Autoconhecimento

Mulher, tá na hora de acordar para seu valor!

Escrito por Juliana Ferraro

Hoje eu acordei revoltada. Fui dormir enojada, brava, nervosa e com vontade de vomitar.

Nossa! O que aconteceu?

Eu tenho vivido em um mundo de meditação, yoga, amigos unidos, cozinha vegana, otimismo, natureza e cura. Tem muitas coisas acontecendo no mundo que eu nem sabia, não imaginava, não fazia a menor ideia.

Ontem à noite resolvi assistir um documentário no Netflix que estou adiando faz tempo. Mas já assisti todos que tem lá, então fui. É um documentário que fala sobre a indústria pornográfica. Que vício é esse que a humanidade tem com o sexo? Quanta perversidade!

Meninas de 18 anos se colocando em risco, sendo violentadas em todos os aspectos possíveis, diante de câmeras, achando que estão ganhando rios de dinheiro em pouco tempo. Mas a que preço? E sabe o que elas falam? Que se tem gente que assiste, então vai ter dinheiro, elas vão ter “trabalho” e vão continuar se sujeitando a essa doença de se colocar como um pedaço de nada apenas para que alguém possa gozar assistindo aquilo.

Cara, que doença é essa que estamos vivendo?

Nas escolas, nas famílias e até entre amigos não se fala sobre sexo. Está proibido. É sujo, feio, pecado. Aí você entra na internet e em dois cliques, qualquer um, até crianças que não têm a menor noção do que seja sexo saudável, podem ver uma merda dessas. Mulheres sendo tratadas como lixo. Duvido que esses caras tratem seus cachorros assim.

Pensando bem, tanta mulher já foi tratada assim, até pela família, pelos próprios maridos dentro de casa, sendo abusadas sexualmente e psicologicamente no ambiente de trabalho, mesmo em cenas de novelas que não são pornô explícito podemos ter ideia de como o sexo é visto.

Cara, e a indústria pornô é uma das que mais gera dinheiro no mundo! Ou seja, ninguém fala sobre isso, sexo é sujo, pecado, mas no final das contas, a maior galera liga o computador e assiste esse lixo todo. E paga por isso. E alimenta mais a indústria. E meninas novas que nunca aprenderam a se respeitar, aceitam isso em troca de nada, comparada ao que se sujeitam.

A sociedade está maluca! O feminino precisa urgentemente ser revisto, repensado e assumido. E somos nós, mulheres, que vamos fazer isso! Não espere que um cara vá te tratar bem, vá te valorizar, se você vive comprando revistas que te ensinam como ser mais sexy, como passar fome para caber em uma roupa que você nem gosta.

Se liga! Não é porque um cara tem tesão por você que ele te ama e nem mesmo isso quer dizer que você é linda ou valorizada. Ele só está com tesão. E isso não diz nada sobre você.

Vamos parar com essa cultura machista e doente que está deixando as nossas meninas anoréxicas, bulímicas e deprimidas. Que estão deixando os nossos meninos violentos, sozinhos e também violentados. Violentados porque acham que tem que ser um ator pornô para uma “mina” gostar deles. Affe!

Está fora da realidade, fora do propósito, fora da casinha… Vamos voltar. É urgente. Mulher! Se valorize, se aceite, se ame, cuide das suas ideias, da sua criatividade, dos seus projetos, da sua essência, seja bonita por dentro, sorria de verdade com os olhos. Pare de querer agradar só para ser receptáculo de energia de homem que também está com o seu feminino desequilibrado.

Você também pode gostar:

Para te ajudar, assista ao documentário EMBRACE e nunca mais compre nenhuma merda de revista de emagrecer e de moda, feitas por pessoas que querem te deixar insegura para ganhar dinheiro em cima disso.

Amo você!

Juntas, somos mais fortes!

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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