Autoconhecimento Psicologia

A mulher que também é mãe

Escrito por Amanda Fornaciari

Começo o meu texto sobre a reflexão do meu título: “A mulher que também é mãe. Achei fundamental colocar a palavra também, pois em muitos casos após o nascimento do bebê, o lado mulher se anula e ela é tomada praticamente 100% pelo seu lado mãe.

A mulher esquece que possui outras áreas da sua vida, como: a sua própria feminilidade, estudante, profissional, social, familiar, lazer, relacionamento, saúde, entre outros. Alguns podem dizer: “Mas quando se torna mãe, o lado materno que se irradia e o foco é apenas o bebê. E isto é lindo! ”. E eu questiono:  até que ponto isto é saudável? Para você que é mãe, se dê o direito de cuidar de você também. Você também merece o seu carinho.

Ser mãe não é algo simples, envolve ter maiores responsabilidades. Não vou iludir ninguém e dizer que ser mãe é apenas maravilhoso. Apesar de ainda não ser mãe (e pessoalmente gostaria de ser), observo pelos meus estudos, minhas pacientes, pela minha mãe e minhas avós que ao ser mãe, você abdica uma parte da sua vida para cuidar do outro. Além disso, há uma exigência de ser a “mãe perfeita” e que, na realidade, sabemos que não isso existe. Mas não pela incapacidade da mãe, e sim pelo fato de ser humanamente impossível sermos perfeitos.

Ser mãe não é ter apenas aspectos positivos como é divulgado na mídia. Ainda há um grande tabu em falar dos lados negativos da maternidade e precisamos ajudar a romper isto. Ao falar dos aspectos negativos sobre a mãe, mostramos para as crianças quem são as mães reais. E isto traz um ambiente mais leve, pois o filho não fica com a seguinte imagem: “Se a minha mãe é perfeita, preciso ser tão bom quanto ela”. Se a criança possui esta concepção de que mãe é perfeita, pode ser que ela não se dará o direito de errar. E errar faz parte do processo de aprendizagem.

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Portanto, a mãe é aquela que cuida, acolhe, carrega, ama, beija, abraça, ensina, sustenta o seu filho. E a mãe é também a que pode errar, falhar, achar que o filho não tinha nada e quando foi o observar melhor, estava doente ou sofrendo com algo. Ah! E lembrem-se: mãe também é mulher, ou esposa, ou namorada, ou profissional, ou estudante, ou filha, entre outros. O objetivo do meu texto foi ampliar o olhar sobre a vida de algumas mães e tentar romper aquela visão de que a sua vida pessoal acabou ao se tornar mãe.

Permitam-se viver os outros lados da vida.

Sobre o autor

Amanda Fornaciari

Graduada em Psicologia (CRP 06/118369) e formanda em Psicopedagogia, ambas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

É idealizadora e criadora da página do Facebook Observações da Psicologia.

Realizada atendimento psicológico na abordagem analítica: consultório localizado na Av. Brig. Faria Lima, 1713 - conj. 54 - São Paulo/SP

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