Autoconhecimento Psicapometria

Não adianta culpar os outros

Escrito por Paulo Tavarez

A primeira coisa que o interessado em mudar a própria realidade deve considerar e tentar compreender é que o único responsável por todo o seu sofrimento é ele mesmo.

Não existem culpados  ou responsáveis por suas mazelas. Nenhuma situação, pessoa, condição, nada, toda responsabilidade é sua. Não adianta culpar os pais, o marido, a esposa, o governo, a polícia, os políticos, o patrão ou qualquer instituição opressora. Tudo começa e termina dentro de você.

O mundo é feito de informações, nada mais, quem transforma essas informações em problema é justamente o ego que se apresenta como aquele que irá  processar essas informações.

Ele deveria ser apenas o espectador, mas sofre por deixar de assistir ao espetáculo e participar das tramas como ator, criando um enredo dramático que culmina, sempre, em desequilíbrio. Não percebe que é ele quem está problematizando e, com isso, segue colhendo os infortúnios e dissabores dessa contaminação com os eventos.

O Universo participa em nosso alinhamento através da dor. A dor é um mecanismo natural que está presente na vida do corpo, trabalha a favor do desenvolvimento da nossa noção de realidade, faz parte da Lei do Carma, manifesta-se através das vicissitudes da existência, são provas que foram ajustadas às necessidades de cada um, não há erros ou injustiças. Tudo o que está acontecendo é necessário, não adianta culpar o enfermeiro pelo remédio amargo que você está sendo obrigado a tomar, pois ele irá curá-lo.

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O homem, através do ego, sofre constante influência do seu handcap na maneira de processar a realidade, não deveria responsabilizar os outros pelas experiências que a vida lhe proporciona, sejam elas quais forem, todas essas dificuldades fazem parte de um processo de aprendizagem e visam promover um encontro com os conteúdos desajustados que vibram no inconsciente.

A vida terrena é feita de desafios, porque há demandas internas que precisam ser atendidas e o indivíduo irá sofrer até que os conteúdos responsáveis por sua respostas emocionais sejam dissolvidos ou incorporados pela consciência. Sofre para aprender a não sofrer.

Aquele vizinho chato, pode não ser chato para outros vizinhos, aquele chefe insuportável, pode não ser insuportável para outros funcionários, tudo aquilo que nos incomoda, serve apenas para sinalizar as nossas limitações e mostrar nossos pontos fracos.

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A psicapometria, tanto quanto a psicologia, estuda os aspectos fenomenológicos da relação do homem como o mundo que o cerca e entende que o que precisa mudar é, justamente, aquilo que está na raiz emocional dos condicionamentos criados por ele, pois é justamente através de todos esses condicionamentos que surgem as dificuldades de relacionamento com a realidade. Namorados no cinema, diante de um filme de terror qualquer, por exemplo, podem apresentar reações absolutamente distintas.

Enquanto um se abala emocionalmente o outro, pode muito bem, não sentir nada, no entanto, o filme é o mesmo e isso mostra que o problema não está no filme está naquele que não possui recursos emocionais adequados para assisti-lo. A vida se encarrega, através de um Lei Natural, de criar meios para que o indivíduo possa desenvolver esses recursos, pois diante de sucessivos obstáculos existe um crescimento.

Sobre o autor

Paulo Tavarez

Instrutor de yoga, pedagogo, escritor, palestrante, terapeuta holístico e compositor. Toda a minha vida tem sido dedicada à construção de um mundo melhor.

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