamentos e desequilíbrios hormonais também podem causar gordura no fígado. Mas existem também condições predisponentes, como obesidade, síndrome metabólica, diabetes ou hipertrigliceridemia.

Sintomas de gordura no fígado

A gordura no fígado geralmente é assintomática, ou seja, não apresenta manifestações evidentes, exceto pelo achado ocasional de:

  • Leve desconforto abdominal.
  • Sensação de peso sob o arco costal direito ou na porção abdominal superior direita.
  • Halitose.
  • Sensação de peso que se desenvolve após as refeições.

Nos estágios mais avançados da doença, esses sintomas podem se acentuar e, embora raramente, ser acompanhados por:

  • Perda de apetite.
  • Emagrecimento.
  • Cansaço.
  • Icterícia, que é a coloração amarelada da pele, da esclera (o famoso “branco” dos olhos) e das membranas mucosas, devido a níveis elevados de bilirrubina no sangue.
  • Confusão e agitação.
  • Ansiedade.
  • Febre.

Qual médico procurar?

Se houver suspeita de gordura no fígado, um especialista em doenças do fígado deve ser consultado. E quais exames detectam gordura no fígado?

Médico jovem atendendo paciente idosa com prancheta em mãos
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Durante um check-up normal, o médico pode notar pequenas anormalidades no exame físico, por meio dos exames de sangue ou outros que o orientem para um diagnóstico de esteatose (aumento do acúmulo de gordura), para o qual poderá necessitar de investigações adicionais, tais como:

• Exames de sangue específicos. Em particular, a determinação das transaminases – enzimas indicadas com as siglas GOT (ou ALT) e GPT (ou AST) – é útil para verificar o estado de saúde do fígado.

• Ultrassonografia abdominal. Em caso de esteatose, as imagens obtidas com a ultrassonografia mostram um “fígado brilhante”, assim chamado devido ao brilho anormal, que ocorre principalmente nos estágios mais avançados.

• Tomografia computadorizada, ressonância magnética (RM) ou biópsia hepática, para estudos mais aprofundados nas condições consideradas de maior risco.

Gordura no fígado tem cura?

A boa notícia é que a gordura no fígado tem cura. Para isso, é necessário seguir as recomendações médicas. Dessa forma, com o acompanhamento médico, o paciente pode recuperar seu fígado para um estado mais saudável.

Além disso, a atividade física é, portanto, uma fiel aliada na redução da gordura corporal e no manejo do “fígado gorduroso”, mas a importância da adoção de hábitos alimentares adequados já foi mencionada várias vezes pelos órgãos de saúde.

No caso da doença hepática gordurosa, o primeiro passo é reduzir o consumo de alimentos compostos de farinha e ricos em ácidos graxos saturados, de modo a diminuir a exposição do fígado ao excesso de carboidratos e gorduras, que podem se acumular em suas células.

Dessa forma, a nutrição serve não só para “descarregar” o fígado, restaurando, em longo prazo, a funcionalidade desse órgão, como também para promover a perda de peso.

Pode ser prevenido?

Na maioria dos casos, a gordura no fígado pode ser prevenida e até corrigida, por meio da adoção de um estilo de vida rigoroso que visa evitar a exposição aos fatores de risco – como uso/abuso de bebidas alcoólicas e sobrepeso/obesidade – e corrigir o dismetabolismo de carboidratos e lipídios.

Tratamentos para fígado gordo

A princípio, não existe um tratamento específico para esta patologia, mas é necessário intervir de forma eficaz no estilo de vida (perder peso, praticar exercício físico regularmente, seguir uma dieta saudável, controlar o colesterol ou diabetes).

Como diminuir a gordura no fígado?

Além de buscar perder peso, existem várias medidas que você pode tomar para começar a enfrentar o problema. Uma delas é a dieta hipoglicídica. De acordo com um estudo publicado em 2011 no American Journal of Clinical Nutrition, diminuir o consumo de carboidratos pode reduzir em 50% a gordura do fígado em 3 meses.

E muitas terapias alternativas são propostas para purificar o fígado, mas a eficácia de nenhuma delas foi definitivamente comprovada. Além disso, existem também tratamentos para irrigação de órgãos, mas, mesmo nesse caso, não há evidências que sustentem a técnica.

Há também aqueles que optam por ingerir algum tipo de chá para gordura no fígado. Nesse caso, o boldo é conhecido como a “planta do fígado”, graças aos inúmeros benefícios que traz para esse órgão. Por favorecer e regular a secreção da bílis, essa opção natural facilita a eliminação das gorduras do fígado, sendo muito recomendada para doentes com esteatose hepática.

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Essa infusão é preparada adicionando-se 1 colher (de chá) de boldo a 1 xícara de água bem quente. Deixe repousar por 10 minutos antes de beber. Recomenda-se consumir no máximo 3 xícaras ao dia, sempre antes de cada refeição principal. Recomenda-se a ingestão por 5 dias. Não beba esse chá por mais de 3 semanas seguidas.

Mas atenção: não é porque é natural que não tenha efeitos colaterais, então verifique se você pode ingerir essa planta ou se tem alguma alergia ou intolerância. Em caso de dúvidas, procure um médico e realize exames de rotina. E, como descrito ao longo do texto, uma alimentação saudável é importante.

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