Mais do que uma sigla, Libras representa uma forma de inclusão social e acessibilidade.
Até 1855, muitos deficientes auditivos brasileiros tinham dificuldades em se comunicar, ficavam às margens da sociedade, sem acesso a informação e cultura. Isso começou a mudar com a chegada de um professor francês ao Brasil, Ernest Huet.
Huet era surdo e trouxe para o Brasil (mais precisamente no Rio de Janeiro), em 1855, a primeira escola para surdos do país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) – existente até os dias atuais.
Os gestos do alfabeto manual trazido por Huet foram difundidos por todo o Brasil. Muitas pessoas com deficiência auditiva migravam para o Rio de Janeiro para aprenderem e estudarem a Língua de Sinais no INES.
A Língua Brasileira de Sinais é uma língua visual-gestual, ou seja, consiste na comunicação através de um sistema linguístico reconhecido pela Lei desde 1994 e é reconhecido como o segundo idioma oficial do Brasil desde 2002. Seus sinais possuem grande influência francesa e americana.
Muitas pessoas costumam achar que a língua de sinais é apenas uma “adaptação” da língua portuguesa, o que não é verdade. Libras é uma língua à parte, portanto possui fonologia, morfologia, regras gramaticais, sintaxe e semântica.
Os sinais são compostos pela combinação dos movimentos das mãos e do espaço onde são feitos (ou parte do corpo). As expressões faciais também compõem a língua, transmitindo a “entonação” da fala e melhor entendimento.
A língua de sinais permite que a pessoa surda tenha acesso às informações e desenvolva suas opiniões e visão de mundo, podendo passá-las adiante por meio da comunicação.
Contudo, em pleno século XXI, seria inadmissível não acompanharmos a evolução do mundo e não utilizarmos a tecnologia para promover a inclusão. Por isso, além da língua de sinais, existem outras formas de se transmitir mensagens e de se comunicar com o público deficiente auditivo, como os “closed captions” nos canais de TV e que também já estão disponíveis na internet, em sites como o Youtube.
O direito à informação, cultura, lazer e à comunicação é de todos os cidadãos, inclusive dos deficientes auditivos. Por isso devemos nos atentar à importância da Língua Brasileira de Sinais e outras formas de inclusão.
FONTES
http://www.uninove.br/marketing/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Leticia.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/fonoaudiologia/artigos/31755/libras-lingua-brasileira-de-sinais-o-
https://adaptareincluir.wordpress.com/2012/12/26/historia-da-libras-lingua-brasileira-de-sinais/
http://profasandrasantiago.blogspot.com.br/2012/11/a-libras-como-instrumento-de-inclusao.html