Autoconhecimento Convivendo

Lembrete: você não salva a vida de ninguém além da sua própria

Mulher com as duas mãos no peito
Aghavni Shahinyan / Getty Images / Canva
Escrito por Giselli Duarte

Quantas vezes você pensou em poder salvar a vida de alguém?

Esse é um sentimento que a maioria das pessoas tem, e isso já aconteceu comigo também. Pensamos que podemos mudar alguém, ou pior, pensamos que, anulando a nossa vida, estaremos fazendo alguém feliz por ajudá-lo mental e emocionalmente.

A salvação é e sempre será individual. Não tem como calçarmos os sapatos de alguém para trilharmos seus caminhos. Essa é uma ilusão daquele que pensa que está fazendo isso.

Podemos, sim, orientar com amorosidade as pessoas para que trilhem um caminho mais leve, mas a escolha é individual, precisa partir daquele que recebe ajuda. E adivinha? Nem sempre a pessoa que estamos tentando ajudar quer sair daquela situação. Muitas vezes, há uma troca ou um benefício em estar nessa zona de conforto.

Enquanto isso, se não cuidarmos de nós, o nosso emocional, mental e espiritual vai definhando até não conseguirmos mais reagir diante de tal situação. E acredite, quando isso acontece, quem a vivencia sente ser praticamente impossível conseguir sair dela.

Lembre-se também:

Quando algo lhe faz muito mal e o fato de ter estendido a mão já passou dos limites, aprenda a hora de seguir seu rumo. Muitas vezes se afastar, encerrar ciclos para começar a cuidar de si é a melhor escolha a se fazer no momento. Não importa quem seja; muitas vezes essas pessoas podem ser um familiar, um amigo ou até mesmo uma relação afetiva, como namorados ou cônjuges. Nós podemos nos afastar das pessoas que nos fazem mal, independentemente de quem sejam e do tempo dessas relações. Infelizmente coisas assim na nossa sociedade ainda são tabus, mas você pode romper isso dentro de você com amor e leveza. E está tudo bem!

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Cuide de você, busque fazer coisas boas e se alimentar daquilo o que edifica os seus pilares (emocional, mental, espiritual e físico).

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

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Meditação para quem não sabe meditar

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