Autoconhecimento Convivendo Espiritualidade Sem categoria

Govardhan Puja: O Milagre de Krishna

Imagem de uma mulher segurando um Puja Thali, durante a celebração do festival de Govardhan Puja.
RDNE Stock project de Pexels
Escrito por Giselli Duarte

festival de Govardhan Puja, na tradição hindu, remete à época em que Krishna viveu como pastor em Vrindavan. Ele sugeriu que adorassem a montanha Govardhan em vez de Indra, deus da chuva, argumentando que ela era a fonte de sua prosperidade. Os habitantes concordaram, o que enfureceu Indra, levando-o a enviar tempestades. Krishna protegeu Vrindavan segurando Govardhan como um guarda-chuva, mostrando sua grandeza e fazendo Indra parar sua fúria.

Govardhan Puja é um festival hindu reverenciado que ocorre no dia seguinte a Diwali, o festival das luzes. Este festival comemora um evento da mitologia hindu em que Krishna, uma das encarnações de Vishnu, levantou a montanha Govardhan para proteger os habitantes de Vrindavan da fúria de Indra, o deus da chuva.

A Lenda de Govardhan Puja

Segundo a tradição hindu, o festival de Govardhan Puja remonta aos tempos antigos, à época em que Krishna viveu na terra como um jovem pastor em Vrindavan. Um dia, o povo de Vrindavan estava se preparando para realizar um ritual em homenagem a Indra, o deus da chuva, esperando que ele lhes concedesse chuvas abundantes para suas colheitas.

Krishna, porém, sugeriu que o povo de Vrindavan deveria adorar a montanha Govardhan em vez de Indra, argumentando que a montanha era a verdadeira fonte de sua prosperidade, fornecendo pastagens verdes e água para os rebanhos. Convencidos pelas palavras de Krishna, os habitantes de Vrindavan concordaram em seguir seu conselho e prepararam oferendas em homenagem à montanha.

Indra, furioso com a desconsideração dos habitantes de Vrindavan, enviou tempestades violentas e enchentes para inundar a cidade. Percebendo o perigo iminente, Krishna levantou a montanha Govardhan com o poder de sua mão esquerda e a segurou sobre sua cabeça como um guarda-chuva gigante. Sob a proteção de Govardhan, os habitantes de Vrindavan encontraram refúgio e segurança, enquanto Indra reconhecia a grandeza de Krishna e parava sua fúria.

Krishna e Radha sentados na imagem da estátua do trono.
Stockfoo / Getty Images / Canva Pro

A Celebração de Govardhan Puja

O Govardhan Puja é celebrado no décimo quarto dia da quinzena escura do mês hindu de Kartika, que geralmente cai em outubro ou novembro no calendário gregoriano. Na véspera do festival, as pessoas preparam uma variedade de pratos deliciosos, incluindo doces, salgados e vegetarianos, para oferecer a Krishna e à montanha Govardhan.

No dia de Govardhan Puja, um altar é decorado com flores e folhas verdes, representando a montanha Govardhan. As pessoas oferecem orações, cantam hinos e recitam mantras em homenagem a Krishna e ao milagre de Govardhan. Em algumas regiões da Índia, as pessoas também constroem réplicas da montanha Govardhan com alimentos como arroz ou pedra de açúcar, decorando-as com frutas e doces.

Uma das tradições mais populares associadas a Govardhan Puja é o ritual de Giriraj Parikrama, onde os devotos realizam uma circunambulação da montanha Govardhan ou de uma representação dela, cantando hinos e oferecendo preces ao longo do caminho. Este ato simbólico de devoção e gratidão reafirma a fé dos devotos em Krishna e sua proteção divina.

Imagem de uma mão feminina segurando o lanche tradicional Durga Puja
Neena Majumdar de Studio India

O Significado Espiritual de Govardhan Puja

A lenda de Govardhan Puja ensina importantes lições espirituais sobre a importância da devoção sincera, da confiança em Deus e da gratidão pela generosidade da natureza.

Além disso, Govardhan Puja nos lembra da necessidade de respeitar e proteger o meio ambiente, reconhecendo a importância das montanhas, rios e florestas para nossa sobrevivência e bem-estar. Assim como Krishna protegeu os habitantes de Vrindavan sob a sombra de Govardhan, devemos ser responsáveis ​​cuidadores da terra que nos sustenta.

Você também pode gostar

Govardhan Puja é uma celebração significativa que nos conecta com a espiritualidade, a natureza e a sabedoria antiga dos Vedas. É uma festividade muito linda e rica, se você tiver a oportunidade de presenciar e participar!

Jaya!

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

Contatos
Email: giselli.du@outlook.com
Site: giselliduarte.com
Site dos livros: No Caminho do Autoconhecimento e Lado B
Facebook:: @giselli.d
Instagram: @giselliduarte_
Twitter: @gisellidu
Linkedin: Giselli Duarte
Spotify: No Caminho do Autoconhecimento
YouTube: No Caminho do Autoconhecimento
Medium: @giselliduarte

Aura Health: www.aurahealth.io/coaches/giselli-duarte

Insight Timer: insighttimer.com/br/professores/giselli