Energia em Equilíbrio Saúde Integral

Luz e Trevas no ThetaHealing

Mulher branca no meio das folhas.
prostooleh / 123rf
Escrito por Milena Paula

Caminhos do EU e trajeto da redenção

Ao refletir sobre luz e trevas, os persas e seus deuses mantêm um lugar cativo na minha memória. Me refiro a Aúra Masda, que representava o bem e a luz, e Arimã, que representava as trevas e o mal, eles eram irmãos gêmeos que viviam em luta buscando ao final possuir a supremacia do Universo.

“Aúra Masda era o Deus do bem e da luz, Arimã era o Deus das trevas e do mal. Aúra Masda e Arimã, viviam em eterna luta, disputando a supremacia do Universo.”

Recordo claramente essa área, pois em uma aula de História tinha que decorar especificamente um trecho que falava sobre a religião dos persas e os seus deuses, todos os alunos tinham que saber de cor um parágrafo e pronunciá-los em sala de aula, o meu falava sobre a luta dos Deuses Persas, bem e mal querendo dominar o Universo. E na vida nunca nada é por acaso, o que parece tão simples é o que oculta as maiores complexidades. Acredito que aqui, com essa passagem, tive ciência da batalha travada entre a Luz e as Trevas. Muitos anos depois e essa passagem volta tão forte na minha vida, eis que me deparo com a eterna luta do ser humano entre o bem e o mal, na realidade a minha maior luta, resgatar quem eu sou e voltar para a essência do meu EU. Dessa forma que as terapias adentraram a minha vida de forma definitiva.

Acendendo a velhos questionamentos, tais como: – Será que deve existir apenas um vencedor na luta entre o bem e o mal? – Ou podemos optar pelo equilíbrio da balança? – Como conviver com o lado sombrio que habita a minha alma? – Afinal quem venceria essa batalha dentro de mim? – Luz ou Trevas?

Quando me defrontei com a possibilidade de escrever sobre os benefícios e aprendizados das técnicas de Terapias Complementares que utilizo, voltei a lembrar de quando estava perdida na noite escura da minha alma e não via luz, o caminho, as ruas sem saída e os atalhos que peguei, os momentos que me perdi do meu EU, os momentos em que o reencontrei e os questionamentos constantes advindos da necessidade de sair dos meus pensamentos e voltar os olhos do físico para alma, retornando ao equilíbrio emocional.

No meu aprendizado, com todas as técnicas de terapia complementar que utilizo, hoje, em especial, quero destacar o ThetaHealing®, percebi que as trevas existiam para apontar o que estava errado, afinal as doenças que temos indicam que algo não está bem! – Será que perdoei os meus pais ou a mim mesma? Será que realmente deixei para trás o que me fez mal? Será que vejo com clareza o momento presente? Por que a mesma situação aparece repetidamente na minha vida? Será que quero ouvir quem sou? Ou, afinal, quem realmente sou eu?

Mulher branca deitada de olhos fechados recebendo massagem na cabeça.
burdun / 123rf

Quando calo a minha alma as trevas dominam, sei disso, pois não ouvia meu coração, em algum momento ele cansou de falar comigo e calou-se, mas o meu corpo foi tragado por doenças: gastrite, aftas, miopia, gripes, dores de garganta e outros, a minha realidade diária era o caos, meu corpo não calava o que minha alma gritava. As escolhas que fiz trouxeram insatisfações e eu não obtinha resultados positivos. Mantive minha rotina num condicionamento diário de como as coisas deveriam funcionar, a busca de controle pela vida incontrolável que já me avisava por muito tempo que o que vivia não servia mais para mim, o aprendido não fazia mais sentido, estruturei a VIDA que construí em castelos de areia que eram levados diariamente pelas ondas da realidade e todos os dias insistia em reconstruí-los, mesmo sabendo que não acreditava mais neles e que não serviam para mim.

Quando percebi que as doenças nada mais eram do que sintomas de que não estava bem e, por esse motivo, precisava chamar atenção para mim mesma no plano físico e ter o corpo refletido com as agruras da minha alma, levantei e fui buscar as causas!

O que aprendi neste trajeto é que o maior inimigo não era o passado, as pessoas, a política, o tempo ou Deus, mas sim EU. Sim, EU que me sabotava, que mentia e enganava a mim mesma, que desacreditava do meu EU, culpava o mundo. E, neste ponto, finalmente saí do papel de vítima.

As trevas naquele momento dominavam incessantemente a minha vida, iniciei uma jornada insana em busca do meu próprio eu, o resgate da minha luz foi construído passo a passo, muitas vezes andava dois passos na direção correta e regredia, pois andava dez na direção oposta.

Nesse processo, eu não sabia quem eu era ou o que queria, muito importante no presente momento foi determinar o que não queria mais e através disso iniciei a minha reconstrução. Olhava para as minhas trevas e me via tomada por um nevoeiro que impedia a acuidade do meu próprio entendimento, não tinha mais contato com o meu coração, mas o que me desesperava profundamente era o entorpecimento dos meus sentimentos, eu não sentia. Não conseguia definir emoções, pois não as conhecia, estava viva, mas morta por dentro, o que sabia é que na maioria das vezes não fazia parte deste lugar chamado EU.

Mulher branca de braços abertos num campo.
Alexandr Podvalny / Pexels

Concluí que era uma desconhecida para o meu EU, precisei ter muito respeito e paciência comigo para assumir a minha responsabilidade, perdoar e seguir em busca de uma viagem ao desconhecido que EU era.

No caminho que trilhei, encontrei seres maravilhosos, mas confesso que em muitos momentos fui tragada pelos efeitos ilusórios, milagrosos e imediatos, confesso que sucumbi às fórmulas mágicas, aos mestres salvadores da pátria e à pílula resolutiva de todos os problemas. Passei por situações aflitivas e juro que se tivessem me mandado pular numa perna só recitando algum texto específico, utilizar uma planta específica amarrada na roupa e realizar a leitura do fio de cabelo voltado para o céu, FARIA sem piscar. Mas essas práticas não mostraram quem eu era ou no que fui forjada.

As descobertas sobre o meu EU permitiram aos meus olhos começar a encontrar alguma luz, comecei a sair do estupor e perceber que os sentimentos voltaram a aflorar em mim, percebia que eu era um punhado ambulante de sentimentos divergentes que viviam se digladiando internamente para mostrar o que precisava ser visto naquele momento, uma massa de modelar disforme que, muitas vezes, estava partida em várias cores e pedaços e que precisou ser misturada para formar uma bola colorida, quase como uma colcha de retalhos Frankenstein.

Os seres maravilhosos que encontrei no caminho me mostraram que a simplicidade funcionava para mim e a minha melhor ferramenta era EU mesma, aprender a utilizar este ser que sou sem o MANUAL DO PROPRIETÁRIO foi o meu maior desafio.

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Comecei a perceber que a maior sacada de ser quem eu era, ou que viria a ser, ou que poderia ser naquele momento ainda confuso e tomando forma crescente e mutante, mas finalmente descobri uma chave que abriu as portas do meu Eu, essa chave é o AUTOCONHECIMENTO, com o maior entendimento dos meus desejos, anseios, medos, alegrias, mágoas e mais outros sentimentos desse caldeirão ativo que era, maior era o domínio para respeitar quem eu sou e para poder viver sendo EU de forma assertiva.

Esse processo ocorreu de forma gradativa, recebi diversos atendimentos de inúmeras técnicas e em alguns momentos dei tantos passos para trás que senti que levantar levaria um longo percurso, aprendi a entender o meu EU e a separar o que servia ou não para mim, o mesmo ocorre com os meus clientes, a opção de buscar técnicas diversas ampliou as possibilidades de lidar com os diferentes seres que atendo.

Vieram muitos aprendizados, mas, em especial, hoje destaco o ThetaHealing®, essa técnica que foi criada por Vianna Stibal, uma americana, que trabalha com a onda Theta e realiza a cura cavando suas crenças limitantes, instalando novos conceitos e sentimentos e substituindo aqueles que te fazem mal ou emperram a sua evolução pessoal.

Você entende que essa técnica respeita a todos quando tudo que é feito é descrito e é pedida permissão para realizar qualquer procedimento, ou seja, o livre arbítrio do cliente prevalece e ele está ciente de todo o ocorrido na sessão. Através do ThetaHealing® falei com anjos, meu eu superior, plantas e animais, manifestei prosperidade, cavei dores e alegrias profundas, desenterrei amores de alma, mas me deparei com demônios no caminho e situações pouco convencionais, isso porque o que é trabalhado depende do que o cliente acredita, sempre todas as questões vão estar ligadas às suas crenças e vivências, porém o trabalho intuitivo desenvolvido possibilitou lidar com todos os acontecimentos práticos encontrados e permitiu trabalhá-los de forma precisa ou por partes, dependendo da complexidade das crenças envolvidas.

Mulher branca segurando câmera fotográfica em frente ao rosto.
Céline Druguet / Unsplash

A sessão de ThetaHealing® é muito libertadora, a conexão com o cliente é grande, este traz uma questão ou diversas questões, são realizados testes físicos para que o corpo responda e depois são cavadas as camadas que ocultam nossos medos e inseguranças para mudar os sentimentos e crenças através dos downloads e, então, testar fisicamente para verificar as mudanças com o trabalho realizado.

Percebi que inexistia julgamento do cliente, apenas amor incondicional, respeitando a crença de cada um e a sua vivência, por isso nenhuma sessão é igual à outra, a mesma questão de clientes diversos têm crenças e raízes diferentes. A mudança rápida e o teste físico realizado, mostrando ao cliente o resultado alcançado na sessão, traz grande confiança no trabalho realizado.

O melhor ao sair da sessão é a força adquirida para lidar com as situações e seguir o seu caminho, descobrindo a si mesmo confiante, de uma forma tão completa e, ao mesmo tempo, tão leve e respeitosa é o que faz dessa técnica uma grande possibilidade de aprofundar o autoconhecimento.

Valorizo imensamente as experiências que enriquecem a minha vida e a jornada dos meus clientes advindas do atendimento, pois sei que aquele momento é muito especial e a pessoa que está ali se presenteou com o atendimento de Terapia Complementar, pois busca um crescimento pessoal, ela está ali descobrindo o que serve para si e experimenta em primeira mão assumir as mudanças necessárias para definir sua vida.

Entendi que todos nós temos talentos e propósito, assumimos papéis em nossas vidas devido às próprias experiências ou circunstâncias, vestimos tão fortemente os mesmos que parecem fundir-se à nossa pele e adoecerem o EU. A percepção do ocorrido advém da ausência de resultados e das respostas insatisfeitas de nós mesmos com o caminho percorrido, esquecemos os nossos sonhos e paramos de nos conectar à nossa alma, insistimos nas escolhas iniciais e abafamos a possibilidade de tentar mudar por algo novo.

Homem branco olhando para o lado, apoiado numa grade de ferro.
Alex Blăjan / Unsplash

O ponto crucial da mudança foi descobrir a minha luz, a mudança foi perceptível a todos que conviviam comigo e, principalmente, para mim. O meu autoconhecimento demonstrou a autenticidade do caminho percorrido, as pessoas que atendia para as práticas contaram seus casos de sucesso após o atendimento recebido e me indicaram para inúmeras pessoas, assim, comecei a atuar como terapeuta utilizando os diplomas, conhecimentos e práticas conquistados, modificando de forma positiva a vida das outras pessoas, pois continuo acessível para aqueles que acreditam que possam existir formas melhores de autoconhecimento.

Não existe ponto certo para abraçar a si mesmo e um trajeto novo, nem idade certa ou mudança profunda ou sutil que acarretará, existe o que serve para o seu EU, o quanto você está comprometido consigo mesmo, que não permita mais as agressões que sofria sendo algo que não era, que volte a ouvir seu coração e alma, pode ser que não mude tudo, mas entenda o que está inadequado e inicie novas formas de ser VOCÊ.

Independentemente de quem somos, todos temos a nossa LUZ, aceite e viva a sua luz, mas respeite e agradeça suas TREVAS, pois elas te apontaram novos caminhos, ensinaram você a ser um melhor EU e te desafiaram a mudar a forma como vivia antes. Sim, precisamos abraçar as mudanças, ouvir nossas almas ou corações.

Equilibrando a dualidade do nosso ser, LUZ e TREVAS devem ser assumidas e principalmente quando a balança pesar mais no segundo prato, questione o que ocorre e perceba a razão do desequilíbrio, trabalhe, busque ajuda, aja e perceba a necessidade da mudança para maior aceitação do EU e evolução pessoal.

Afinal, o bem e o mal sempre travaram uma batalha pela supremacia do Universo como os deuses persas, todavia a supremacia do EU precisa da dualidade existente da LUZ e das TREVAS, pois como seres em evolução as nossas ferramentas são centradas nas nossas percepções de bem e mal.

A maior VIAGEM é o autoconhecimento, olhe pra si, assuma suas TREVAS e viva sua LUZ, aproveite o trajeto da sua redenção.

Sobre o autor

Milena Paula

Sou Milena Paula, transformo a vida e os ambientes das pessoas, cuidando de suas energias. Trabalho com terapia complementar, especificamente com as técnicas de constelação familiar xamânica, thetahealing, barras de acesso da consciência, reiki Usui, Teramai, Karuna e xamânico, mandalas radiônicas, radiônica, radiestesia, Feng Shui, geobiologia, geoacupuntura e rede Hartmann. Realizo atendimentos, consultorias, palestras, workshops, estudos e limpeza de ambientes (empresas e residências). Sou advogada de formação e leitora voraz. Percebi que tinha uma grande sensibilidade, mas devido aos preconceitos de como deveria atuar quem possui intuição aflorada não a utilizava, até que o dia foi escurecendo e de repente virou noite profunda, e então eu precisei realizar mudanças. Levantei, conheci diversas técnicas. Ao procurar o autoconhecimento, percebi que poderia estudá-las para cuidar de mim, fiz cursos, retiros, participei de palestras e comecei a colocar em prática tudo que vi e aprendi. Hoje atendo em Campinas, Paulínia, São Paulo e em outras cidades de São Paulo. Dou dicas de bem-estar na TS Rádio e adoro acordar para exercer esse ofício sempre com muito amor e respeito ao próximo, sem julgamento. Continuo estudando e investindo em técnicas de autoconhecimento.

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