Nutrição

O mal da fome: O que nosso corpo está pedindo?

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Por que sentimos fome? Ela é diferente da vontade de comer? É possível controlar a fome? Inúmeros são os questionamentos sobre essa estranha sensação que parece abrir buracos em nosso estômago, nos dar dores de cabeça e desejos insaciáveis.

Além de todas essas sensações que ela causa, a fome significa muito mais. Ela é o resultado de um pedido do nosso corpo, que encarrega nossos nervos de gerar certas reações para que possamos entender que precisamos nos alimentar, o organismo está pedindo.

Como se trata de um mecanismo de ativação nervoso, as emoções podem ser modificadas e as sensações variadas. Vale entender o porquê e como seu corpo reage e compreender que sentir fome não é um bom sinal.

Por que a irritação?

Quando nos alimentamos, os nutrientes são distribuídos pelo corpo todo e utilizados como energia. Sendo assim, as vitaminas, minerais, molécula de carboidrato, proteína e também de gordura passam a circular em nossa corrente sanguínea gerando bem-estar e fornecendo ao cérebro as informações de saciedade e energia disponível.

Quando ficamos certo tempo sem comer, os nutrientes já não estão mais presentes na corrente sanguínea, consequentemente o cérebro entende que precisará de mais energia e processa a informação de falta de glicose, fonte de energia direta para seu funcionamento.

O baixo nível de glicose altera o funcionamento nervoso podendo gerar diferentes sintomas como os já citados: dores de cabeça, alteração de emoções, irritabilidade, tonturas e em níveis mais altos, desmaios por literal falta de energia.

Equilíbrio

A considerada alimentação saudável pelos profissionais inclui refeições equilibradas com todos os nutrientes e classes de alimentos em quantidades moderadas. As quantidades são referentes ao quanto de energia seu corpo precisará para realizar as atividades do dia, sejam elas as rotineiras como: escovar os dentes, conversar, caminhar ou simples ato de piscar os olhos; sejam elas atividades de alto nível como a prática intensa de esportes e treinos.

A não regulação das quantidades e composição das refeições diárias é a responsável por distúrbios alimentares, excesso ou falta de peso. Ou seja, se você não fornece ao seu corpo a energia necessária para tudo que realiza, ou pelo contrário deixa-se levar pela gula e exagera nos alimentos fazendo com que o corpo armazene-os em forma de gordura, algo está desequilibrado e deve ser modificado.

Os malefícios da fome

Imagem de um homem com semblante irritado como se estivesse com muita fome
TommL de Getty Images Signature/ Canva

Nutricionistas e médicos em geral recomendam que cada indivíduo se alimente dentro do período de três horas, ou seja, passadas três horas da última refeição, algum alimento deve ser novamente ingerido. A explicação está no fato de que não se deve sentir fome.

Quando o corpo manifesta a fome ele já está em um estado de necessidade e começa a ter consequências ruins. Dentro deste período de três horas o corpo, se corretamente alimentado anteriormente, ainda contém nutrientes para o bom funcionamento e se prepara para o novo suporte que entrará de maneira correta.

Devemos saber, entretanto, que a fome é um mal. Não é bom para o corpo sentir fome, não só pelos efeitos colaterais que sentimos na prática mas por todo um mecanismo de suprimento que é alterado e traz consequências internas para o funcionamento correto do organismo.

O que acontece se permanecermos com fome?

Se a fome não é respondida, ou seja, se deixamos a sensação persistir, alguns efeitos são inevitáveis. Ao contrário do que muitos pensam, passar fome não é sinônimo de emagrecer, mas pelo contrário, significa engordar! Isso mesmo.

A partir do momento que seu cérebro entende que precisará reservar muito mais nutrientes para o próximo período sem alimentos, ele fará com que toda a energia dos carboidratos e gorduras do que será ingerido seja armazenado, como uma garantia de se sustentar. A questão está que tais reservas são as indesejadas gordurinhas que o corpo armazena para sobreviver.

Além disso, quando comemos com fome, temos a tendência a comer muito mais do que realmente necessitamos. Isso acontece pela junção do que sua mente está processando: “precisarei de mais reservas” com aquilo que seus olhos estão vendo e desejando, afinal seu corpo está pedindo.

Desta maneira, comemos compressa, sem pensar e junto disso, outras consequências: alimentos de rápido preparo como os industrializados repletos de conservantes e altos níveis de sódio e gordura hidrolisada; mastigação incorreta; quantidades exageradas e besteiras, principalmente doces, responsáveis por uma sensação imediata de bem-estar.

Mudança alimentar

Está mais do que comprovado que a fome não emagrece nem mesmo faz bem à saúde. Portanto, é importante que todos nós, por mais que pareça difícil na correria do dia a dia, criemos uma rotina alimentar.

Realmente não é fácil se alimentar nas ditas três em três horas, não temos tempo e às vezes nem mesmo paciência para parar todas as nossas tarefas e dar atenção à refeição. Porém, os benefícios são tantos que vale a pena se esforçar. Seu corpo precisa dessa segurança e você sentirá na prática os efeitos. Melhor disposição, humor, pele e cabelos, assim como melhor controle sobre o peso e compulsão alimentar.

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Um bom nutricionista pode e deve lhe auxiliar com um plano alimentar que caiba no seu dia a dia. Com quantidades menores porém melhores e mais frequentes seu corpo nunca mais reclamará com aquele assustador ronco do estômago.


  • Escrito por Julia Zayas da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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